segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Projeto Estatuto do Idoso

Eu e a colega Rosali estivemos na 54ª Feira do Livro neste sábado, dia 08/11 para realizarmos a pesquisa de campo do Projeto sobre o Estatuto do Idoso. Entrevistamos pessoas na faixa etária de 63 a 84 anos de idade. A pesquisa foi realizada na Praça da Alfândega e no Shoppig Rua da Praia, centro de Porto Alegre.
Os entrevistados já ouviram falar no Estatuto, mas não conhecem os direitos, utilizam alguns benefícios previstos como: passagem gratuita de ônibus, assistência médica, preferências em filas de instituições financeiras. Consideram o atendimento do SUS ( Sistema Único de Saúde) como “Bom” , mas encontram dificuldades na marcação de consultas.
Observamos que alguns idosos, apesar de apresentar fisionomia de mais de 60 anos, escondiam a idade dizendo que tinham bem menos ou simplesmente negavam-se a responder ao questionamento, um senhor nos disse: “Conheço o Estatuto e quando atingir a idade farei uso dos direitos”( nível de escolaridade declarada superior, não se disponibilizou a responder as perguntas). Já um advogado e economista de 84 anos, declarou que os idosos são explorados pelos governos e instituições, que é preciso leis que regulamentem os seguros de vida, de bens duráveis. O mesmo acontece no caso da Previdência Social no Brasil com a aposentadoria por tempo de serviço, os valores que os aposentados recebem não são integrais além do que os anos gradativamente restringem o poder de compra. Também, não conhece o Estatuto e acredita que foi uma medida política em um momento que o idoso chamou a atenção das autoridades. Além do que já foi mencionado, falou-nos sobre política, economia, história, uma pena que o tempo foi curto. Clamou por falta de diálogo entre as atuais gerações e as mais velhas, além disso, os idosos sentem falta de atenção, amizade, compreensão e principalmente sentem-se discriminados pela sociedade, é o que constatamos através dos depoimentos.
Acreditamos que podemos aprender muito com os idosos, mas estamos deixando para trás essa importante contribuição de experiência de vida. Enfim, constatamos que o Estatuto do Idoso não é um documento conhecido da população a que ele se destina.

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