quarta-feira, 9 de junho de 2010

Educação Ambiental

Acredito que necessitamos avançar e com urgência, quanto à disposição e preparação de professores referente à educação ambiental. Por um lado, na proposta de Diretrizes Curriculares para Educação Ambiental, por exemplo, as legislações que regulamentam não esclarecem como essa abordagem acontece na prática nas escolas, muito menos “prescrevem os princípios, diretrizes operacionais e pedagógicas para o seu trato transversal nos níveis e modalidades da educação”. Por outro lado, os PCNs que consideram a EA tema transversal refere uma abordagem interdisciplinar, mas para um efetivo resultado deveria contar com a participação de toda a comunidade escolar e atender seus anseios. Segundo a FURG, uma forma para se trabalhar a interdisciplinaridade seria através de projetos de educação ambiental unindo teoria e prática, mas nem sempre os professores das diferentes disciplinas se dispõem a esse proposito alegando vários motivos. Na instituição, na qual realizo meu estágio, iniciamos o Projeto “ Do Lixo à Preservação da Natureza” no dia 18/04, com uma peça de teatro e oficinas com sucatas contando com a participação de toda a comunidade. Hoje temos cestos de lixo de cores diferentes com adesivos, cartazes explicativos deixando claro qual é o recipiente para o lixo seco e orgânico. O mesmo ocorre em sala de aula, há duas lixeiras em cada ambiente. Também os funcionários fazem o recolhimento adequado em recipientes separados, evitando que após a separação tudo vá para o mesmo saco observado dias corretos de coletas. Realizamos uma visita a Cia engarrafadora – Liquigás onde os alunos, das duas turmas da quarta série, conheceram receberam informações e fizeram perguntas sobre os procedimentos referente a responsabilidade ambiental da Cia. Os alunos visitaram as instalações onde são separados os resíduos perigosos dos resíduos limpos que são enviados aos locais adequados, bem como sobre o aproveitamento das águas. Mas acredito que foram pequenas atitudes que colaboram, mas são insuficientes, bem como são insuficientes trabalhos em sala de aula que problematizem e levem o aluno a uma reflexão, tendo em vista a grave situação ambiental mundial. Além disso, convivemos com a formação precária, em algumas universidades, de profissionais e professores na correta abordagem do tema. Enfim, segundo o texto de Morin (2001) quanto o Relatório Delors (1998) citados por Adriana Piva, “têm a perspectiva de lançar as bases de uma educação internacionalizada, isto é, de um projeto que visa a criar parâmetros curriculares comuns a todos os sistemas de ensino nacionais, de modo a tornar possível o “advento de uma nova ética universal” (UNESCO 2002)”. Mas para que isso se torne realidade é preciso superar entraves políticos econômicos e sociais.
Referências:
PIVA, Adriana. A Difusão do Pensamento de Edgar Morin na Pesquisa em Educação Ambiental no Brasil. PPG Educação – FaE/UFMG – CNPq

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade
Diretoria de Educação para a Diversidade e Cidadania
Coordenação Geral de Educação Ambiental
Disponível: http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/ca_propresolcne.pdf Data de acesso: 08/06/2010.

Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient. ISSN 1517-1256, v. 22, janeiro a julho de 2009. Disponível em http://www.remea.furg.br/edicoes/vol22/art6v22.pdf Data de acesso: 09/10/2010.

Um comentário:

Patrícia_Tutora PEAD disse...

Que legal Marta! Essas ações são ótimas, pois educam a criança para hábitos simples do cotidiano.

Obrigada pelo retorno.

Abraços