domingo, 24 de agosto de 2008

Ser Adulto


Na atividade da interdisciplina Psicologia da Vida Adulta, procuramos dentro de nossos conhecimentos, responder perguntas norteadoras para elaborar um texto coletivo sobre o tema “Ser Adulto”.

Foi uma reflexão importante para que eu repensasse nos casos de crianças que vivem ou têm responsabilidades de adultos sem serem adultos.
Por exemplo, temos em nossa escola uma situação de pais muito jovens; a menina é mãe aos treze anos e o menino pai aos quatorze. Ela não está freqüentando as aulas, está em licença maternidade, mesmo com o auxílio dos professores que lhes dão toda a assistência com trabalhos para desenvolver em casa, ainda terá de enfrentar o problema de adaptação do nenê à mamadeira e contar com a colaboração dos familiares para ajudar a cuidar da criança enquanto estuda. O menino teve que trabalhar para colaborar no sustento da recém nascida. Essa situação me faz pensar: será que eles darão continuidade aos estudos? ( a mãe está cursando a 6ª série do ensino fundamental e o pai a 7ª), ou farão como muitas crianças no Brasil que desde muito cedo enfrentam desafios de adultos como: trabalhar no plantio e colheita de alimentos, preocupação no auxílio ou sustento de familiares, que muitas vezes, implica no abandonando aos estudos? Essa realidade de trabalho, ainda na infância, pode ser constatada com os dados da Unicef, por exemplo, só no semi-árido brasileiro, em cerca de 1,5 mil municípios, vivem aproximadamente 13 milhões de crianças e adolescentes. Uma em cada seis crianças trabalha. (http://www.unicef.org.br/). Mas por terem responsabilidades de adultos não significa que sejam adultos efetivos. Enfim, não existe exatamente uma idade determinada para alguém se tornar adulto. São as necessidades, atitudes e práticas que irão determinar se uma pessoa é, ou se está vivenciando uma fase de adulto, independente da idade que possa ter.

Nenhum comentário: