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domingo, 28 de novembro de 2010

Concluíndo o TCC

Entrando na etapa final de conclusão do TCC, percebo o quanto foi importante desenvolver esta pesquisa envolvendo os jogos on-line ao aprendizado matemático. Para mim foi uma experiência gratificante onde aprendi com os alunos, com o referencial teórico e servirá de base para aperfeiçoar minha prática nesse campo que ainda é pouco explorado como suporte pedagógico em nossas escolas.
Quando se utilizada a pesquisa qualitativa e a observação participante como estratégia metodológica associada a registros escritos, é preciso ter o cuidado para tomar nota de todos os aspectos, às vezes um aspecto que não nos parece relevante em um determinado momento em outros são. É preciso ficar atento, além disso, não se pode expressar de qualquer maneira é preciso que o leitor entenda a mensagem que estamos querendo passar, trago uma passagem de dos resultados:
Os alunos que possuem computador em casa ou freqüentam lan houses solicitaram os endereços dos jogos. O aluno B. declarou que sua mãe abre o jogo Britains Best Brain para seu irmão mais novo jogar em casa. Este aluno, em uma de nossas aulas sobre os cálculos aproximados que podemos realizar em diversas situações cotidianas, citou um exemplo para a turma: relatou os três presentes que recebera no dia das crianças para o grupo sugerir valores hipotéticos para os itens. No final, o aluno B. respondeu o valor aproximado do total em reais. Essa situação abriu espaço para que outros colegas também criassem simulações de compras. Por exemplo, o aluno N. sugeriu produtos comprados no Camelódromo ( lugar que freqüenta com a mãe) o aluno M. no Shopping ,citou três itens: um boné, tênis e camiseta atribui valores que foram contestados pelos colegas que alegaram preços insignificantes para produtos vendidos em lojas neste tipo de estabelecimento, inclusive um colega disse: “ tu não vai conseguir comprar tênis por esse preço em nenhuma loja”. E aluno M. concordou aceitando novos valores (alguns sugeridos pelos colegas) para os itens.
Na primeira versão de meu TCC não expliquei esses detalhes. Nesta descrição os alunos estão demonstrando seu avanço na autonomia, ouvindo o colega reformulando seu ponto de vista.

domingo, 31 de outubro de 2010

Eixo Vll

A interdisciplina Didática, Planejamento e Avaliação me reportou aos planejamentos das aulas do estágio obrigatório. Percebo que em alguns planejamentos deixei a desejar talvez porque tenha falhado, em certos momentos, na observação prudente que segundo Rodrigues, ao se planejar deve-se aliar o "para quê" ao "como", através da qual a observação criteriosa e investigativa torna-se, também, elemento indissociável do processo. Estas aprendizagens tem me valido para a realização da experimentação dos jogos computacionais aliados ao aprendizado matemático. A observação participante foi a estratégia metodologica predominante associada a registros escritos e fotográficos. Nesta pesquisa procurei me ater nos itens necessários para um bom planejamento o que tem contribuído para o alcance dos objetivos, como por exemplo: antes de iniciarmos essa experiência com os jogos, os alunos demonstravam dificuldade em resolver problemas e compreensão dos conceitos de adição, subtração, multiplicação e divisão, pensavam logo no tipo de conta que deveriam armar para chegarem ao resultado o que implicava, muitas vezes, em respostas equivocadas. Hoje conseguem, e resolvem questões através de estratégias que não utilizavam anteriormente, como, por exemplo, as que os egípcios utilizavam para chegarem ao resultado de uma multiplicação, ou seja, a soma de parcelas. Além disso, alguns alunos conseguem auxiliar o outro colega sem dar as respostas.

domingo, 26 de setembro de 2010

Informática na Educação

No intuito de relatar minha evolução no EAD, busquei no eixo- I aprendizagens referentes ao uso do computador na educação nas Interdisciplinas Seminário Integrador, Escola, Cultura e Sociedade - Abordagem Sociocultural e Antropológica, Educação e Tecnologias da Informação e da Comunicação. A dinâmica estabelecida entre os conteúdos das interdisciplinas proporcionou um melhor entendimento das possibilidades de exploração do computador como ferramenta importante não só na educação, mas também para o cotidiano. Ao iniciar o curso, só utilizava o computador para fazer pesquisa na internet, estes aprendizados iniciais formaram a base para que eu pudesse ao longo dos estudos ir conhecendo outras possibilidades como de autoria e publicação na web . Nestas aulas, aprendi a fazer e a conhecer o potencial de utilização blogs e a interagir com os colegas através dos ambientes de aprendizagens propostos pelo curso. Adquiri o hábito diário de utilizar essa ferramenta, seja para realizar as atividades (ler, produzir textos) ou utilizar meios de comunicação como: MNS, E-mail e Skype, para contatos com a comunidade estudantil ou com meus familiares que residem em outros estados do país.

Trago um recorte de uma postagem que realizei na interdiscplina ESC2 - Comentários de visitas aos blogs em 2006:
http://vamosblogarbr.blogspot.com/ Em visita a este blog observei que o conhecimento é compartilhado sobre tecnologias educacionais informatizadas, blog colaborativo para divulgação e reflexões, projetos que incluem e estimulam o uso da tecnologia na educação. Também, possui endereços de sites educacionais, bem como projetos como o Zaptlogs Interdisciplinar, além de outros blogs propiciando um ambiente para a aprendizagem cooperativa.

Segundo a Teoria da atividade Verbal [Koch, 2004], “possibilita o embasamento de atividades escolares que prevililegiem o uso do computador, fundamentadas vias interações sociais, contribuindo para o processo de desenvolvimento lingüístico e cognitivo. E, por considerar-se a escrita e a leitura como formas de desenvolvimento da linguagem, nas diferentes instâncias do processo educacional, o uso dos blogs na educação, mediada dos professores, adultos mais experientes, podem contribuir para o acesso aos bens culturais preconizados por Vygotsk”.

Aprendizados importantes, pois na ocasião de meu estágio, na realização dos projetos de aprendizagens dos alunos desenvolvidos no Laboratório de informática, utilizamos o ambiente da web, PBworks para o desenvolvimento dos trabalhos em grupos e virtude de alguns obstáculos, principalmente referentes a problemas técnicos do laboratório e dificuldades de acesso aos PBworks, a alternativas foi passar as instruções para dois grupos criarem blogs. Os PAs dos alunos com a utilização dos blogs estão no end: http://projetosdaturma.pbworks.com/.

domingo, 19 de setembro de 2010

Jogo e o Lúdico

O referencial teórico a seguir está disponível na interdisciplina Ludicidade e Educação - Eixo III. Para nortear o TCC a questão de investigação trata de como os jogos computacionais podem ser empregados como elementos facilitadores do aprendizado matemático. Além de estimular o raciocínio lógico, os jogos abrem possibilidades para o lúdico tornando o aprendizado mais prazeroso e interessante para os alunos.
Nesse contexto Neusa Sá (apud Freinet, pg.304) vem reforçar com o conceito de dimensão lúdica que os jogos podem assumir

(...) um estado de bem-estar que é a exacerbação de nossa necessidade de viver, de subir e de perdurar ao longo do tempo. Atinge a zona superior do nosso ser e só pode ser comparada à impressão que temos por uns instantes de participar de uma ordem superior cuja potência sobre-humana nos ilumina.

Os jogos simulam situações que fazem parte da vida dos seres humanos. Contemplam regras e estratégias e favorecem a ousadia. Além disso, as crianças podem aprender com os erros, em nossa existência, também não seremos eternos vencedores, em muitas situações teremos que saber lidar com a derrota, mas ao mesmo tempo, pode ser uma forma prazerosa de aprender os conteúdos desde que sejam planejados pelos educadores com esse intuito.

SÁ, NEUSA M.C. O lúdico na ciranda da vida adulta. São Leopoldo-RS, 2004. Dissertação de mestrado, Programa de pós graduação em educação, Unisinos. Disponível em ( http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo3/ludicidade/neusa/conc_de_jogo.html)Acesso: 19 set. 2010.

domingo, 12 de setembro de 2010

Transmissão do Conhecimento Matemático

A transmissão do conhecimento matemático, bem como em outras áreas, muitas vezes, estão firmadas em uma epistemologia empirista ou apriorista. Práticas onde o professor é detentor da verdade, decidindo como e o que o aluno deve aprender, ou seja, “o sujeito é entendido como um recipiente vazio a ser preenchido pelo objeto” nesta perspetiva necessita ser guiado, se refere à teoria que (Becker, 2001) chamou de Pedagogia Diretiva – aprendizagem centrada no papel do professor.
No entanto, a imposição de apenas um ponto de vista pode resultar em situações discriminatória, em virtude de que os conteúdos passam a não interessar ao aluno, pois a escola já não o atrai, e em conseqüência perde o interresse e pode vir a desistir dos estudos aumentando os dados estatísticos dos que abandonam a escola. Nesse sentido Piaget vem contribuir afirmando
uma escola ativa não é necessariamente uma escola de trabalhos manuais [...] A atividade mais autêntica de pesquisa pode manifestar-se no plano da reflexão, da abstração mais avançada e de manipulações verbais, posto que sejam espontâneas e não impostas com o risco de permanecerem parcialmente incompreendidas (1976, p.74).

Interdisciplina: Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia – Eixo II
Estudo da Epistemologia Genética de Jean Piaget.
Epistemologia Genética
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/material_mec/eixo2/psicologiai/pead-psico/epistemologia-genetica/c10.htm ( Acesso: 12 set. 2010)

domingo, 5 de setembro de 2010

O referencial teórico que trago para articulação com o tema do TCC consta no Índice dos textos da Interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade - uma abordagem sociocultural e antropológica, disponíveis online:
BRASIL, Ministério da Educação. PCNs para o ensino fundamental
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO
Secretaria do Ensino Fundamental - SEF
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

1. Matemática no ensino fundamental
1.1. Considerações preliminares
“A Matemática é componente importante na construção da cidadania, na medida em que a sociedade se utiliza, cada vez mais, de conhecimentos científicos e recursos tecnológicos, dos quais os cidadãos devem se apropriar.” (parágrafo 2, pág. 6)

“A aprendizagem em Matemática está ligada à compreensão, isto é, à apreensão do significado; apreender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe vê-lo em suas relações com outros objetos e acontecimentos. Assim, o tratamento dos conteúdos em compartimentos estanques e numa rígida sucessão linear deve dar lugar a uma abordagem em que as conexões sejam favorecidas e destacadas.“ ( parágrafo 6, pág. 6 )

Ainda convivemos com práticas descontextualizadas da realidade dos alunos com exposição de conteúdos em sala de aula o que leva, muitas vezes, ao desinteresse ou a negatividade, ou seja, o sujeito tem dificuldade em compreender o que estuda e relacionar a matemática a sua vida. Além disso, o laboratório de informática que poderia servir de um grande aliado das inovações das práticas pedagógicas, em muitas escolas, continua sendo pouco explorado. Por outro lado, para auxiliar na mudança desse quadro é possível, por exemplo, explorar jogos computacionais, pois o acesso às novas tecnologias é uma realidade que vem crescendo. No entanto, para isso, o professor deve planejar suas aulas com intencionalidade utilizando os jogos como um recurso didático, ou seja, como ferramenta criando situações em que os alunos possam ser desafiados e o professor atuando como mediador, auxiliando-os. Enfim, além de estimular o raciocínio lógico, os jogos abrem espaço para o lúdico tornando o aprendizado mais prazeroso para os alunos.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Retomo a justificativa da escolha do tema central “Trabalho Infantil” realizada em postagem anterior : Temos alunos na turma que tem responsabilidades de adulto, além disso, esclarecer o conceito visto que a maioria das crianças entendia por trabalho infantil os trabalhos que realizam em sala de aula, também porque o tema propicia uma abordagem interdisciplinar. Essa aula iniciou com um texto “ Na escuridão dos Miseráveis” jogo, ilustrações em que os alunos desenharam a história, e na sistematização o poema e noções musicais. Essas etapas que foram desenvolvidas durante a semana. Conforme os objetivos específicos da poesia: proporcionar uma reflexão sobre a profissão de bailarina que tem início na infância e ativar o conhecimento prévio em torno do tipo de texto, à medida que fomos trabalhando o tema central, foi no registro dos sentimentos que cada integrante do grupo escreveu o que sentiu diante dos dois textos: “Na escuridão miserável” e “A Bailarina”. Ou seja, foi na comparação entre textos que alguns alunos declararam sentir pena da menina que já trabalhava aos 8 anos de idade e não podia estudar e, outra tão pequenina que nem conseguia fazer ainda os movimentos necessários para a profissão, apesar dos esforços. Enfim, o conjunto das atividades proporcionou, em muitas crianças, a reflexão sobre o tema proposto mesmo as que não tem responsabilidades de adultos. Eu acredito que esse fato esteja relacionado, além da interdisciplinaridade, com temas geradores como nos ensinou Paulo Freire. Ao contemplar temas que façam parte da realidade dos alunos (...) “por meio de uma metodologia conscientizadora, além de nos possibilitar sua apreensão, insere ou começa inserir os homens numa forma crítica de pensarem seu mundo”. Por isso, que as noções musicais também chamaram a atenção das crianças por se tratar de um tema de interresse de alguns alunos da turma.
Referência:
FREIRE, Paulo.
A dialogicidade: essência da educação como prática de liberdade. In: ______. Pedagogia do oprimido. 21. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993. p. 77-120.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Respondendo a questionamentos

Tutora Patrícia,
Quanto a sua sugestão em adotar rodinhas de leitura, eu já havia conversado com a minha interlocutora para organizarmos a hora da leitura, somente na semana passada que a turma 41 recebeu a caixa de livros (esses, os alunos podem levar para casa) que a escola fornece para todas as turmas. Os alunos já escolheram as histórias de sua preferência.
Semanalmente a escola propicia a “ Hora do Conto” onde a professora da biblioteca vem lendo para a turma o clássico "Romeu e Julieta" de William Shakespeare. Participei dessas aulas e observei que alguns alunos não conseguem ficar quietos o tempo todo e a professora interrompe a história até que se estabeleça o silencio novamente, tem alunos que não sabem o nome do autor do clássico, ainda falta à última parte da história. Também sugeri uma parceria com essa professora para incentivarmos os próprios alunos a contar histórias, mas ela não se mostrou disposta. Acredito que esse fato esteja atrelado a “aquisição da linguagem e seus usos através de vários sistemas representacionais e reconhecemos alguns desses sistemas como "verdadeiros" ou "mais verdadeiros" em determinadas épocas e contextos culturais”( DALLA ZEN; TRINDADE, 2002). No entanto, não podemos nos acomodar e aceitar tudo como verdade absoluta, é preciso incentivar o gosto pela leitura e nada melhor que adotar as rodinhas, e se a professora da classe responder positivamente é o que faremos daqui pra frente.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

1ª aula


Estou entusiasmada com o início do estágio, são várias as novidades: conhecendo os 22 alunos da turma 41, quarta série, estudantes da EEEM Clotilde Cachapuz de Medeiros, elaborar planejamento semanal e fazendo novas amizades, com a professora da classe, que também é minha interlocutora, os professores de outras turmas e funcionários da escola.
Como parte de uma das atividades contempladas em meu primeiro planejamento semanal, solicitei aos alunos a dramatização da história “Na escuridão miserável” de autoria do escritor Fernando Sabino. Além de narrar o autor participa de um diálogo com a menina Tereza que trabalha em uma casa de família, já aos dez anos de idade. Enfim, o assunto chamou a atenção das crianças, pois temos na turma dois alunos que deram depoimentos de suas vidas em família. Segundo o menino, no turno inverso, é responsável pela limpeza de duas residências: casa da mãe e a casa do padrasto, pois o casal mora separado. A menina é responsável por dois irmãos mais novos e um subrino pequeno, além de aquecer a alimentação, leva o busca a criança na escolinha.
Dando prosseguimento a atividade, sorteei um dos grupos para a apresentação, no entanto após o encerramento, um aluno pediu para ler o texto em voz alta para a turma. Achamos por bem que lesse, mas demonstrou dificuldades na leitura, pontuação e pronúncias das palavras. Em vista disso, alguns colegas se manifestaram dizendo que deveria parar de ler, então solicitei que aguardassem até o final. Após o encerramento da leitura, questionei os alunos perguntando de que forma nós podemos aperfeiçoar a nossa leitura? E alguns responderam: lendo, e eu indaguei: - lendo o quê? E deram como resposta os textos dos livros. Essa situação me reportou a interdisciplina Linguagem e educação, o quanto é importante explorar diferentes portadores textuais, incentivando a leitura. Além disso, trazer para nossas aulas receitas, poemas, letras musicais, fábulas, lendas, histórias em quadrinhos. Segundo Iole M. Trindade, “ O letramento escolar, com a exploração das habilidades de leitura, escrita e oralidade, leva a produção de uma didática amparada em diferentes portadores e gêneros textuais”. Em virtude disso, naquele momento complementei: sim crianças, ler jornais, revistas, poesias, histórias, histórias em quadrinhos, textos na internet de boa qualidade, só assim podemos melhorar a leitura oral e escrita.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Teses

Acrescento complementação da atividade referente às “teses” e aos comentários.
Acredito que tese 7 tenha sido pensada sobre aprendizagem de crianças bem pequenas e da educação infantil, pois sabemos que crianças acima dos sete anos de idade já estão na fase que Piaget denomina de Período das operações concretas, onde já coordenam pontos de vistas dos outros e interiorizam as ações, claro que, embora consigam realizar operações mentalmente, estas se referem a “situações e objetos passiveis de serem manipuladas ou imaginadas de forma concreta". E nesta fase as crianças fazem muitas perguntas, inclusive dão sugestões e opiniões sobre determinados assuntos. Outra tese é referente ao pergunta norteadora e seu papel organizador – "determinar a questão norteadora, significa definir qual o caminho de pesquisa e investigação a seguir. Poder-se-ia criar um roteiro de reflexões para melhor refinar a linha de investigação nos PAs."
A pergunta norteadora deve partir das dúvidas, das curiosidades dos alunos, por esse motivo seria importante levantar questões sugeridas eles. Foi o que fizemos na realização de nossos projetos, a partir das aulas presenciais formamos os grupos e criamos os nomes. Partimos de perguntas de acordo com nossos anseios, curiosidades e necessidade ao encontro de respostas, e para tanto buscamos argumentação teórica nas disciplinas do semestre, (...) trata-se de defini-lo em relação às demandas que os alunos propõem. Nesse sentido, leva-se em conta uma organização curricular baseada nos interesses dos estudantes (Hernández e Sancho, 1989). Enfim, as teses foram um excelente meio para reflexão sobre os Pas.

domingo, 22 de novembro de 2009

Teses sobre PA

Na interdisciplina do Seminário Integrador realizamos a partir de “teses” ( afirmações) que foram elaboradas na atividade “preparando a atividade 5” uma tabela onde expressamos nossas posições sobre as afirmações selecionadas.
Para cada tese teríamos que optar por uma das posições: “Concordo”, “Discordo” ou “Não sei decidir”. Após a escolha deveríamos buscar elementos e argumentos para reforçar nossos posicionamentos.

Tese 2 - “Desenvolver um PA sozinho é interessante, pois assim podemos ir mais rápido e cumprir mais cedo a nossa atividade, evita brigas e desentendimentos”.
Discordo. Como seria possível estabelecer um clima de trocas de saberes onde um aprenda com o outro? A construção de PA individual não significa que poderemos ir mais rápido, ao contrário poderemos demorar mais, isso está diretamente relacionado ao envolvimento de cada um no projeto. Quanto à diversidade de pensamentos às vezes pode ocorrer algumas discordâncias, mas estas acabam sendo positivas à medida que vamos aceitando as colocações de nossos colegas, pois segundo Maturana, na Objetividade-entre-parênteses é a aceitação de que há muitas verdades dependendo de quem observa. Pessoas pensam e divergem muitas vezes sobre um mesmo tema ou de um mesmo filme, por exemplo, na elaboração de um de nossos PA houve algumas divergências como podem ser constatadas nas postagens do Fórum aberto Grupo 1 - POLÍTICAS EDUCACIONAIS. Na colaboração individualista nós construímos um PA em equipe.
Tese 7 -"O PA é uma proposta que não deve ser desenvolvida com crianças, pois estas têm dificuldades de perguntar e não têm estrutura cognitiva para entender a proposta".
Discordo. Segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo do sujeito passa por estágios, papel preponderante nesse aspecto é do meio social, que pode contribuir no avanço do processo, mas depende da experiência em que o indivíduo é submetido. E para que ocorra o desenvolvimento das estruturas cognitivas a ação exerce papel fundamental, mas ação essa, que parta das necessidades. Na teoria piagetiana a ação assimiladora busca promover uma necessidade de origem endógena, e “os novos elementos a serem assimilados constituem-se na novidade que obriga o sujeito a realizar acomodações das estruturas já existentes”. No período pré-operatório que vai de 2 aos 7 anos a linguagem está atrelado ao desenvolvimento da inteligência, por isso é importante respeitar as especificidades das idades ao desenvolver um PA com crianças, instituir como foi abordado no filme “Bruxa Onilda”, processos gerais como o lúdico, o afeto, a fantasia, a linguagem, o imaginário, ou seja, vincular a dimensão do conhecimento.

domingo, 15 de novembro de 2009

Temas Geradores

Na interdisciplina de Didática, realizamos uma reflexão sobre a importância do uso de temas geradores na prática pedagógica a partir de leituras acerca da observação de Paulo Freire em relação à alfabetização de adultos e a argumentação de Frei Betto frente a esta mesma situação.
Em muitas escolas ainda, convivemos com práticas baseadas em uma postura pedagógica firmada em uma epistemologia empirista, onde o professor é detentor da verdade, decidindo como e o que o aluno deve aprender.
Em um desenvolvimento de projeto com os alunos, geralmente encontramos professores que decidem o tema a partir daquilo que julgam ser interessantes para os mesmos. Encaminham o rumo da pesquisa e a forma como será abordado, ao passo que aos alunos cabe aceitarem as normas previamente estipuladas. Todavia, para se construir conhecimento, deve haver a interação de todos, interação com meio, sujeito e com o objeto em estudo através de contatos com materiais e questionamentos que nos possibilitem novas descobertas, criando conflitos e aguçando a curiosidade. É que temos aprendido na prática no desenvolvimento de nossos Projetos de Aprendizagem ao longo da caminha no PEAD. Conforme Paulo Freire, “o que se pretende investigar, realmente, não são os homens, como se fossem peças anatômicas, mas o seu pensamento-linguagem referido à realidade, os níveis de sua percepção desta realidade”.
Pessoas pensam e tem opiniões diferentes sobre um mesmo tema (assunto) o que enriquece uma atividade, ou seja, somente através do diálogo que se estabelece um clima de troca de experiências, e não da imposição de apenas um ponto de vista. Podemos inferir frente alfabetização de adultos, através da observação de Frei Beto, “o mundo desigual pode ser lido pela ótica do opressor ou pela ótica do oprimido. Resulta uma leitura tão diferente uma da outra como entre a visão de Ptolomeu, ao observar o sistema solar com os pés na Terra, e a de Copérnico, ao imaginar-se com os pés no Sol”. Mas, é preciso inaugurar “o diálogo da educação como prática da liberdade” proporcionar ao aluno que saía da passividade onde só recebe informações, para uma situação ativa em busca de respostas para suas inquietações, e para isso os temas geradores devem partir da vivência da realidade dos educandos.

domingo, 8 de novembro de 2009

O conhecimento histórico

Para contemplar uma reflexão sobre a proposta de trabalho de Jean Itard com o menino Victor foi sugerido pela interdisciplina da LIBRAS o filme “O menino Selvagem” e textos sobre a história de surdos. Para tanto, foi solicitado uma comparação de situações vivenciadas por Victor com situações da história dos surdos.
O médico Jean Itard, em 1800, utilizou um menino como objeto de investigação científica através da educação. Aparentando ser mudo e surdo, um garoto com idade aproximada entre 10 e 12 anos foi encontrado nas florestas de La Caune, Sul da França.
Como Victor, os surdos foram objetos de curiosidade da sociedade e vistos como sujeitos estranhos a ela, como acontecia na Idade Média. Além disso, consideraram o garoto como “anormal” ou “doente” como os surdos eram considerados pela sociedade. Na Idade Moderna, os mesmos foram submetidos a métodos como “Oralismo puro” criado pelo alemão Samuel Heinicke, assim como foi submetido o garoto Victor. Mas, apesar dos esforços do médico e professor em torno da linguagem oral e a alfabetização, como se observa no filme, o menino não conseguiu falar e a sua evolução não foi significativa provavelmente devido aos métodos inadequados utilizados para aprendizagem.
De acordo com as leituras, na educação de surdos, preponderam dois modelos o clínico e o sócio-antropológico. O modelo clínico enfatiza as práticas discursivas e os dispositivos pedagógicos da patologia e da deficiência, propondo terapias para o desenvolvimento da fala e a cura da surdez. O modelo sócio antropológico opõe-se ao modelo clínico e enfatiza a cultura surda, língua de sinas e a comunidade surda. Se comparado os dois modelos, conclui-se que foi o modelo clinico que Itard utilizou para a educação de Victor. Mas, segundo Skliar (1998, p. 9) são modelos diferentes, entretanto, (...) “mas que transitam, flutuam entre eles como, por exemplo, as significações lingüísticas, históricas, políticas e pedagógicas”.
Quanto as ações governamentais práticas relacionadas a educação inclusiva, ainda caminha em passos lentos, pois convivemos em muitas escolas públicas, com pouco ou quase nenhum material adequado as necessidades de alunos com necessidades educacionais, faltam professores com especialização adequada, capacitação do profissional do ensino regular para a integração desses educandos nas classes comuns. Mas alguns avanços estão sendo contemplados na prática referente à cultura surda como: o reconhecimento da Libras na legislação, criação de escolas bilíngües, cursos de formação de professores especializados.

domingo, 1 de novembro de 2009

Plano de Aula

Para contemplar a atividade proposta pela interdisciplina Linguagem e Educação referente a elaboração de uma primeira versão de um plano de aula para um dia letivo, para minha temática focalizada, optei pelo “Trabalho infantil”. Temos crianças que chegam atrasadas na escola, então procuro saber o motivo pelo atraso, algumas justificam alegando que antes de sair tiveram que dar banho no irmão mais novo e levar para escolinha, ou arrumar a casa e aquecer a refeição antes de sair.
Nível/ Etapa de Ensino: 3ª série, Ensino Fundamental.
Justificativa: Em nossa escola convivemos com uma realidade onde alguns alunos, ainda na infância, vivem ou têm responsabilidades de adultos cuidando se seus irmãos mais novos ou responsáveis pelas atividades domésticas enquanto os pais trabalham. Esse quadro às vezes implica na falta de tempo para os estudos ou desistência da escola.
Para contemplar o assunto escolhi o texto “Na escuridão miserável” de autoria do escritor Fernando Sabino. Segundo, BETOLILA; SOARES, 2007 (...) "Assim, para a inserção plena da criança no mundo da escrita, é fundamental que alfabetização e letramento sejam processos simultâneos e indissociáveis". É preciso utilizar temas que fazem parte da realidade dos alunos, além disso, utilizar jogos, exercícios sobre as diferentes linguagens e a sistematização na construção de novos conceitos para que ele venha a compeender para que serve a lingua escrita e se servir dela.
Objetivo:
- Levar o aluno a uma reflexão sobre o trabalho na infância.
- ativar o conhecimento prévio em torno do tipo de texto;
- identificar elementos da situação de produção;
- localizar informações no texto;
- analisar efeito da pontuação empregada;
- identificar recursos para reprodução da linguagem oral;
- reconhecer trecho descritivo.

domingo, 25 de outubro de 2009

Educação de Jovens e Adultos

Para a interdisciplina da Educação de Jovens e Adultos, foi criado um Fórum para que, em grupos, realizássemos uma discussão e reflexão a partir da leitura do texto de Regina Hara, “Alfabetização de adultos: ainda um desafio”.
Destaco algumas colocações que considerei fundamentais, tais quais: à metodologia, muitas vezes, tem sido empregada de uma forma simplista, uma “leitura mecânica do método Paulo Freire” confirmando o sistema linear presente na educação brasileira. Ou seja, os alunos estão constantemente submetidos às tentativas de práticas, geralmente frustrantes dos educadores. Esses processos inadequados em que podem estar submetidos os que não se alfabetizam nos levam a refletir sobre a ação educativa com competência que possam assegurar o ensino da Eja de qualidade.
Os alunos da Eja são provenientes de classes menos favorecidas e trabalhares onde os esforços físicos são bastante exigidos, então é fundamental considerar o fator limitante cansaço. Destaco ainda, a referência ao incentivo que leva o adulto a se alfabetizar, além de obter um emprego melhor e saber assinar seu nome, “(...) pode haver, e quase sempre o há, a intenção de partilhar o saber socialmente acumulado nas diferentes áreas”. Esses trabalhadores trazem consigo uma experiência, que deve ser compartilhada e valorizada através das práticas educacionais.
Em respeito ao universo do educando vê-se a necessidade de novas iniciativas que leve em conta que "toda prática educativa envolve uma postura teórica por parte do educador. Esta postura em si mesma implica - às vezes mais, às vezes menos explicitamente - numa concepção dos seres humanos e do mundo". A importância do incentivo a escrita a partir do que o aluno sabe considerando seu potencial do que pode fazer, pois é através da motivação que esse vai adquirindo a coragem necessária para se expressar e registrar. A correção é um processo gradativo que será incorporado aos poucos. É preciso utilizar estratégias através de textos (conto, notícias ou poemas) e suas particularidades, por exemplo, exploração da estrutura como: os personagens e suas falas, identificar os pronomes, o plural, o valor das interjeições no texto, mas que cada aluno trabalhe dentro de suas possibilidades.
Segundo Hara, (1992) “o conjunto de habilidades, tem papel determinante na construção da autonomia”. Nesse caso à linguagem oral é a maneira de exercitar a expressão na elaboração e organização de dados. Como diz a colega Rosali o professor deve fazer uso da palavra para estimular seus alunos.

domingo, 18 de outubro de 2009

Contação de História

Práticas de Leitura, Escrita e Oralidade no contexto Social.

Convidei a aluna Brenda, 9 anos de idade, cursando a 3ª série, anos inicias do ensino fundamental na EEEM Alberto Torres, para contar uma história. Somente alguns momentos antes da gravação que ela ficou sabendo que teria a liberdade de escolher a história para contar, mas fez questão de arrumar o cabelo e passar batom antes. Então narrou o conto infantil “Chapeuzinho Vermelho” enquanto eu filmava.

Análise a partir do texto “Tem um monstro no meio da história (GURGEL, 2009)” e do vídeo “Pensamento infantil – A narrativa da criança”.
A menina demonstrou ter familiarização com os aspectos estruturais como: narrativa, marcadores de tempo e espaço e contextualização de situações. Seguiu a seqüência dos eventos e utilizou expressões faciais e corporais conforme a situação no desenrolar da história, por exemplo, gestos com as mãos como se estivesse batendo na porta; na passagem em que o lobo se veste com a roupa da vovozinha, faz gestos como se estivesse se vestindo. Além disso, tenta imitar a voz do lobo se passando por vovozinha e no diálogo final entre o lobo e o Chapeuzinho, imita a Chapeuzinho através da voz e expressões faciais.
Brenda não separa, ainda, totalmente a ficção de situações reais como é possível constatar no seguinte parágrafo: “Quando ele devorou a vovozinha! Ele se vestiu de vovozinha e ficou deitado na cama costurando”. Há uma referência a uma situação da vida real, onde se verifica a presença do sincretismo, ou seja, “a liberdade de associar elementos da realidade segundo critérios pessoais, pautados principalmente por afetividade, observação e imaginação”. Enfim, é importante o incentivo familiar ao discurso narrativo desde os primeiros anos de vida, seja através de relatos de situações cotidianas e ou histórias (textos literários lidos e contados). É através do estímulo que o adulto proporciona a criança, que esta vai aprendendo a separar experiências do cotidiano e o que está no plano da imaginação, como se constata no vídeo sobre o “Pensamento Infantil”. O adulto também servirá de modelo para a criança da forma de se comunicar, sendo a oralidade (...) “um dos principais motores do desenvolvimento na primeira infância e aspecto-chave da creche e da pré-escola”.

domingo, 4 de outubro de 2009

Libras - Cultura Surda e Comunidade Surda

Para a interdisciplina de Libras desenvolvi uma atividade que incluía a contemplação de algumas questões como: Você conhece alguma pessoa surda? Qual sua opinião sobre as pessoas surdas?
Com base na leitura da unidade 1. Como você faria para conversar com uma pessoa surda? Quais os aspectos da cultura surda você acha importante para interagir com pessoas surdas?

Após as leituras referentes à comunidade e cultura surda conclui-se que apesar de várias tentativas feitas no sentido de desestimular o uso de sinais, a comunidade surda reconheceu “LIBRAS como sua língua natural, a qual reflete valores culturais e guarda suas tradições e heranças vivas”. Entre os desestímulos empregados aos surdos estão à criação de mitos, discriminação e maus tratos aos que não conseguiam utilizar a linguagem oral, proibição do uso de sinais, entre outros. Para conquistar seus direitos frente a uma sociedade que impõe seus valores, foi preciso organização de movimentos sociais em prol da valorização e reconhecimento de sua cultura, que segundo Patrícia Pinto, “(...) em oposição a todas as ações homogeneizadas da vida social”. Pois não se pode concordar que uma elite dominante em detrimento de sua cultura prive pessoas de construir suas próprias identidades.
Conheci um funcionário de escola que nasceu com uma deficiência congênita auditiva parcial, mesmo não utilizando a língua de sinais, enfrentando dificuldade de expressão oral, conseguia se comunicar e expressar seus sentimentos. Seu nome é José, e para me comunicar com Sr. Zé, além de falar pausadamente olhando de frente em seus olhos, fazia uso de gestos, expressões faciais e corporais. Para chamar sua atenção utiliza um toque no braço ou no ombro. Ele, para se comunicar com as pessoas além da fala e gestos, utilizava muito os sinais de cumprimento “um abraço”, “eu” e “até logo”. Para interagir com pessoas surdas, considero que além dos meios já citados, outros aspectos da cultura surda, como acenar para chamar sua atenção, batidinhas no chão ou fazer piscar a luz, apontar, desenhar, escrever ou dramatizar, são estratégias que podemos utilizar para estabelecer um ambiente de interação onde ambos se beneficiem.

domingo, 27 de setembro de 2009

Tipos de Letramento: Social e escolar

De acordo com Kleiman (2006), as práticas de letramento adotadas em escolas brasileiras são semelhantes as práticas do contexto americano ideologicamente determinadas. A metodologia pedagógica contempla o modelo autônomo onde é privilegiado o ensino para crianças, filhos de pais escolarizados que incentivam seus filhos com o evento da escolarização seguindo ou se aproximando do padrão empregado nas instituições educacionais, por outro lado, exclui uma grande massa que não recebeu os estímulos necessários até o ingresso na escolarização. Em nossa escola, por exemplo, na biblioteca temos “O cantinho da Leitura” onde os alunos de uma determinada turma das séries iniciais, sentados sobre algumas almofadas, ouvem atentos à professora que com ênfase conta histórias infantis, selecionadas (entre as disponíveis na biblioteca). Após a leitura a professora indaga sobre o que gostaram e sobre os personagens que chamaram maior atenção.
Entretanto, observa-se práticas sociais por grupos como a família, a igreja, o trabalho em contextos: políticos, econômicos e culturais com objetivos específicos, ou seja, praticam um tipo de letramento que a escola se preocupa.
No entanto, não é por acaso que as instituições educacionais seguem este padrão, pois as práticas sociais de uso da leitura e da escrita são criadas por grupos para além da escola que visam a continuação do método. Os educadores que receberam essa instrução, também os repassam aos educandos e as próprias instituições reproduzem e regulamentam o processo. Enfim, o assunto que trata a autora, vem contribuir para uma reflexão sobre novas possibilidades de se pensar um tipo letramento que não vise somente a alfabetização e promoção da escola, mas que inclua práticas sociais na formação de sujeitos com base em suas experiências cotidianas e as diferenças dos grupos de pertencimento.

domingo, 20 de setembro de 2009

O que é planejar?

Através da leitura do texto: “Planejamento: em busca de caminhos” (RODRIGUES, 2001) realizei uma reflexão articulando as experiências escolares com os apontamentos da autora.
Para realizar a atividade a professora Luciane, de uma turma do 3º ano, das séries iniciais, gentilmente, cedeu-me seu Diário de Classe.
Em relação à experiência relatada pela autora no início do texto e a prática docente cotidiana, as respostas foram de acordo com depoimento da professora da classe e diálogos com outros profissionais de setores.
No início de cada ano letivo, nos primeiros quinze dias é feito uma revisão dos conteúdos trabalhados no ano anterior seguindo algumas orientações do setor pedagógico. O planejamento que é realizado para um ano é o mesmo utilizado no ano seguinte. Mas, nem sempre é possível seguir exatamente o que foi planejado para o dia, semana ou trimestre. As professoras do CAT conversam entre si para refazer certos ajustes que não trouxeram o resultado esperado para uma determinada turma, por exemplo, se alguns alunos de uma determinada turma do mesmo ano, não foram alfabetizados. Após o diagnóstico, estratégias de inovação são acrescentadas à metodologia de ensino.
Os recursos mais utilizados são: giz, apagador e nos trabalhos em grupos, quando envolve atividades práticas, as crianças trazem o material de casa, como: cartolina, lápis de cor e cera, materiais recicláveis.

Elaborei cinco perguntas que considero importantes para fundamentar o planejamento de ensino:
1) Como estimular meus alunos que aprendam a ler de modo reflexivo?
2) De que maneira poderei incentivar o meu aluno a criar habilidades de interpretação autônoma através da matemática?
3) Como despertar no aluno o gosto pela pesquisa?
4) De que forma poderei incentivar a criatividade e aprendizagem das crianças através do lúdico?
5) Como estimular a aprendizagem significativa através de projetos?

Enfim, é fundamental que o profissional registre os acontecimentos ocorridos no cotidiano escolar, bem como as práticas docentes, pois segundo Rodrigues, “planejar é a constante busca de aliar o "para quê" ao "como", através da qual a observação criteriosa e investigativa torna-se, também, elemento indissociável do processo”.

domingo, 13 de setembro de 2009

Proposta Pedagógica de Comênio

Na disciplina de Didática, Planejamento e Avaliação – B, a partir das observações da proposta pedagógica de Comênio “Orbis pictus” (“O mundo em imagens”) respondemos a algumas questões, por exemplo, identificação no cotidiano escolar da proposta pedagógica analisando as relações entre as idéias do autor e meu contexto de trabalho.
Quanto ao realismo do ensino, Comênio “propõe que os alunos façam experiências por conta própria e aprendam a partir das próprias observações e não somente repetindo o que outras pessoas disseram (cap. 18).” Por exemplo, através de contatos junto a direção, consegui uma visita às instalações da engarrafadora Liquigás, Cia de Canoas para uma turma de alunos do ensino fundamental. Na disciplina de Português, a partir das observações eles elaboraram uma redação sobre o processo, práticas técnicas de segurança na correta utilização do GLP.
Temos a “Hora do conto”, apresentação de peças de teatro e filmes, além disso, todos os anos são realizados exposições, como por exemplo, a feira do livro e gincanas com o objetivo de integração e participação ativa de toda a comunidade escolar. Na última, houve confecções de lixeiras e bancos pelos alunos. As lixeiras estão distribuídas pelos corredores da escola e os bancos estão expostos no saguão. E, em sala de aula em meio a uma metodologia mais tradicional, alguns profissionais procuram trabalhar o lúdico através de jogos, música e brincadeiras. No que se refere ao ensino igual para todos os níveis das camadas sociais e para ambos os sexos, a escola atende uma comunidade de classe média e classe média baixa onde se observa uma grande diversidade. Recebe os alunos sem distinção de raça, cor, sexo ou credo.