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domingo, 28 de novembro de 2010

Concluíndo o TCC

Entrando na etapa final de conclusão do TCC, percebo o quanto foi importante desenvolver esta pesquisa envolvendo os jogos on-line ao aprendizado matemático. Para mim foi uma experiência gratificante onde aprendi com os alunos, com o referencial teórico e servirá de base para aperfeiçoar minha prática nesse campo que ainda é pouco explorado como suporte pedagógico em nossas escolas.
Quando se utilizada a pesquisa qualitativa e a observação participante como estratégia metodológica associada a registros escritos, é preciso ter o cuidado para tomar nota de todos os aspectos, às vezes um aspecto que não nos parece relevante em um determinado momento em outros são. É preciso ficar atento, além disso, não se pode expressar de qualquer maneira é preciso que o leitor entenda a mensagem que estamos querendo passar, trago uma passagem de dos resultados:
Os alunos que possuem computador em casa ou freqüentam lan houses solicitaram os endereços dos jogos. O aluno B. declarou que sua mãe abre o jogo Britains Best Brain para seu irmão mais novo jogar em casa. Este aluno, em uma de nossas aulas sobre os cálculos aproximados que podemos realizar em diversas situações cotidianas, citou um exemplo para a turma: relatou os três presentes que recebera no dia das crianças para o grupo sugerir valores hipotéticos para os itens. No final, o aluno B. respondeu o valor aproximado do total em reais. Essa situação abriu espaço para que outros colegas também criassem simulações de compras. Por exemplo, o aluno N. sugeriu produtos comprados no Camelódromo ( lugar que freqüenta com a mãe) o aluno M. no Shopping ,citou três itens: um boné, tênis e camiseta atribui valores que foram contestados pelos colegas que alegaram preços insignificantes para produtos vendidos em lojas neste tipo de estabelecimento, inclusive um colega disse: “ tu não vai conseguir comprar tênis por esse preço em nenhuma loja”. E aluno M. concordou aceitando novos valores (alguns sugeridos pelos colegas) para os itens.
Na primeira versão de meu TCC não expliquei esses detalhes. Nesta descrição os alunos estão demonstrando seu avanço na autonomia, ouvindo o colega reformulando seu ponto de vista.

domingo, 14 de novembro de 2010

Eixo IX

Eixo IX - Trabalho de Conclusão de Curso – EA
Estou muito feliz com os resultados que obtivemos com experiência: Jogos Computacionais como elementos facilitadores do aprendizado matemático.
Foram vários aprendizados, percebi que pude aprofundar meu conhecimento teórico (pois alguns não foram bem explorados anteriormente) não só na área da matemática, mas em outros assuntos como ludicidade, jogos, informática na educação, erro construtivo, que é um momento importante no processo de construção do conhecimento, segundo Morin (2003), constatamos que a vida comporta números processos de detecção do erro, e o extraordinário é que a vida também comporta processos de utilização do erro, não só para corrigi-los, mas também para favorecer o surgimento da diversidade e da possibilidade de evolução. Além disso, conforme o desenvolvimento e a necessidade de referencial teórico para sustentar meu posicionamento e dados coletados nas sessões, realizei novas leituras de artigos, pesquisas na área do aprendizado matemático.
Muito do que aprendi na teoria procurei realizar na prática e percebi que apresentaram resultados gratificantes. É preciso deixar os alunos exercitarem a autoria, possibilitar as crianças situações que busquem estratégias para solução de problemas. Em nossa última sessão experimental levei uma caixa de bombons, como não havia a descrição de quantos bombons continham na embalagem, perguntei: como vamos dividir esses doces e como saberemos a quantidade presente na embalagem? N. e C tomaram a iniciativa de iniciar a divisão entre os setes presentes distribuindo dois bombons para cada um, chegaram a conclusão de que havia 15 unidades e que a conta não foi exata, pois sobrou resto, ou seja, um bombom.
Em suma, a melhor maneira para ajudar os alunos, a fim de uma compreensão de número, das operações e de suas interpretações e significados é possibilitando meios e recursos para que eles pensem, troque idéias, discutam, façam descobertas. Logo, o aluno ao refletir sobre as operações, entender conceitos, perceber seus significados compreenderá a melhor maneira de utilizar em situações de sua vida.

domingo, 24 de outubro de 2010

No intuito de evidenciar minha evolução, busquei na interdisplina Educação de Pessoas com necessidades Especiais no Eixo VI aprendizagens significativas.
O meu estudo de caso foi referente ao Expetro de Autismo. Através da pesquisa conheci os conflitantes pontos de vista presentes numa situação social, ou seja, a escola. A inclusão de pessoas portadoras de Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) é vista como um grande desafio, em virtude das características que apresentam como: “dificuldade de interação social, na linguagem e a busca de regularidade”. Estes são alguns dos motivos pelos quais a discussão relativa ao universo escolar esteja sendo colocada em segundo plano. Não raro, se tem a idéia de que crianças com tais diagnósticos são introspectivos, o que não corresponde totalmente à realidade. Em relação a isso, através do aporte teórico, enquanto observava as atitudes e reações de Emílio (nome fictício de meu estudo de caso), pude perceber que nem todos os autistas mostram aversão ao toque ou isolamento. E que a partir desse estudo, houve uma aproximação com esse menino, onde desenvolvemos um grande laço fraterno e de afetividade, o que antes passava despercebido.

sábado, 9 de outubro de 2010

Na volta ao eixo na Interdisciplina Representação do Mundo pela Matemática – Eixo IV percebi que faltou aprofundamento nas leituras, nos conteúdos, não só por dispor de pouco tempo, mas também pelo receio da matéria como bem expressa Pedro Demo, “é comum encontrar entre as "normalistas" e pedagogos certo distanciamento, por vezes desgosto, com a matemática”. Hoje estou explorando o material e vejo o quanto é rico, um suporte importante do referencial teórico para o desenvolvimento de meu TCC.

Apesar de considerar que dar aulas de matemática não é tarefa fácil, pois é preciso trabalhar a quebra na ordem sequencial do ensino de matemática, os estigmas que muitos alunos trazem para séries seguintes de que a matéria é muito difícil e somente alguns privilegiados conseguem aprender; o professor deve atuar como um mediador, criando um ambiente que possibilite a procura e descoberta, a segurança para que o aluno levante suas hipóteses, conceitos espontâneos e venha testá-las e não tenha receio em errar, pois com o erro também se aprende. Nesse sentido é preciso policiamento, pois estamos acostumados a dar as respostas e ignorar os erros. Enfim, criar possibilidades para o desenvolvimento integral capacitando-o a selecionar, entre as informações que recebe as que serão úteis a sua vida. Planejar com intencionalidade, selecionar materiais adequados de acordo com os objetivos que se pretende alcançar e estar em constante aperfeiçoamento profissional. Tenho uma aluna em minhas aulas de reforço que até momento vinha tirando notas baixas nesta matéria (finalmente conseguiu apresentar boas notas), além disso, me confidenciou no inicio das aulas, que nunca iria superar suas dificuldades de compreender a matéria. Então, lhe disse que superaria sim as dificuldades e que pensasse positivamente, pois a matemática não é só números, como falou uma outra aluna desta turma quando estávamos trabalhando um texto que tratava das origens dos números. A matemática faz parte de nossas vidas, está presente em nosso dia a dia, neste sentido que procuro trabalhar os conteúdos nestas aulas. Possibilitando aos alunos que reconheça nos objetos que estão ao seu redor, no caminho da escola, em um passeio a presença da matemática. E por fim, no início do curso não imaginaria que abordaria a matemática como tema para nortear meu TCC.

domingo, 26 de setembro de 2010

Informática na Educação

No intuito de relatar minha evolução no EAD, busquei no eixo- I aprendizagens referentes ao uso do computador na educação nas Interdisciplinas Seminário Integrador, Escola, Cultura e Sociedade - Abordagem Sociocultural e Antropológica, Educação e Tecnologias da Informação e da Comunicação. A dinâmica estabelecida entre os conteúdos das interdisciplinas proporcionou um melhor entendimento das possibilidades de exploração do computador como ferramenta importante não só na educação, mas também para o cotidiano. Ao iniciar o curso, só utilizava o computador para fazer pesquisa na internet, estes aprendizados iniciais formaram a base para que eu pudesse ao longo dos estudos ir conhecendo outras possibilidades como de autoria e publicação na web . Nestas aulas, aprendi a fazer e a conhecer o potencial de utilização blogs e a interagir com os colegas através dos ambientes de aprendizagens propostos pelo curso. Adquiri o hábito diário de utilizar essa ferramenta, seja para realizar as atividades (ler, produzir textos) ou utilizar meios de comunicação como: MNS, E-mail e Skype, para contatos com a comunidade estudantil ou com meus familiares que residem em outros estados do país.

Trago um recorte de uma postagem que realizei na interdiscplina ESC2 - Comentários de visitas aos blogs em 2006:
http://vamosblogarbr.blogspot.com/ Em visita a este blog observei que o conhecimento é compartilhado sobre tecnologias educacionais informatizadas, blog colaborativo para divulgação e reflexões, projetos que incluem e estimulam o uso da tecnologia na educação. Também, possui endereços de sites educacionais, bem como projetos como o Zaptlogs Interdisciplinar, além de outros blogs propiciando um ambiente para a aprendizagem cooperativa.

Segundo a Teoria da atividade Verbal [Koch, 2004], “possibilita o embasamento de atividades escolares que prevililegiem o uso do computador, fundamentadas vias interações sociais, contribuindo para o processo de desenvolvimento lingüístico e cognitivo. E, por considerar-se a escrita e a leitura como formas de desenvolvimento da linguagem, nas diferentes instâncias do processo educacional, o uso dos blogs na educação, mediada dos professores, adultos mais experientes, podem contribuir para o acesso aos bens culturais preconizados por Vygotsk”.

Aprendizados importantes, pois na ocasião de meu estágio, na realização dos projetos de aprendizagens dos alunos desenvolvidos no Laboratório de informática, utilizamos o ambiente da web, PBworks para o desenvolvimento dos trabalhos em grupos e virtude de alguns obstáculos, principalmente referentes a problemas técnicos do laboratório e dificuldades de acesso aos PBworks, a alternativas foi passar as instruções para dois grupos criarem blogs. Os PAs dos alunos com a utilização dos blogs estão no end: http://projetosdaturma.pbworks.com/.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Projetos de Aprendizagens

Apesar dos obstáculos enfrentados referente a problemas técnicos do laboratório e dificuldades com ambiente PBworks, acredito o que marcou uma inovação pedagógica, foi a proposta de desenvolver a arquitetura de Projeto de Aprendizagens utilizando ambiente da web. Pois, permitiu as crianças uma participação ativa à medida que oportunizou a escolha dos temas de seus interesses, o conhecimento e manuseio de uma nova ferramenta, as pesquisas em sites, por alguns grupos em busca de respostas as suas dúvidas e certezas ou ao pergunta investigativa. Enfim, proporcionou sentido às aprendizagens desenvolvendo a autonomia, que segundo Piaget, citado por Goldim (2000) “(...) é a capacidade de coordenação de diferentes perspectivas sociais com o pressuposto do respeito recíproco”, um processo de construção considerando o ponto de vista do outro. Tal situação suscita algumas reflexões: o professor deve considerar a bagagem de conhecimento que o aluno traz para a escola a fim de que ocorra ensino-aprendizagem; além disso, é necessário criar um ambiente de cooperação, ações de trocas de saberes. Os alunos elaboraram perguntas de situações que vivenciam em seus cotidianos como, por exemplo: Por que os adultos se separam? Por que todos os irmãos brigam? Por que existem as bebidas alcoólicas? Por que existe poluição? A energia elétrica? E certezas como: Que a poluição faz mal para o ser humano e o mundo ou dúvidas como: como foi inventada a energia elétrica? Entre outras, que podem ser constatadas no endereço: http://projetosdaturma.pbworks.com. Trago alguns depoimentos dos alunos após uma aula no laboratório: Maria Helena: “ Eu me senti alegríssima porque é a primeira vez que eu mecho na internet e achei um pouquinho complicado e legal ao mesmo tempo”; Victor: “Eu gostei porque a gente pesquisou sobre novas perguntas e sobre o PBWorsks”; Luan: “Eu me senti muito feliz hoje no laboratório de Informática porque nos aprendemos novas coisas legais, fazer um blog, mas eu fiquei triste quando nos fomos embora dali e voltamos para a sala de aula”. Ou seja, para que ocorra a aprendizagem, de acordo com estudos Piagetianos, deve haver a interação de todos, interação com meio, sujeito e objeto em estudo através de contatos com materiais e que possibilitem novas descobertas, criando conflitos e aguçando a curiosidade.

quarta-feira, 16 de junho de 2010


No planejamento que antecedeu a vista Cia engarrafadora – Liquigás, eu e os alunos estabelecemos uma discussão sobre o petróleo, recurso natural não renovável, produtos derivados, estados produtores, as principais bacias e os paises, além disso, os alunos fizeram a localização em mapas. Também, elaboramos um roteiro prévio cooperativo sobre o que iríamos observar contemplando alguns itens como: matéria prima utilizada; maior ou menor emprego de trabalho manual; etapas dos procedimentos empregados no engarrafamento até a distribuição; função das pessoas que trabalham na empresa ( operários e funcionários) e os tipos de atividade econômicas ( produção, distribuição e consumo). Enfim, com as informações e observações da visita à turma realizou duas atividades. A primeira foi referente à produção da escrita, visto que a melhor redação será publicada no site comercial da Cia, Liquinet. Essa atividade foi de grande retorno por parte dos alunos, pois toda a turma concluiu mesmos os que não puderam ir, eles utilizaram os dados que levantamos na motivação para a escrita. A outra, foi referente a elaboração um relatório ilustrado, observado o roteiro (setores visitados) o que facilitou para os alunos compreendessem a organização do espaço da Cia. Acredito que uma atividade influenciou a outra tornando as informações mais significativas para os alunos. Entretanto, a partir da visita é possível fazer uma pesquisa, por exemplo, sobre o petróleo brasileiro, em que contexto histórico se deu a criação da Petrobrás, quais os componentes do GLP, contemplando, assim, conhecimentos de história e ciências, ou seja, um estudo integral – ou grande estudo. Mas segundo Antunes, em se tratando dos primeiros anos do ensino fundamental, “verifica-se que os estudos parciais são de mais fácil realização e, muitas vezes, mais significativos e concretos para os alunos.” Mesmo assim se tivéssemos mais tempo poderíamos explorar melhor a visita com outras atividades, entretanto aceitamos a data que a empresa disponibilizou, visto ser um passeio sem custos para os alunos. As duas turmas da quarta série ganharam duas bolas oficiais e alguns materiais escolares.

Referência
ANTUNES, Aracy do Rego; MENANDRO, Heloisa Fesch; PAGANELLI, Tomoko Iyda. Estudos Sociais: Teoria e Prática. Rio de Janeiro, ACCESS, 1999.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Educação Ambiental

Acredito que necessitamos avançar e com urgência, quanto à disposição e preparação de professores referente à educação ambiental. Por um lado, na proposta de Diretrizes Curriculares para Educação Ambiental, por exemplo, as legislações que regulamentam não esclarecem como essa abordagem acontece na prática nas escolas, muito menos “prescrevem os princípios, diretrizes operacionais e pedagógicas para o seu trato transversal nos níveis e modalidades da educação”. Por outro lado, os PCNs que consideram a EA tema transversal refere uma abordagem interdisciplinar, mas para um efetivo resultado deveria contar com a participação de toda a comunidade escolar e atender seus anseios. Segundo a FURG, uma forma para se trabalhar a interdisciplinaridade seria através de projetos de educação ambiental unindo teoria e prática, mas nem sempre os professores das diferentes disciplinas se dispõem a esse proposito alegando vários motivos. Na instituição, na qual realizo meu estágio, iniciamos o Projeto “ Do Lixo à Preservação da Natureza” no dia 18/04, com uma peça de teatro e oficinas com sucatas contando com a participação de toda a comunidade. Hoje temos cestos de lixo de cores diferentes com adesivos, cartazes explicativos deixando claro qual é o recipiente para o lixo seco e orgânico. O mesmo ocorre em sala de aula, há duas lixeiras em cada ambiente. Também os funcionários fazem o recolhimento adequado em recipientes separados, evitando que após a separação tudo vá para o mesmo saco observado dias corretos de coletas. Realizamos uma visita a Cia engarrafadora – Liquigás onde os alunos, das duas turmas da quarta série, conheceram receberam informações e fizeram perguntas sobre os procedimentos referente a responsabilidade ambiental da Cia. Os alunos visitaram as instalações onde são separados os resíduos perigosos dos resíduos limpos que são enviados aos locais adequados, bem como sobre o aproveitamento das águas. Mas acredito que foram pequenas atitudes que colaboram, mas são insuficientes, bem como são insuficientes trabalhos em sala de aula que problematizem e levem o aluno a uma reflexão, tendo em vista a grave situação ambiental mundial. Além disso, convivemos com a formação precária, em algumas universidades, de profissionais e professores na correta abordagem do tema. Enfim, segundo o texto de Morin (2001) quanto o Relatório Delors (1998) citados por Adriana Piva, “têm a perspectiva de lançar as bases de uma educação internacionalizada, isto é, de um projeto que visa a criar parâmetros curriculares comuns a todos os sistemas de ensino nacionais, de modo a tornar possível o “advento de uma nova ética universal” (UNESCO 2002)”. Mas para que isso se torne realidade é preciso superar entraves políticos econômicos e sociais.
Referências:
PIVA, Adriana. A Difusão do Pensamento de Edgar Morin na Pesquisa em Educação Ambiental no Brasil. PPG Educação – FaE/UFMG – CNPq

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade
Diretoria de Educação para a Diversidade e Cidadania
Coordenação Geral de Educação Ambiental
Disponível: http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/ca_propresolcne.pdf Data de acesso: 08/06/2010.

Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient. ISSN 1517-1256, v. 22, janeiro a julho de 2009. Disponível em http://www.remea.furg.br/edicoes/vol22/art6v22.pdf Data de acesso: 09/10/2010.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dialogicidade - como prática da liberdade

Estamos desenvolvendo Projetos de Aprendizagens com a utilização do computador em ambiente da web, Pbworks para a escrita coletiva. Antes de irmos ao Laboratório de Informática, converso com a turma sobre o andamento dos PAs. Nesta proposta inovadora temos por objetivo que todos os alunos participem. A turma vinha utilizando o laboratório, com uso educacional, somente para pesquisas na internet, ou seja, para reforço de uma de um tema que foi trabalhado em sala de aula. Neste dia, além que conversarmos sobre o comportamento no laboratório, conversamos sobre os grupos formados e as questões norteadoras, pois tínhamos onze questões, dez computadores disponíveis e atualmente oito. Nesse diálogo uma aluna declarou não ter interrese em nenhum dos assuntos e estava se negando a participar dos PAs.
Entretanto, após ouvir suas argumentações, falei que já havia escolhido a pergunta “Por que os seres vivos morrem?” para investigar, e que procedendo assim, estaria se privando de aprender uma proposta diferente que poderia usar futuramente para investigar outros assuntos de seu interrese. Enfim, depois de muito diálogo, a aluna aceitou em participar, escolhendo outro assunto de sua preferência: “ Um tema relacionado pelo amor”. Incrementou bem sua página no laboratório e está investigando o assunto. Acredito que foi o privilegiado a dialogicidade que segundo Paulo Freire é a essência da educação como prática da liberdade, pois (...) “ninguém pode dizer a palavra verdadeira sozinho, ou dizê-la para os outros, num ato de prescrição, com o qual rouba aos demais”.
Enfim, não se pode concordar que alunos sejam excluídos do processo ensino-aprendizagem, uma questão social que deve ser combatida.


Referência
FREIRE, Paulo. A dialogicidade: essência da educação como prática de liberdade. In: ______. Pedagogia do oprimido. 21. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993. p. 77-120.

domingo, 4 de abril de 2010

Observações - ambiente escolar

Em virtude do estágio etapa inicial de coletas de dados, estou realizando as observações no ambiente educacional na EEEF Clotilde Cachapuz de Medeiros localizada no bairro Espírito Santo, zona sul de Porto Alegre.
A escola possui um aluno de inclusão, cadeirante, 6 anos de idade, matriculado em uma turma do jardim - B. Para ter acesso ao prédio e a sala de aula foi improvisado uma rampa de madeira removível, a Diretora, também providenciou a instalação de um vaso sanitário com estruturas anatômicas adequados no banheiro dos professores e funcionários. No quinto semestre, nos conteúdos trabalhados na interdisciplina Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais, tivemos acesso a textos esclarecedores sobre os direitos de pessoas em situação de desigualdade. Apesar de garantia em lei, Constituição Federal de 1988, Art. 3o que assegura prestação de “apoio técnico e financeiro às seguintes ações voltadas à oferta do atendimento educacional especializado entre outras que atendam aos objetivos previstos neste Decreto”:
IV - adequação arquitetônica de prédios escolares para acessibilidade.
Entretanto, o que se observa na prática são iniciativas da própria instituição e dos profissionais que trabalham com turmas que tem alunos de inclusão, por exemplo, a professora da classe não pode se ausentar nem mesmo para fazer o lanche, precisa contar com a boa vontade de algum colega.

domingo, 28 de março de 2010

Arquiteturas

Na proposta da segunda atividade da interdisciplina Seminário Integrador, além de criarmos pgs. para a escola e a turma, também foi nos solicitado a abertura de uma página contemplando o esboço principal de uma ação ou arquitetura pedagógica planejada para o estágio. O planejamento de ações que nos conduzam a experiências inovadoras me reportou ao texto “Arquiteturas pedagógicas para educação a distância”. No texto fica claro que uma arquitetura não se confunde com posturas onde o professor é detentor da verdade, e o aluno uma “tabula rasa”, situação essa, vivenciada em muitas instituições educacionais, com propostas de atividades, que na maioria das vezes, ficam restritas a sala de aula e a utilização do livro didático. Ao contrário, propõe uma dinâmica de troca de saberes, onde um aprende com o outro. Os Projetos de Aprendizagem que desenvolvemos ao longo do PEAD favorecem esse ambiente, foi o presenciamos na prática, agora teremos o desafio de por em prática com nossos alunos.

domingo, 13 de setembro de 2009

Proposta Pedagógica de Comênio

Na disciplina de Didática, Planejamento e Avaliação – B, a partir das observações da proposta pedagógica de Comênio “Orbis pictus” (“O mundo em imagens”) respondemos a algumas questões, por exemplo, identificação no cotidiano escolar da proposta pedagógica analisando as relações entre as idéias do autor e meu contexto de trabalho.
Quanto ao realismo do ensino, Comênio “propõe que os alunos façam experiências por conta própria e aprendam a partir das próprias observações e não somente repetindo o que outras pessoas disseram (cap. 18).” Por exemplo, através de contatos junto a direção, consegui uma visita às instalações da engarrafadora Liquigás, Cia de Canoas para uma turma de alunos do ensino fundamental. Na disciplina de Português, a partir das observações eles elaboraram uma redação sobre o processo, práticas técnicas de segurança na correta utilização do GLP.
Temos a “Hora do conto”, apresentação de peças de teatro e filmes, além disso, todos os anos são realizados exposições, como por exemplo, a feira do livro e gincanas com o objetivo de integração e participação ativa de toda a comunidade escolar. Na última, houve confecções de lixeiras e bancos pelos alunos. As lixeiras estão distribuídas pelos corredores da escola e os bancos estão expostos no saguão. E, em sala de aula em meio a uma metodologia mais tradicional, alguns profissionais procuram trabalhar o lúdico através de jogos, música e brincadeiras. No que se refere ao ensino igual para todos os níveis das camadas sociais e para ambos os sexos, a escola atende uma comunidade de classe média e classe média baixa onde se observa uma grande diversidade. Recebe os alunos sem distinção de raça, cor, sexo ou credo.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Introdução à Didática

Através da interdisciplina Didática, Planejamento e Avaliação – B com base na leitura do texto “ O menininho”, de Helen Buckley e charge de Luis Fernando Veríssimo referente ao tema Aventuras da Família Brasil, respondi questões como: . Quais atividades você, enquanto professor/a, desenvolve com seus alunos de modo a possibilitar que estes cresçam com autonomia e desenvolvam sua criatividade?
Sempre que preciso desenvolver as atividades do curso PEAD, solicito uma turma emprestada da 4ª série.
Em uma experimentação de Teatro utilizei uma caixa de surpresas contendo vários objetos. Através do jogo foi possível desenvolver um terceiro momento que não estava previsto e que foi proposto pelos próprios alunos, onde eles criaram um cenário para retratar o tema relação familiar. Segundo Ana C. Reckziege, (...) “temos que estar sempre com a percepção e capacidade de improvisação, e de possibilidade de alteração de rumo, super aguçadas”. Uma experiência marcada pela ludicidade com o tema História da música popular Brasileira para crianças: utilizei o livro e o Cd de Simone Cit. Criamos um jogo de ações e brincadeiras enquanto as músicas tocavam. O brincar estabelece um equilíbrio nas formas de pensar, sentir e agir que são fundamentais na convivência com o outro; trabalhei com os alunos conceitos como preconceitos, identidade e discriminação através de um mosaico étnico-racial da turma. No desenvolver da atividade, um aluno no primeiro momento omitiu a origem africana de seus familiares, ressaltando a origem portuguesa; após o trabalho em grupo, porém, onde cada um contou para os outros colegas sobre a convivência e relacionamento em sua família, houve a espontaneidade e, então, assumiu sua descendência também africana, pois “a identidade se confirma para o indivíduo, na diferenciação dos outros e na assimilação da identidade do grupo que designa e identifica como seu”. Solicitei que através de desenhos, representassem sua família, incentivando a autoria sem uso de estereótipos. Organizamos uma exposição socializando com outras turmas; em matemática, procurei adaptar exercícios para oportunizar a justificativa de respostas.

domingo, 28 de junho de 2009

Relações entre os textos de Kant e Adorno


Para a interdisciplina de Filosofia estamos desenvolvendo uma atividade em dupla em três etapas. Na primeira elaboramos duas perguntas relacionando os textos de Kant e Adorno e enviamos para a nossa colega de dupla, na segunda etapa elaboramos um texto incluindo as duas perguntas e as respostas às mesmas. Aqui postos as respostas propostas pela minha colega Nara Regina:
“O homem é a única criatura que precisa ser educada. Por educação entende-se o cuidado de sua infância (a conservação, o trato), a disciplina e a instrução com a formação. Conseqüentemente, o homem é infante, educando e discípulo.”O homem é o único ser que necessita de cuidados por isso a necessidade educacional. Aos pais cabe a educação familiar, disciplinar e impor limites a seus filhos e a educação escolar cabe a responsabilidade de formar o homem para cidadania. A educação só pode ser transmitida por outros homens que seriam os responsáveis para transformar a “animalidade em humanidade”, pois é através da razão que o homem pode sair desse estado bruto para a pratica do bem, distinguir se “uma coisa será boa ou má”. A educação para Adorno deve ser voltada para a prevenção da barbárie nazista através da não repressão do medo, mas para o esclarecimento e emancipação individual, ou seja, uma educação de pleno sentido para a auto-reflexão. Que o sujeito saiba pensar, refletir sobre os motivos que levaram ao horror.
Para a “desbarbarização do campo”, sendo um dos mais importantes objetivos educacionais, além da educação básica, sugere programas de televisão e a criação de equipes de voluntários e grupos educacionais para ensinamentos “que visem ao preenchimento das lacunas mais ameaçadoras”. Enfim, um homem sem educação é um bárbaro capaz de cometer atrocidades como a de Auschwitz. Portanto, a importância do cuidado com a infância. Segundo Adorno, é preciso criar medidas preventivas contra atrocidades como a de Auschwitz “primeiro, a educação infantil, sobretudo na primeira infância” pois é na primeira infância, entre três a seis anos de idade, de acordo com estudos, a fase em que se estabelece a base para todas as aprendizagens humanas e relações sociais, mas nesta etapa, além da escola a família deve participar.
Conforme Kant, quanto o cuidado com a infância, deve ser submetido a regras que impõe limites à criança, por exemplo, o constrangimento imposto tem por objetivo prepará-la para ser livre no futuro dispensando os “cuidados de outrem”. Essas medidas são necessárias, pois ao se tornar adulto precisa ser independente dos pais, ou seja, providenciar seu próprio sustento, principalmente os ricos e os filhos dos príncipes. Mas, os planos para a arte de educar deve seguir “ um princípio da pedagogia: não se deve educar as crianças segundo o presente estado da espécie humana, mas segundo um estado melhor, possível no futuro, isto é, segundo a idéia de humanidade e da sua inteira destinação” para que a ciência ocupe o lugar do mecanicismo evitando assim, que uma geração destrua o que a geração anterior construiu.
Por essas razões, tanto Kant como Adorno veem a educação em seu pleno sentido moral se voltada para uma reflexão crítica.

domingo, 21 de junho de 2009

Concepções de índio

Conhecer alguns aspectos dos povos indígenas brasileiros, através do que eles próprios dizem sobre si; o conhecimento do modo de vida dos povos indígenas do Rio Grande do Sul, uma proposta da atividade da interdisciplina: Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História - B
A partir da leitura do texto “Os índios no Brasil: quem são e quantos são”,escrito pelo representante do povo Baniwa, Gersen dos Santos Luciano, buscamos explicar como e por que se constituíram as contradições que seguem: índios X povos indígenas / generalização X identidade étnica, bem como, sugerir formas de desfazer pré-conceitos que predominam ao se falar de povos indígenas.
Aprendemos nas escolas que calendário traz o dia do índio e que através de estereótipos feitos pelos adultos, ou seja, reprodução de índios com saia de penas, espaços terrestres cercados por ocas nos é transmitido à referência dos índios brasileiros e da América. Muito pouco ou quase nada aprendemos sobre os índios e as regiões que habitam no Rio Grande do Sul, sua cultura, seus hábitos e costumes, muito menos sobre a diversidade de povos existentes em nosso país. Uma explicação contraditória a que aprendemos nos livros escolares sobre os habitantes encontrados no continente americano, que até nos dias atuais são denominados de “índios” ou “indígenas” é um apelido genérico, pois foi o resultado de um mero erro náutico, que aconteceu por ocasião da viagem rumo às Índias, do navegador italiano Cristóvão Colombo. A frota que partiu da Espanha em 1492 ficou à deriva por vários dias até alcançar uma região continental que Colombo imaginou que fossem as Índias, mas que na verdade, era o atual continente americano. Segundo a definição técnica das Nações Unidas, de 1986, os povos e as nações indígenas são aqueles que, consideram a si mesmos distintos de outros setores da sociedade, e estão decididos a conservar, a desenvolver e a transmitir às gerações futuras seus territórios ancestrais e sua identidade étnica, como base de sua existência continuada como povos, em conformidade com seus próprios padrões culturais, as instituições sociais e os sistemas jurídicos.
Enfim, em nome da nacionalização e expansão econômica, os povos indígenas passam a negar a designação índio ou indígena bem como as identidades étnicas como estratégia de sobrevivência. Somente com a organização do movimento indígena a partir de 1970, que aceitam a denominação, provendo a identidade multiétnica de todos os povos do território brasileiro. O termo parente foi utilizado no sentido de valorização positiva da denominação genérica de índio ou indígena, para simbolizar a superação do sentimento de inferioridade imposto aos povos indígena pelos colonizadores durante todo o processo de colonização.

Sugestão de desfazer pré-conceitos:
Propor atividades que incluam nos conteúdos de estudo, principalmente em aulas de história, por exemplo, além de se trabalhar o contexto histórico na época colonial, deve-se trabalhar com a realidade atual, com textos escritos por autores indígenas que retratem a realidade, principalmente do ponto de vista do índio para que os alunos venham a compreender as contradições, as causas que geraram a discriminação e a construção dos mitos. A criação do mosaico étnico-racial apresentou resultados positivos, pois a partir dos dados é possível aprofundar o assunto sobre o conhecimento da composição étnico–racial dos alunos de da comunidade, bem como, utilizar os dados das mistura étnicas observadas na turma para introduzir o tema povos indígenas, que devem ser abordados durante todo o ano escolar. Os Parâmetros Curriculares Nacionais nos orientam sobre a abordagem de especificidades étnicas presentes no Brasil nas séries iniciais como: moradia, vestimenta, educação, alimentação, pode-se trabalhar intercalando o passado e o presente, além disso, oportunizar aos alunos que eles façam as ilustrações espontaneamente, sem estereótipos.

REFERÊNCIA
Os índios no Brasil: quem são e quantos são
Texto extraído do Livro “O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos
indígenas no Brasil de hoje” – Brasília, 2006.
Autor: Gersen dos Santos Luciano – Baniwa

domingo, 14 de junho de 2009

Mapas Conceituais





Na aula presencial, dia 02/06/09 da interdisciplina: Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II, em grupo construímos um mapa conceitual sobre alguns conceitos da teoria piagetiana tais como: Ação Acomodação, Adaptação, Aprendizagem, Assimilação, Classificação, Conservação, Construção , Desenvolvimento, Equilibração, Equilíbrio, Esquema, Estádio, Estrutura, Inteligência, Interação, Operação, Operatório concreto. Operatório Formal, Representação, Pré-operatório, Reversibilidade, Sensório-motor, Seriação, Transformação.
Como orientação inicial para o trabalho com os mapas conceituais a cada grupo foi distribuído uma lista de palavras-chave para ajudar na construção da resposta da pergunta inicial. Essa orientação estava baseada em duas regras básicas. A primeira era a de que sempre deveria haver um verbo – conjugado corretamente – na ligação entre as duas palavras-chave (conceitos). A segunda era que todo conjunto Conceito um – Frase de Ligação – Conceito dois formasse uma sentença completa e que fizesse sentido sozinha.

Foi um desafio rico, precisamos treinar para que mais tarde venha a ser um instrumento de trabalho nas escolas, pois segundo Joseph Novak ( seu criador) é uma ferramenta para organizar e representar o conhecimento. Na próxima versão faremos as complementações sugeridas pela professora.


Componentes do Grupo:
Andréia Mancuso , Marta
Dania, Magdalena
Darlene, Rosali
Ivete, Vera Prates
Jane

http://www.cinted.ufrgs.br/renote/dez2006/artigosrenote/25064.pdf

domingo, 7 de junho de 2009

Educação após Auschwitz

Em Filosofia da Educação A – B . Realizamos a leitura do ensaio do filósofo alemão Theodor Adorno (1903 - 1969) intitulado Educação após Auschwitz, que tem início com frase, expressão de um princípio moral: "Para a educação, a exigência que Auschwitz não se repita é primordial". É um texto que alinha moralidade, política e educação a partir deste evento terrível do século XX: o Holocausto. Então desenvolvemos argumentações sobre a relação entre educação, civilização e barbárie.

Auschwitz um dos campos de concentração localizado no sul da Polônia onde entre 1942 e 1945 em torno de dois milhões de pessoas foram assassinadas, além de judeus, ciganos, homossexuais, grupos religiosos, opositores políticos de Hitler. Em nome da eugenia étnica essa barbárie foi praticada, mas para que o terror não se repita segundo Adorno, mais do que se ter consciência dos motivos que levaram ao horror, é preciso criar medidas de prevenção través da educação onde “primeiro, a educação infantil, sobretudo na primeira infância; depois, o esclarecimento geral, criando um clima espiritual, cultural e social que não dê margem a uma repetição”. Na primeira infância, entre três a seis anos de idade, de acordo com estudos, é a fase em que se estabelece a base para todas as aprendizagens humanas e relações sociais, mas nesta etapa, além da escola a família deve participar. Cabe a escola e aos pais, trabalhar e reforçar as relações culturais e sociais, não somente na educação infantil, mas durante todo o percurso do aluno na educação Básica. Para conscientização dos alunos de que as agressões físicas e/ou psicológicas são algo abominável e inaceitável na sociedade, em nossa escola, é feito através de aconselhamentos diários no Setor de Orientação Educacional – SOE, também são ministradas as disciplinas de Filosofia e Sociologia no Ensino Médio, voltados para desenvolver um sujeito pensamento, autônomo e crítico para exercer a cidadania plena. Adorno também nos alerta sobre o benefício dos esportes recreativos que não incentivem a competição para desbarbarização, ou seja, voltados para a construção coletiva do desenvolvimento e conhecimento.

domingo, 31 de maio de 2009

História da África – História e Cultura dos Afro-descendentes no Brasil

Para a realização da atividade envolvendo o tema História da África – História e Cultura dos Afro-descendentes no Brasil, realizei uma pesquisa com alunos negros estudantes de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental.
Todos os alunos negros, ao serem questionados “Como você se sente como aluno(a) negro(a) nesta escola?” responderam que se sentiam “normais”. Segundo Marilene Pare, as respostas estão relacionadas com o sentimento que eles têm de negritude ou consciência negra. Os entrevistados consideram que não há preconceito na escola, manifestando mecanismos de defesas como reação às situações de discriminação, mas uma aluna admite conviver com o preconceito em sala de aula, identificados através dos apelidos que uns colegas colocam em outros colegas. Duas das estrevistadas possuem uma baixa auto-estima e auto imagem distorcidos, resultado de sentimentos originários da discriminação. Segundo Pare, uma criança que possui auto-estima e auto imagem distorcidos, conseqüentemente ela será um adulto com problemas de identidade e de auto-valorização. Essa pequena amostra serve de referência para a necessidade de oportunizar em sala de aula ao aluno conhecer as dimensões da expressão afro-cultural da diáspora negra, no sentido de qualificar o ensino-aprendizagem do aluno afro-descendente.
Na atividade que realizei sobre Diversidade na Escola: mosaico étnico-racial com uma turma de quarta série, cedida pela professora da classe, no decorrer da atividade um aluno, no primeiro momento, omitiu a origem africana de seus familiares admitindo a origem portuguesa, mas após o trabalho em grupo onde cada um contou para os outros colegas sobre sua família, ouve a espontaneidade e esse aluno então, assumiu sua descendência também africana. Esse exercício me levou a refletir de como é importante abordar em sala de aula o tema etnia para incentivar os alunos a reconhecerem sua própria identidade ética.

domingo, 24 de maio de 2009

Clube do Imperador

Para a realização da atividade da interdisciplina Filosofia da Educação A – B assistimos ao filme Clube do Imperador e relacionamos com o texto de Platão: Defesa de Sócrates. Respondemos questões que me fizeram refletir, também sobre os métodos epistemológicos vivenciados em muitas escolas públicas. Um momento, no filme, onde ocorre um conflito moral é quando o professor Hundert altera a nota final do aluno Sedgewick em detrimento do colega merecedor da vaga, classificando-o em terceiro lugar para o concurso tradicional onde três concorrentes respondem perguntas referentes ao Império Romano, feitas pelo professor. A tentativa do professor de classificar o aluno em detrimento do colega merecedor da vaga demonstrou ser ineficaz ao longo do tempo, apresentando resultados negativos na conduta do professor e do aluno injustamente classificado. Para Sócrates o fundamental na conduta é ser justo, é o que podemos observar nessa passagem enquanto ele aguarda sua sentença, “depois de ser julgado volta à idéia de fazer o que pensa ser justo, mesmo que suas ações o levem à morte. Toma como exemplo Aquiles, que mesmo sabendo que seu ato iria levá-lo à morte, recusou-se a agir injustamente, vingando a morte de seu grande companheiro Pátroclo”. Para um filósofo as conseqüências das ações é o mais importante. Em muitas escolas ainda, convivemos com práticas baseadas em uma postura pedagógica firmada em uma epistemologia empirista, onde o professor é detentor da verdade, decidindo como e o que o aluno deve aprender, mas ações como do professor Hundert assim como de muitos professores que impõem sua vontade, que não consideram os princípios morais, acaba não produzindo resultados positivos, pois, foi o aluno desclassificado indevidamente, que tira do episódio lições para sua vida, tendo demonstrado à medida que entrega seu filho para ser educado pelo antigo mestre.

domingo, 17 de maio de 2009

Método Clínico

Em aula anterior da disciplina desenvolvimento e aprendizagem Sob o enfoque da psicologia II, exploramos as características dos estádios do desenvolvimento da inteligência proposto por Piaget: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.
A idade de uma pessoa não é critério suficiente para sabermos em que período do desenvolvimento intelectual uma criança se encontra, pois segundo Piaget, depende da experiência anterior em que o indivíduo for submetido, papel preponderante nesse aspecto é do meio social, que pode contribuir no avanço do processo ou retrocesso ou mesmo impedir o avanço na ordem de seqüência que é vivenciado por todos os indivíduos. Na aula seguinte, os conceitos de aprendizagem, desenvolvimento e estádios a partir da utilização da metodologia desenvolvida por Piaget, conhecida como método clínico piagetiano. Foi proposto que em grupo, aplicássemos uma das provas sugeridas:
Conservação da substância - Sólidos Descontínuos - Contas, Conservação da substância – Sólidos Contínuos - Massinha ou Conservação da substância – Líquido Contínuo. Optamos pelo Conservação da substância.
Quanto às intervenções, utilizamos algumas estratégias, como: utilização de meios que estimulassem o aluno como, por exemplo, um bombom, uma pergunta incentivadora no início do experimento, bem como utilização de palavras para facilitar a compreensão da pergunta pela criança, quando percebido a dificuldade de interpretação da mesma em relação à primeira pergunta sugerida no teste. Através do teste constatamos que o aluno está em um estádio transitório do pré-operatório para o operatório concreto, pois a criança evidenciou impressões de dúvidas em seus argumentos utilizando muitas respostas com palavras como “estou imaginando” e não sei.,uma classificação mental de quantidade de líquido no recipiente.