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domingo, 15 de novembro de 2009

Temas Geradores

Na interdisciplina de Didática, realizamos uma reflexão sobre a importância do uso de temas geradores na prática pedagógica a partir de leituras acerca da observação de Paulo Freire em relação à alfabetização de adultos e a argumentação de Frei Betto frente a esta mesma situação.
Em muitas escolas ainda, convivemos com práticas baseadas em uma postura pedagógica firmada em uma epistemologia empirista, onde o professor é detentor da verdade, decidindo como e o que o aluno deve aprender.
Em um desenvolvimento de projeto com os alunos, geralmente encontramos professores que decidem o tema a partir daquilo que julgam ser interessantes para os mesmos. Encaminham o rumo da pesquisa e a forma como será abordado, ao passo que aos alunos cabe aceitarem as normas previamente estipuladas. Todavia, para se construir conhecimento, deve haver a interação de todos, interação com meio, sujeito e com o objeto em estudo através de contatos com materiais e questionamentos que nos possibilitem novas descobertas, criando conflitos e aguçando a curiosidade. É que temos aprendido na prática no desenvolvimento de nossos Projetos de Aprendizagem ao longo da caminha no PEAD. Conforme Paulo Freire, “o que se pretende investigar, realmente, não são os homens, como se fossem peças anatômicas, mas o seu pensamento-linguagem referido à realidade, os níveis de sua percepção desta realidade”.
Pessoas pensam e tem opiniões diferentes sobre um mesmo tema (assunto) o que enriquece uma atividade, ou seja, somente através do diálogo que se estabelece um clima de troca de experiências, e não da imposição de apenas um ponto de vista. Podemos inferir frente alfabetização de adultos, através da observação de Frei Beto, “o mundo desigual pode ser lido pela ótica do opressor ou pela ótica do oprimido. Resulta uma leitura tão diferente uma da outra como entre a visão de Ptolomeu, ao observar o sistema solar com os pés na Terra, e a de Copérnico, ao imaginar-se com os pés no Sol”. Mas, é preciso inaugurar “o diálogo da educação como prática da liberdade” proporcionar ao aluno que saía da passividade onde só recebe informações, para uma situação ativa em busca de respostas para suas inquietações, e para isso os temas geradores devem partir da vivência da realidade dos educandos.

domingo, 25 de outubro de 2009

Educação de Jovens e Adultos

Para a interdisciplina da Educação de Jovens e Adultos, foi criado um Fórum para que, em grupos, realizássemos uma discussão e reflexão a partir da leitura do texto de Regina Hara, “Alfabetização de adultos: ainda um desafio”.
Destaco algumas colocações que considerei fundamentais, tais quais: à metodologia, muitas vezes, tem sido empregada de uma forma simplista, uma “leitura mecânica do método Paulo Freire” confirmando o sistema linear presente na educação brasileira. Ou seja, os alunos estão constantemente submetidos às tentativas de práticas, geralmente frustrantes dos educadores. Esses processos inadequados em que podem estar submetidos os que não se alfabetizam nos levam a refletir sobre a ação educativa com competência que possam assegurar o ensino da Eja de qualidade.
Os alunos da Eja são provenientes de classes menos favorecidas e trabalhares onde os esforços físicos são bastante exigidos, então é fundamental considerar o fator limitante cansaço. Destaco ainda, a referência ao incentivo que leva o adulto a se alfabetizar, além de obter um emprego melhor e saber assinar seu nome, “(...) pode haver, e quase sempre o há, a intenção de partilhar o saber socialmente acumulado nas diferentes áreas”. Esses trabalhadores trazem consigo uma experiência, que deve ser compartilhada e valorizada através das práticas educacionais.
Em respeito ao universo do educando vê-se a necessidade de novas iniciativas que leve em conta que "toda prática educativa envolve uma postura teórica por parte do educador. Esta postura em si mesma implica - às vezes mais, às vezes menos explicitamente - numa concepção dos seres humanos e do mundo". A importância do incentivo a escrita a partir do que o aluno sabe considerando seu potencial do que pode fazer, pois é através da motivação que esse vai adquirindo a coragem necessária para se expressar e registrar. A correção é um processo gradativo que será incorporado aos poucos. É preciso utilizar estratégias através de textos (conto, notícias ou poemas) e suas particularidades, por exemplo, exploração da estrutura como: os personagens e suas falas, identificar os pronomes, o plural, o valor das interjeições no texto, mas que cada aluno trabalhe dentro de suas possibilidades.
Segundo Hara, (1992) “o conjunto de habilidades, tem papel determinante na construção da autonomia”. Nesse caso à linguagem oral é a maneira de exercitar a expressão na elaboração e organização de dados. Como diz a colega Rosali o professor deve fazer uso da palavra para estimular seus alunos.

domingo, 11 de outubro de 2009

Projeto de Aprendizagem

Para a interdisciplina do Seminário Integrador VII, em grupo, desenvolvemos um Projeto de Aprendizagem tendo como pergunta norteadora: “Quais os Métodos de Alfabetização? Existe um método mais eficaz?” Então nos engajamos no trabalho do processo um dos pressupostos do PAs. Para tanto, partimos de perguntas, que na aula presencial elaboramos de acordo com nossos anseios, curiosidades que necessitavam respostas. Organizamos nossa tabela de “Dúvidas Temporárias e Certezas Provisórias” no sentido de orientar as buscas; questionários para o trabalho de campo; referencial teórico necessário para dar sustentação ao nosso projeto e por fim, criamos na aula presencial, com a Professora Luciane, nosso Mapa Conceitual para evidenciar as redes de conceitos abordados nos textos.
Colaborei em etapas como nas Dúvidas, por exemplo: Uma das questões que sugeri: A utilização do computador por crianças de 3 a 5 anos é um meio de acesso ao letramento? Nas Certezas procurei responder ao seguinte questionamento da colega Ivete: “Como os pais podem colaborar na alfabetização?”
Os pais podem propiciar a criança o contato com material cultural, pois ao perceber seu uso pelos familiares a criança chega à escola com noções da língua escrita. O professor ao identificar essas aptidões adquiridas ( letramento) pode trabalhar criando um ambiente propício para a aprendizagem.
Para o trabalho de campo entrevistei profissionais da escola onde trabalho que responderam a perguntas relacionadas a alfabetização como: Podemos dizer que existe um método eficaz de alfabetização?
Minha participação na conclusão do PA: Alfabetização é um processo que vai além do decifrar códigos alfabéticos e numéricos, tendo como principal objetivo conduzir o alfabetizando ao letramento, esse que não vise somente à alfabetização e promoção da escola, mas sim a “socialização através de práticas do uso da leitura e da escrita”, que considere as experiências cotidianas e as diferenças dos grupos de pertencimento de seus alunos.
De acordo com as pesquisas realizadas, bem como textos referentes as assunto conclui-se que não se trata exclusivamente da eficácia do método para garantir a alfabetização. Pois, o método em si não garante aprendizagem, mas a preparação adequada do professor capaz de utilizar estratégias, criando um ambiente de motivação, são fatores determinantes no processo. Segundo Hara (1992), “não é o método que se elege que promove a alfabetização, mas é todo um conjunto de conhecimentos e a postura intelectual que adotamos com relação aos sujeitos e ao objeto da aprendizagem”.
O projeto na integra consta na Lista de Links:
Projeto de Alfabetização