domingo, 4 de outubro de 2009

Libras - Cultura Surda e Comunidade Surda

Para a interdisciplina de Libras desenvolvi uma atividade que incluía a contemplação de algumas questões como: Você conhece alguma pessoa surda? Qual sua opinião sobre as pessoas surdas?
Com base na leitura da unidade 1. Como você faria para conversar com uma pessoa surda? Quais os aspectos da cultura surda você acha importante para interagir com pessoas surdas?

Após as leituras referentes à comunidade e cultura surda conclui-se que apesar de várias tentativas feitas no sentido de desestimular o uso de sinais, a comunidade surda reconheceu “LIBRAS como sua língua natural, a qual reflete valores culturais e guarda suas tradições e heranças vivas”. Entre os desestímulos empregados aos surdos estão à criação de mitos, discriminação e maus tratos aos que não conseguiam utilizar a linguagem oral, proibição do uso de sinais, entre outros. Para conquistar seus direitos frente a uma sociedade que impõe seus valores, foi preciso organização de movimentos sociais em prol da valorização e reconhecimento de sua cultura, que segundo Patrícia Pinto, “(...) em oposição a todas as ações homogeneizadas da vida social”. Pois não se pode concordar que uma elite dominante em detrimento de sua cultura prive pessoas de construir suas próprias identidades.
Conheci um funcionário de escola que nasceu com uma deficiência congênita auditiva parcial, mesmo não utilizando a língua de sinais, enfrentando dificuldade de expressão oral, conseguia se comunicar e expressar seus sentimentos. Seu nome é José, e para me comunicar com Sr. Zé, além de falar pausadamente olhando de frente em seus olhos, fazia uso de gestos, expressões faciais e corporais. Para chamar sua atenção utiliza um toque no braço ou no ombro. Ele, para se comunicar com as pessoas além da fala e gestos, utilizava muito os sinais de cumprimento “um abraço”, “eu” e “até logo”. Para interagir com pessoas surdas, considero que além dos meios já citados, outros aspectos da cultura surda, como acenar para chamar sua atenção, batidinhas no chão ou fazer piscar a luz, apontar, desenhar, escrever ou dramatizar, são estratégias que podemos utilizar para estabelecer um ambiente de interação onde ambos se beneficiem.

3 comentários:

Patrícia_Tutora PEAD disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Patrícia_Tutora PEAD disse...

Pois é Marta... observamos que além da pessoa surda ter de se inserir na sociedade, ele precisa sentir-se parte desta comunidade, e assim viver com suas limitações e construir sua identidade. Concorda? Abraços

Marta Cruz disse...

Tutora Patrícia,
Com certeza, a sociedade é que precisa rever suas atitudes, procurando se adaptar as limitações das pessoas com determinada necessidades especiais. No que se refere à escolarização de pessoas surdas, por exemplo, os professores devem aprender a língua de sinais para ministrarem aulas respeitando suas limitações.