domingo, 28 de novembro de 2010

Concluíndo o TCC

Entrando na etapa final de conclusão do TCC, percebo o quanto foi importante desenvolver esta pesquisa envolvendo os jogos on-line ao aprendizado matemático. Para mim foi uma experiência gratificante onde aprendi com os alunos, com o referencial teórico e servirá de base para aperfeiçoar minha prática nesse campo que ainda é pouco explorado como suporte pedagógico em nossas escolas.
Quando se utilizada a pesquisa qualitativa e a observação participante como estratégia metodológica associada a registros escritos, é preciso ter o cuidado para tomar nota de todos os aspectos, às vezes um aspecto que não nos parece relevante em um determinado momento em outros são. É preciso ficar atento, além disso, não se pode expressar de qualquer maneira é preciso que o leitor entenda a mensagem que estamos querendo passar, trago uma passagem de dos resultados:
Os alunos que possuem computador em casa ou freqüentam lan houses solicitaram os endereços dos jogos. O aluno B. declarou que sua mãe abre o jogo Britains Best Brain para seu irmão mais novo jogar em casa. Este aluno, em uma de nossas aulas sobre os cálculos aproximados que podemos realizar em diversas situações cotidianas, citou um exemplo para a turma: relatou os três presentes que recebera no dia das crianças para o grupo sugerir valores hipotéticos para os itens. No final, o aluno B. respondeu o valor aproximado do total em reais. Essa situação abriu espaço para que outros colegas também criassem simulações de compras. Por exemplo, o aluno N. sugeriu produtos comprados no Camelódromo ( lugar que freqüenta com a mãe) o aluno M. no Shopping ,citou três itens: um boné, tênis e camiseta atribui valores que foram contestados pelos colegas que alegaram preços insignificantes para produtos vendidos em lojas neste tipo de estabelecimento, inclusive um colega disse: “ tu não vai conseguir comprar tênis por esse preço em nenhuma loja”. E aluno M. concordou aceitando novos valores (alguns sugeridos pelos colegas) para os itens.
Na primeira versão de meu TCC não expliquei esses detalhes. Nesta descrição os alunos estão demonstrando seu avanço na autonomia, ouvindo o colega reformulando seu ponto de vista.

domingo, 14 de novembro de 2010

Eixo IX

Eixo IX - Trabalho de Conclusão de Curso – EA
Estou muito feliz com os resultados que obtivemos com experiência: Jogos Computacionais como elementos facilitadores do aprendizado matemático.
Foram vários aprendizados, percebi que pude aprofundar meu conhecimento teórico (pois alguns não foram bem explorados anteriormente) não só na área da matemática, mas em outros assuntos como ludicidade, jogos, informática na educação, erro construtivo, que é um momento importante no processo de construção do conhecimento, segundo Morin (2003), constatamos que a vida comporta números processos de detecção do erro, e o extraordinário é que a vida também comporta processos de utilização do erro, não só para corrigi-los, mas também para favorecer o surgimento da diversidade e da possibilidade de evolução. Além disso, conforme o desenvolvimento e a necessidade de referencial teórico para sustentar meu posicionamento e dados coletados nas sessões, realizei novas leituras de artigos, pesquisas na área do aprendizado matemático.
Muito do que aprendi na teoria procurei realizar na prática e percebi que apresentaram resultados gratificantes. É preciso deixar os alunos exercitarem a autoria, possibilitar as crianças situações que busquem estratégias para solução de problemas. Em nossa última sessão experimental levei uma caixa de bombons, como não havia a descrição de quantos bombons continham na embalagem, perguntei: como vamos dividir esses doces e como saberemos a quantidade presente na embalagem? N. e C tomaram a iniciativa de iniciar a divisão entre os setes presentes distribuindo dois bombons para cada um, chegaram a conclusão de que havia 15 unidades e que a conta não foi exata, pois sobrou resto, ou seja, um bombom.
Em suma, a melhor maneira para ajudar os alunos, a fim de uma compreensão de número, das operações e de suas interpretações e significados é possibilitando meios e recursos para que eles pensem, troque idéias, discutam, façam descobertas. Logo, o aluno ao refletir sobre as operações, entender conceitos, perceber seus significados compreenderá a melhor maneira de utilizar em situações de sua vida.

domingo, 7 de novembro de 2010

Eixo VIII
Nos referencias teóricos disponíveis no Pbworks de Estágio, na interdisciplina Seminário Integrado VIII: Docência de 0 - 6 anos percebo agora que não explorei o material como deveria quando da época do estágio obrigatório. Encontrei material com atividades de matemática que estou utilizando com a pesquisa para o TCC.
Fez parte da metodologia a observação do desenvolvimento de certas habilidades através de atividades que contemplaram conceitos matemáticos como: contar e fazer cálculos matemáticos por meio de situações-problema; reconhecimento e resolução de questões relacionadas a circunstâncias dos cotidianos dos alunos, como por exemplo:
O álbum completo terá 60 figurinhas. Já possuo 43. Quantas faltam?
Cada maçã custa 35 centavos. Quanto pagarei por seis maçãs?

Nestas questões que envolviam a propriedade distributiva, houve um pouco de demora, então sugerimos que os tivessem dúvidas que desenhassem as maçãs com seu respectivo preço de venda, que pensassem nos momentos em que realizavam as compras como à senhora do supermercado no jogo on-line. E falamos a eles: o cálculo serve para que vocês saibam quanto vão gastar, e o aluno R. complementou a explicação “e para saber se estamos recebendo o troco direito quando a gente vai comprar alguma coisa no mercado”. Neste contexto os PCNs vêm contribuir

Por meio dos jogos as crianças não apenas vivenciam situações que se repetem, mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia (jogos simbólicos): os significados das coisas passam a ser imaginados por elas. Ao criarem essas analogias, tornam-se produtoras de linguagens, criadoras de convenções, capacitando-se para se submeterem a regras e dar explicações. (MEC, 1997 a, p. 19)
Então, buscaram a resolução das questões onde o produto 0,35 x 6 foi substituído pela soma dos produtos e o produto 5 x 1,7 foi desmembrado em somas, onde cada um resolveu a sua maneira, somando em parcelas e depois os totais, mas chegando as respostas corretas.

domingo, 31 de outubro de 2010

Eixo Vll

A interdisciplina Didática, Planejamento e Avaliação me reportou aos planejamentos das aulas do estágio obrigatório. Percebo que em alguns planejamentos deixei a desejar talvez porque tenha falhado, em certos momentos, na observação prudente que segundo Rodrigues, ao se planejar deve-se aliar o "para quê" ao "como", através da qual a observação criteriosa e investigativa torna-se, também, elemento indissociável do processo. Estas aprendizagens tem me valido para a realização da experimentação dos jogos computacionais aliados ao aprendizado matemático. A observação participante foi a estratégia metodologica predominante associada a registros escritos e fotográficos. Nesta pesquisa procurei me ater nos itens necessários para um bom planejamento o que tem contribuído para o alcance dos objetivos, como por exemplo: antes de iniciarmos essa experiência com os jogos, os alunos demonstravam dificuldade em resolver problemas e compreensão dos conceitos de adição, subtração, multiplicação e divisão, pensavam logo no tipo de conta que deveriam armar para chegarem ao resultado o que implicava, muitas vezes, em respostas equivocadas. Hoje conseguem, e resolvem questões através de estratégias que não utilizavam anteriormente, como, por exemplo, as que os egípcios utilizavam para chegarem ao resultado de uma multiplicação, ou seja, a soma de parcelas. Além disso, alguns alunos conseguem auxiliar o outro colega sem dar as respostas.

domingo, 24 de outubro de 2010

No intuito de evidenciar minha evolução, busquei na interdisplina Educação de Pessoas com necessidades Especiais no Eixo VI aprendizagens significativas.
O meu estudo de caso foi referente ao Expetro de Autismo. Através da pesquisa conheci os conflitantes pontos de vista presentes numa situação social, ou seja, a escola. A inclusão de pessoas portadoras de Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) é vista como um grande desafio, em virtude das características que apresentam como: “dificuldade de interação social, na linguagem e a busca de regularidade”. Estes são alguns dos motivos pelos quais a discussão relativa ao universo escolar esteja sendo colocada em segundo plano. Não raro, se tem a idéia de que crianças com tais diagnósticos são introspectivos, o que não corresponde totalmente à realidade. Em relação a isso, através do aporte teórico, enquanto observava as atitudes e reações de Emílio (nome fictício de meu estudo de caso), pude perceber que nem todos os autistas mostram aversão ao toque ou isolamento. E que a partir desse estudo, houve uma aproximação com esse menino, onde desenvolvemos um grande laço fraterno e de afetividade, o que antes passava despercebido.

sábado, 16 de outubro de 2010

Na volta aos eixos, busquei nas Interdisciplinas Psicologia da Vida Adulta e Seminário Integrador minha evolução nas aprendizagens. Visitando o primeiro Projeto Temático que desenvolvemos em grupo no período de 03/10/a 18/11/2008 com o Tema Estatuto do Idoso, percebo que poderia ter colaborado mais com as colegas do grupo principalmente nas primeiras etapas como justificativa e objetivos. Averiguei que não participei do fórum de discussão, além disso, enfrentei dificuldades operacionais com o servidor PBworks, por exemplo, não sabia editar no side Bar, dificuldade de acesso, não compreendia os procedimentos autorização para logar. Mas por outro lado, com as propostas dos Projetos de Aprendizagens da interdisciplina do Seminário Integrador desenvolvidos neste ambiente fui gradativamente superando estas dificuldades e compreendendo a propostas dos PAs, pois o aluno “precisa aprender a entregar-se com alegria à aventura de soltar a imaginação e a inteligência para criar e construir o novo, sempre disposto a reconstruir, na medida em que entende a relatividade do produzido” (MAGDALENA e COSTA, pg. 93, 2003), a partir de então, minha participação foi de cooperação com o grupo. ( os respectivos trabalhos constam na Lista de Links do Blog).
Afinal, aprendizados que serviram de subsídios para que no estágio possibilitassem a criação de Projeto de Aprendizagem explorando o ambiente Pbworks. Essa proposta com os alunos permitiu a participação ativa em vários momentos à medida que oportunizou a escolha dos temas de seus interesses, o conhecimento e o manuseio de uma nova ferramenta, as pesquisas em sites por alguns grupos para encontrarem respostas as suas dúvidas e certezas, ou mesmo pesquisas relacionadas à pergunta investigativa de seus projetos.
Revisitando os Projetos de Aprendizagem, em tempos de web 2.0
Iris Elisabeth Tempel Costa1 e Beatriz Corso Magdalena1
Faculdade de Educação/PEAD - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Porto Alegre – RS – Brasil.

sábado, 9 de outubro de 2010

Na volta ao eixo na Interdisciplina Representação do Mundo pela Matemática – Eixo IV percebi que faltou aprofundamento nas leituras, nos conteúdos, não só por dispor de pouco tempo, mas também pelo receio da matéria como bem expressa Pedro Demo, “é comum encontrar entre as "normalistas" e pedagogos certo distanciamento, por vezes desgosto, com a matemática”. Hoje estou explorando o material e vejo o quanto é rico, um suporte importante do referencial teórico para o desenvolvimento de meu TCC.

Apesar de considerar que dar aulas de matemática não é tarefa fácil, pois é preciso trabalhar a quebra na ordem sequencial do ensino de matemática, os estigmas que muitos alunos trazem para séries seguintes de que a matéria é muito difícil e somente alguns privilegiados conseguem aprender; o professor deve atuar como um mediador, criando um ambiente que possibilite a procura e descoberta, a segurança para que o aluno levante suas hipóteses, conceitos espontâneos e venha testá-las e não tenha receio em errar, pois com o erro também se aprende. Nesse sentido é preciso policiamento, pois estamos acostumados a dar as respostas e ignorar os erros. Enfim, criar possibilidades para o desenvolvimento integral capacitando-o a selecionar, entre as informações que recebe as que serão úteis a sua vida. Planejar com intencionalidade, selecionar materiais adequados de acordo com os objetivos que se pretende alcançar e estar em constante aperfeiçoamento profissional. Tenho uma aluna em minhas aulas de reforço que até momento vinha tirando notas baixas nesta matéria (finalmente conseguiu apresentar boas notas), além disso, me confidenciou no inicio das aulas, que nunca iria superar suas dificuldades de compreender a matéria. Então, lhe disse que superaria sim as dificuldades e que pensasse positivamente, pois a matemática não é só números, como falou uma outra aluna desta turma quando estávamos trabalhando um texto que tratava das origens dos números. A matemática faz parte de nossas vidas, está presente em nosso dia a dia, neste sentido que procuro trabalhar os conteúdos nestas aulas. Possibilitando aos alunos que reconheça nos objetos que estão ao seu redor, no caminho da escola, em um passeio a presença da matemática. E por fim, no início do curso não imaginaria que abordaria a matemática como tema para nortear meu TCC.