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domingo, 28 de junho de 2009

Relações entre os textos de Kant e Adorno


Para a interdisciplina de Filosofia estamos desenvolvendo uma atividade em dupla em três etapas. Na primeira elaboramos duas perguntas relacionando os textos de Kant e Adorno e enviamos para a nossa colega de dupla, na segunda etapa elaboramos um texto incluindo as duas perguntas e as respostas às mesmas. Aqui postos as respostas propostas pela minha colega Nara Regina:
“O homem é a única criatura que precisa ser educada. Por educação entende-se o cuidado de sua infância (a conservação, o trato), a disciplina e a instrução com a formação. Conseqüentemente, o homem é infante, educando e discípulo.”O homem é o único ser que necessita de cuidados por isso a necessidade educacional. Aos pais cabe a educação familiar, disciplinar e impor limites a seus filhos e a educação escolar cabe a responsabilidade de formar o homem para cidadania. A educação só pode ser transmitida por outros homens que seriam os responsáveis para transformar a “animalidade em humanidade”, pois é através da razão que o homem pode sair desse estado bruto para a pratica do bem, distinguir se “uma coisa será boa ou má”. A educação para Adorno deve ser voltada para a prevenção da barbárie nazista através da não repressão do medo, mas para o esclarecimento e emancipação individual, ou seja, uma educação de pleno sentido para a auto-reflexão. Que o sujeito saiba pensar, refletir sobre os motivos que levaram ao horror.
Para a “desbarbarização do campo”, sendo um dos mais importantes objetivos educacionais, além da educação básica, sugere programas de televisão e a criação de equipes de voluntários e grupos educacionais para ensinamentos “que visem ao preenchimento das lacunas mais ameaçadoras”. Enfim, um homem sem educação é um bárbaro capaz de cometer atrocidades como a de Auschwitz. Portanto, a importância do cuidado com a infância. Segundo Adorno, é preciso criar medidas preventivas contra atrocidades como a de Auschwitz “primeiro, a educação infantil, sobretudo na primeira infância” pois é na primeira infância, entre três a seis anos de idade, de acordo com estudos, a fase em que se estabelece a base para todas as aprendizagens humanas e relações sociais, mas nesta etapa, além da escola a família deve participar.
Conforme Kant, quanto o cuidado com a infância, deve ser submetido a regras que impõe limites à criança, por exemplo, o constrangimento imposto tem por objetivo prepará-la para ser livre no futuro dispensando os “cuidados de outrem”. Essas medidas são necessárias, pois ao se tornar adulto precisa ser independente dos pais, ou seja, providenciar seu próprio sustento, principalmente os ricos e os filhos dos príncipes. Mas, os planos para a arte de educar deve seguir “ um princípio da pedagogia: não se deve educar as crianças segundo o presente estado da espécie humana, mas segundo um estado melhor, possível no futuro, isto é, segundo a idéia de humanidade e da sua inteira destinação” para que a ciência ocupe o lugar do mecanicismo evitando assim, que uma geração destrua o que a geração anterior construiu.
Por essas razões, tanto Kant como Adorno veem a educação em seu pleno sentido moral se voltada para uma reflexão crítica.

domingo, 7 de junho de 2009

Educação após Auschwitz

Em Filosofia da Educação A – B . Realizamos a leitura do ensaio do filósofo alemão Theodor Adorno (1903 - 1969) intitulado Educação após Auschwitz, que tem início com frase, expressão de um princípio moral: "Para a educação, a exigência que Auschwitz não se repita é primordial". É um texto que alinha moralidade, política e educação a partir deste evento terrível do século XX: o Holocausto. Então desenvolvemos argumentações sobre a relação entre educação, civilização e barbárie.

Auschwitz um dos campos de concentração localizado no sul da Polônia onde entre 1942 e 1945 em torno de dois milhões de pessoas foram assassinadas, além de judeus, ciganos, homossexuais, grupos religiosos, opositores políticos de Hitler. Em nome da eugenia étnica essa barbárie foi praticada, mas para que o terror não se repita segundo Adorno, mais do que se ter consciência dos motivos que levaram ao horror, é preciso criar medidas de prevenção través da educação onde “primeiro, a educação infantil, sobretudo na primeira infância; depois, o esclarecimento geral, criando um clima espiritual, cultural e social que não dê margem a uma repetição”. Na primeira infância, entre três a seis anos de idade, de acordo com estudos, é a fase em que se estabelece a base para todas as aprendizagens humanas e relações sociais, mas nesta etapa, além da escola a família deve participar. Cabe a escola e aos pais, trabalhar e reforçar as relações culturais e sociais, não somente na educação infantil, mas durante todo o percurso do aluno na educação Básica. Para conscientização dos alunos de que as agressões físicas e/ou psicológicas são algo abominável e inaceitável na sociedade, em nossa escola, é feito através de aconselhamentos diários no Setor de Orientação Educacional – SOE, também são ministradas as disciplinas de Filosofia e Sociologia no Ensino Médio, voltados para desenvolver um sujeito pensamento, autônomo e crítico para exercer a cidadania plena. Adorno também nos alerta sobre o benefício dos esportes recreativos que não incentivem a competição para desbarbarização, ou seja, voltados para a construção coletiva do desenvolvimento e conhecimento.

domingo, 24 de maio de 2009

Clube do Imperador

Para a realização da atividade da interdisciplina Filosofia da Educação A – B assistimos ao filme Clube do Imperador e relacionamos com o texto de Platão: Defesa de Sócrates. Respondemos questões que me fizeram refletir, também sobre os métodos epistemológicos vivenciados em muitas escolas públicas. Um momento, no filme, onde ocorre um conflito moral é quando o professor Hundert altera a nota final do aluno Sedgewick em detrimento do colega merecedor da vaga, classificando-o em terceiro lugar para o concurso tradicional onde três concorrentes respondem perguntas referentes ao Império Romano, feitas pelo professor. A tentativa do professor de classificar o aluno em detrimento do colega merecedor da vaga demonstrou ser ineficaz ao longo do tempo, apresentando resultados negativos na conduta do professor e do aluno injustamente classificado. Para Sócrates o fundamental na conduta é ser justo, é o que podemos observar nessa passagem enquanto ele aguarda sua sentença, “depois de ser julgado volta à idéia de fazer o que pensa ser justo, mesmo que suas ações o levem à morte. Toma como exemplo Aquiles, que mesmo sabendo que seu ato iria levá-lo à morte, recusou-se a agir injustamente, vingando a morte de seu grande companheiro Pátroclo”. Para um filósofo as conseqüências das ações é o mais importante. Em muitas escolas ainda, convivemos com práticas baseadas em uma postura pedagógica firmada em uma epistemologia empirista, onde o professor é detentor da verdade, decidindo como e o que o aluno deve aprender, mas ações como do professor Hundert assim como de muitos professores que impõem sua vontade, que não consideram os princípios morais, acaba não produzindo resultados positivos, pois, foi o aluno desclassificado indevidamente, que tira do episódio lições para sua vida, tendo demonstrado à medida que entrega seu filho para ser educado pelo antigo mestre.

domingo, 26 de abril de 2009

Dilema na Educação

Na interdisciplina de Filosofia da Educação, desenvolvemos uma reflexão sobre “O dilema do antropólogo francês”.

O que precisamos frente a dilemas é analisar racionalmente observando sempre o aspecto da cooperação mútua e moralmente não visar o benefício próprio. Por exemplo, nas escolas convivemos com o dilema de como construir uma educação de qualidade, como saber fazer e como fazer construções de novas práticas? Convivemos com práticas em muitas escolas, ainda baseada em uma postura pedagógica firmada em uma epistemologia empirista ou apriorista. Sejam elas devido a fortes influências de formação do profissional, entraves encontrados no ambiente de trabalho e ou a dificuldades encontradas na aplicação do modelo epistemológico construtivista. Os alunos cansados dos métodos repetitivos, laboratórios de informática fechados em muitas escolas públicas, bem como o Projeto Político Pedagógico que é uma exigência legal de âmbito federal, reconhecida pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB), nº 9.394/96, que muitas vezes estão ultrapassados, ou até mesmo em desuso. A Lei determina que cada estabelecimento de ensino deva organizar-se por meio de roteiro próprio, e que o mesmo deva ser construído de forma coletiva, mas convivemos com a realidade onde poucas escolas adotam o princípio da transparência e trazem a comunidade para participar de decisões administrativas, financeiras e pedagógicas. Enfim, mesmo tendo apoio legal e normativo convive-se como uma dificuldade para se pôr em prática novas concepções de ensino aprendizagem.