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domingo, 18 de outubro de 2009

Contação de História

Práticas de Leitura, Escrita e Oralidade no contexto Social.

Convidei a aluna Brenda, 9 anos de idade, cursando a 3ª série, anos inicias do ensino fundamental na EEEM Alberto Torres, para contar uma história. Somente alguns momentos antes da gravação que ela ficou sabendo que teria a liberdade de escolher a história para contar, mas fez questão de arrumar o cabelo e passar batom antes. Então narrou o conto infantil “Chapeuzinho Vermelho” enquanto eu filmava.

Análise a partir do texto “Tem um monstro no meio da história (GURGEL, 2009)” e do vídeo “Pensamento infantil – A narrativa da criança”.
A menina demonstrou ter familiarização com os aspectos estruturais como: narrativa, marcadores de tempo e espaço e contextualização de situações. Seguiu a seqüência dos eventos e utilizou expressões faciais e corporais conforme a situação no desenrolar da história, por exemplo, gestos com as mãos como se estivesse batendo na porta; na passagem em que o lobo se veste com a roupa da vovozinha, faz gestos como se estivesse se vestindo. Além disso, tenta imitar a voz do lobo se passando por vovozinha e no diálogo final entre o lobo e o Chapeuzinho, imita a Chapeuzinho através da voz e expressões faciais.
Brenda não separa, ainda, totalmente a ficção de situações reais como é possível constatar no seguinte parágrafo: “Quando ele devorou a vovozinha! Ele se vestiu de vovozinha e ficou deitado na cama costurando”. Há uma referência a uma situação da vida real, onde se verifica a presença do sincretismo, ou seja, “a liberdade de associar elementos da realidade segundo critérios pessoais, pautados principalmente por afetividade, observação e imaginação”. Enfim, é importante o incentivo familiar ao discurso narrativo desde os primeiros anos de vida, seja através de relatos de situações cotidianas e ou histórias (textos literários lidos e contados). É através do estímulo que o adulto proporciona a criança, que esta vai aprendendo a separar experiências do cotidiano e o que está no plano da imaginação, como se constata no vídeo sobre o “Pensamento Infantil”. O adulto também servirá de modelo para a criança da forma de se comunicar, sendo a oralidade (...) “um dos principais motores do desenvolvimento na primeira infância e aspecto-chave da creche e da pré-escola”.

domingo, 11 de outubro de 2009

Projeto de Aprendizagem

Para a interdisciplina do Seminário Integrador VII, em grupo, desenvolvemos um Projeto de Aprendizagem tendo como pergunta norteadora: “Quais os Métodos de Alfabetização? Existe um método mais eficaz?” Então nos engajamos no trabalho do processo um dos pressupostos do PAs. Para tanto, partimos de perguntas, que na aula presencial elaboramos de acordo com nossos anseios, curiosidades que necessitavam respostas. Organizamos nossa tabela de “Dúvidas Temporárias e Certezas Provisórias” no sentido de orientar as buscas; questionários para o trabalho de campo; referencial teórico necessário para dar sustentação ao nosso projeto e por fim, criamos na aula presencial, com a Professora Luciane, nosso Mapa Conceitual para evidenciar as redes de conceitos abordados nos textos.
Colaborei em etapas como nas Dúvidas, por exemplo: Uma das questões que sugeri: A utilização do computador por crianças de 3 a 5 anos é um meio de acesso ao letramento? Nas Certezas procurei responder ao seguinte questionamento da colega Ivete: “Como os pais podem colaborar na alfabetização?”
Os pais podem propiciar a criança o contato com material cultural, pois ao perceber seu uso pelos familiares a criança chega à escola com noções da língua escrita. O professor ao identificar essas aptidões adquiridas ( letramento) pode trabalhar criando um ambiente propício para a aprendizagem.
Para o trabalho de campo entrevistei profissionais da escola onde trabalho que responderam a perguntas relacionadas a alfabetização como: Podemos dizer que existe um método eficaz de alfabetização?
Minha participação na conclusão do PA: Alfabetização é um processo que vai além do decifrar códigos alfabéticos e numéricos, tendo como principal objetivo conduzir o alfabetizando ao letramento, esse que não vise somente à alfabetização e promoção da escola, mas sim a “socialização através de práticas do uso da leitura e da escrita”, que considere as experiências cotidianas e as diferenças dos grupos de pertencimento de seus alunos.
De acordo com as pesquisas realizadas, bem como textos referentes as assunto conclui-se que não se trata exclusivamente da eficácia do método para garantir a alfabetização. Pois, o método em si não garante aprendizagem, mas a preparação adequada do professor capaz de utilizar estratégias, criando um ambiente de motivação, são fatores determinantes no processo. Segundo Hara (1992), “não é o método que se elege que promove a alfabetização, mas é todo um conjunto de conhecimentos e a postura intelectual que adotamos com relação aos sujeitos e ao objeto da aprendizagem”.
O projeto na integra consta na Lista de Links:
Projeto de Alfabetização

domingo, 4 de outubro de 2009

Libras - Cultura Surda e Comunidade Surda

Para a interdisciplina de Libras desenvolvi uma atividade que incluía a contemplação de algumas questões como: Você conhece alguma pessoa surda? Qual sua opinião sobre as pessoas surdas?
Com base na leitura da unidade 1. Como você faria para conversar com uma pessoa surda? Quais os aspectos da cultura surda você acha importante para interagir com pessoas surdas?

Após as leituras referentes à comunidade e cultura surda conclui-se que apesar de várias tentativas feitas no sentido de desestimular o uso de sinais, a comunidade surda reconheceu “LIBRAS como sua língua natural, a qual reflete valores culturais e guarda suas tradições e heranças vivas”. Entre os desestímulos empregados aos surdos estão à criação de mitos, discriminação e maus tratos aos que não conseguiam utilizar a linguagem oral, proibição do uso de sinais, entre outros. Para conquistar seus direitos frente a uma sociedade que impõe seus valores, foi preciso organização de movimentos sociais em prol da valorização e reconhecimento de sua cultura, que segundo Patrícia Pinto, “(...) em oposição a todas as ações homogeneizadas da vida social”. Pois não se pode concordar que uma elite dominante em detrimento de sua cultura prive pessoas de construir suas próprias identidades.
Conheci um funcionário de escola que nasceu com uma deficiência congênita auditiva parcial, mesmo não utilizando a língua de sinais, enfrentando dificuldade de expressão oral, conseguia se comunicar e expressar seus sentimentos. Seu nome é José, e para me comunicar com Sr. Zé, além de falar pausadamente olhando de frente em seus olhos, fazia uso de gestos, expressões faciais e corporais. Para chamar sua atenção utiliza um toque no braço ou no ombro. Ele, para se comunicar com as pessoas além da fala e gestos, utilizava muito os sinais de cumprimento “um abraço”, “eu” e “até logo”. Para interagir com pessoas surdas, considero que além dos meios já citados, outros aspectos da cultura surda, como acenar para chamar sua atenção, batidinhas no chão ou fazer piscar a luz, apontar, desenhar, escrever ou dramatizar, são estratégias que podemos utilizar para estabelecer um ambiente de interação onde ambos se beneficiem.

domingo, 27 de setembro de 2009

Tipos de Letramento: Social e escolar

De acordo com Kleiman (2006), as práticas de letramento adotadas em escolas brasileiras são semelhantes as práticas do contexto americano ideologicamente determinadas. A metodologia pedagógica contempla o modelo autônomo onde é privilegiado o ensino para crianças, filhos de pais escolarizados que incentivam seus filhos com o evento da escolarização seguindo ou se aproximando do padrão empregado nas instituições educacionais, por outro lado, exclui uma grande massa que não recebeu os estímulos necessários até o ingresso na escolarização. Em nossa escola, por exemplo, na biblioteca temos “O cantinho da Leitura” onde os alunos de uma determinada turma das séries iniciais, sentados sobre algumas almofadas, ouvem atentos à professora que com ênfase conta histórias infantis, selecionadas (entre as disponíveis na biblioteca). Após a leitura a professora indaga sobre o que gostaram e sobre os personagens que chamaram maior atenção.
Entretanto, observa-se práticas sociais por grupos como a família, a igreja, o trabalho em contextos: políticos, econômicos e culturais com objetivos específicos, ou seja, praticam um tipo de letramento que a escola se preocupa.
No entanto, não é por acaso que as instituições educacionais seguem este padrão, pois as práticas sociais de uso da leitura e da escrita são criadas por grupos para além da escola que visam a continuação do método. Os educadores que receberam essa instrução, também os repassam aos educandos e as próprias instituições reproduzem e regulamentam o processo. Enfim, o assunto que trata a autora, vem contribuir para uma reflexão sobre novas possibilidades de se pensar um tipo letramento que não vise somente a alfabetização e promoção da escola, mas que inclua práticas sociais na formação de sujeitos com base em suas experiências cotidianas e as diferenças dos grupos de pertencimento.

domingo, 13 de setembro de 2009

Proposta Pedagógica de Comênio

Na disciplina de Didática, Planejamento e Avaliação – B, a partir das observações da proposta pedagógica de Comênio “Orbis pictus” (“O mundo em imagens”) respondemos a algumas questões, por exemplo, identificação no cotidiano escolar da proposta pedagógica analisando as relações entre as idéias do autor e meu contexto de trabalho.
Quanto ao realismo do ensino, Comênio “propõe que os alunos façam experiências por conta própria e aprendam a partir das próprias observações e não somente repetindo o que outras pessoas disseram (cap. 18).” Por exemplo, através de contatos junto a direção, consegui uma visita às instalações da engarrafadora Liquigás, Cia de Canoas para uma turma de alunos do ensino fundamental. Na disciplina de Português, a partir das observações eles elaboraram uma redação sobre o processo, práticas técnicas de segurança na correta utilização do GLP.
Temos a “Hora do conto”, apresentação de peças de teatro e filmes, além disso, todos os anos são realizados exposições, como por exemplo, a feira do livro e gincanas com o objetivo de integração e participação ativa de toda a comunidade escolar. Na última, houve confecções de lixeiras e bancos pelos alunos. As lixeiras estão distribuídas pelos corredores da escola e os bancos estão expostos no saguão. E, em sala de aula em meio a uma metodologia mais tradicional, alguns profissionais procuram trabalhar o lúdico através de jogos, música e brincadeiras. No que se refere ao ensino igual para todos os níveis das camadas sociais e para ambos os sexos, a escola atende uma comunidade de classe média e classe média baixa onde se observa uma grande diversidade. Recebe os alunos sem distinção de raça, cor, sexo ou credo.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Linguagem e Educação

Em relação à fala ou a escrita há diferenciações dependendo do contexto. Em nossas avaliações de finais de semestres referente à apresentação oral (workshop) e a Reflexão – Síntese, por exemplo, devemos escolher as palavras corretas para transmitir nossas experiências. O mesmo ocorre na escrita, em ambos devemos fazer uso da linguagem adequada. Já para escrever um e-mail ou em contatos virtuais como MSN e A2 não há tanta preocupação com a escrita e sim com o conteúdo.
Na escola, um aluno de sete anos, que veio do interior do estado, referindo-se a cantina da escola, me fezendo a seguinte pergunta: “Minha mãe dexo pago alguma coisa pra mim come aí no buteco? Nesse caso, contemplou o linguajar de sua comunidade. Em outra situação, quando auxiliava um aluno da quinta série a redigir uma redação, observei que contemplava termos e abreviações que os adolescentes costumam usar em conversas virtuais com colegas.
Precisamos criar espaços em nossas escolas para “discussões mais amplas a respeito dos discursos sobre currículo, planeja­mento, avaliação e seus desdobramentos no contexto escolar enquanto regu­ladores das nossas expectativas em tomo da leitura, escrita e oralidade em sala de aula” (DALLA ZEN; TRINDADE, 2002, p. 5). Bem como, uma reflexão sobre as concepções de nossas práticas, o quanto estamos submetidos a tais discursos, pois no Brasil, as políticas educacionais sempre estiveram relacionadas com economia se adaptando as estruturas sócio-econômicas vigentes e de fortalecimento de grupos dominantes.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Introdução à Didática

Através da interdisciplina Didática, Planejamento e Avaliação – B com base na leitura do texto “ O menininho”, de Helen Buckley e charge de Luis Fernando Veríssimo referente ao tema Aventuras da Família Brasil, respondi questões como: . Quais atividades você, enquanto professor/a, desenvolve com seus alunos de modo a possibilitar que estes cresçam com autonomia e desenvolvam sua criatividade?
Sempre que preciso desenvolver as atividades do curso PEAD, solicito uma turma emprestada da 4ª série.
Em uma experimentação de Teatro utilizei uma caixa de surpresas contendo vários objetos. Através do jogo foi possível desenvolver um terceiro momento que não estava previsto e que foi proposto pelos próprios alunos, onde eles criaram um cenário para retratar o tema relação familiar. Segundo Ana C. Reckziege, (...) “temos que estar sempre com a percepção e capacidade de improvisação, e de possibilidade de alteração de rumo, super aguçadas”. Uma experiência marcada pela ludicidade com o tema História da música popular Brasileira para crianças: utilizei o livro e o Cd de Simone Cit. Criamos um jogo de ações e brincadeiras enquanto as músicas tocavam. O brincar estabelece um equilíbrio nas formas de pensar, sentir e agir que são fundamentais na convivência com o outro; trabalhei com os alunos conceitos como preconceitos, identidade e discriminação através de um mosaico étnico-racial da turma. No desenvolver da atividade, um aluno no primeiro momento omitiu a origem africana de seus familiares, ressaltando a origem portuguesa; após o trabalho em grupo, porém, onde cada um contou para os outros colegas sobre a convivência e relacionamento em sua família, houve a espontaneidade e, então, assumiu sua descendência também africana, pois “a identidade se confirma para o indivíduo, na diferenciação dos outros e na assimilação da identidade do grupo que designa e identifica como seu”. Solicitei que através de desenhos, representassem sua família, incentivando a autoria sem uso de estereótipos. Organizamos uma exposição socializando com outras turmas; em matemática, procurei adaptar exercícios para oportunizar a justificativa de respostas.