domingo, 30 de novembro de 2008

Reflexão

Como última atividade da disciplina Organização e Gestão do Ensino Fundamental, realizamos uma Reflexão sobre os conteúdos contemplados no semestre.
Como foi possível inferir através das leituras e da realidade escolar que muitas práticas da gestão ainda contemplam elementos patrimonialista, apesar da Gestão Democrática do Ensino Público ter se tornado princípio constitucional em 1988. Também, alguns estados como São Paulo e Rio de Janeiro adotam concurso público para diretores, o que gera entraves na vivência da democracia. Temos que fazer uso dos facilitadores da gestão democrática contemplados em lei como a eleição de diretores, Conselhos Escolares e agremiações.
Um instrumento fundamental que deve ser explorado na Gestão Democrática é o Projeto Político pedagógico, pois além de ser um programa de organização da gestão é um projeto de sociedade, de valores fundamentais. Na tradução de vida coletiva da escola é necessário reformulá-lo considerando as especificidades como defende Bernard Charlot, para que os valores políticos sejam condizentes com o programa político. E para tornar transparentes a funcionalidade, princípios, concepções é fundamental o registro no regimento Escolar. Documento necessário para deixar claro, as diretrizes orientadoras, assim não haverá dúvidas sobre os procedimentos a serem adotados, gerando um clima de segurança no ambiente educacional. Tanto o PPP como o Regimento devem contar na sua elaboração e concretização com a participação de toda a comunidade escolar. Mas, observa-se que ao elaborar o PPP, bem como Regimento a escola contempla na teoria procedimentos democráticos como: “utilizar o diálogo como forma de mediar conflitos e tomar decisões coletivas”, e a “avaliação será diagnóstica e investigava levando em conta a diversidade”, por outro lado, a escola acolhe alunos que vêm de sistemas ciclados (a escola adota o sistema de organização curricular seriado) estes na maioria das vezes, encontram dificuldades para se adaptarem ao novo contexto escolar, ocorrendo reprovações por 3 ou 4 anos consecutivos. Entretanto, para promover ensino de qualidade à gestão democrática deve contemplar o trabalho cooperativo e associativo na tomada das decisões, mas para isso é necessário mudanças nas práticas, pois muitas opiniões geram conflitos e muitas vezes para se evitar tal situação, evita-se o compartilhamento das mesmas.

domingo, 23 de novembro de 2008

Reflexão

Na atividade da interdisciplina Organização e Gestão do Ensino Fundamental, além de participar do Fórum sobre “Quais são os elementos (concepções, instrumentos, processos) fundamentais da gestão democrática escolar?”, realizamos uma reflexão sobre os três tópicos trabalhados no semestre.
Nascida na década de 80, com o processo democrático a gestão democrática, tem como principal objetivo reforçar as relações democráticas na escola onde toda a comunidade escolar deve participar da organização e decisões dos processos de gestão. E para colaborar nesse processo temos os facilitadores da gestão democrática contemplados em lei como a eleição de diretores, Conselhos Escolares e agremiações. Foi possível inferir através das leituras e da realidade escolar que muitas práticas da gestão ainda contemplam elementos patrimonialista, apesar da Gestão Democrática do Ensino Público ter se tornado princípio constitucional em 1988. Mas somente com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB ( lei nº 9394/1996) que os professores e a escola adquiriram autonomia para expressar suas propostas pedagógicas, mesmo seguindo as regras associadas ao direito à educação como consta na lei: recuperação para alunos de menor rendimento, assegurar o cumprimento dos dias letivos e das horas-aula, o que não interfere na autonomia, mas além de traçar os rumos a serem seguidos, em nome do direito à educação, é necessário regulamentar de uma forma clara e objetiva o guia norteador da construção da escola pública e democrática.
Observa-se que ao elaborar o PPP, bem como Regimento a escola contempla na teoria procedimentos democráticos como: “ utilizar o diálogo como forma de mediar conflitos e tomar decisões coletivas”, e a “avaliação será diagnóstica e investigava levando em conta a diversidade”, por outro lado, a escola acolhe alunos que vêm de sistemas ciclados, estes na maioria das vezes, encontram dificuldades para se adaptarem ao novo contexto escolar, ocorrendo reprovações por 3 ou 4 anos consecutivos. Além disso, o que se constata são dificuldades em aproximar a comunidade da escola. Essas atitudes, também estão ligadas a fatores cultuais e sociais, que necessitam serem trabalhadas cotidianamente por todos os segmentos da escola.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Reflexão sobre os Profissionais da educação

Na atividade da interdisciplina Organização e Gestão da educação – aula 5 foi um momento importante para reflexão sobre os profissionais da Educação.
Tomando como base a carreira dos educadores mais antigos, em relação ao Plano de Carreira do Magistério Público Estadual, a Lei no que se refere às promoções tanto por merecimento quanto por antiguidade não está sendo comprida, pois não promove os trabalhadores da educação nas classes D e E o que implica na não abertura de vaga da classe A e B. Mas é preciso qualificação profissional para aumentar um pouco o salário de acordo com lei e como o MEC oferta através das universidades públicas, Estaduais e Municipais a formação continuada, é o que estou vivenciando no PEAD, mesmo o curso sendo na modalidade a distância está possibilitando um ótimo nível de formação acadêmica, pois temos uma equipe multidisciplinar qualificada que nos fornecem materiais de qualidade. Com o desenvolvimento das atividades estou desenvolvendo um olhar mais crítico e consigo visualizar as distorções que há, entre o discurso teórico democrático que permeia a escola e a verdadeira prática da educação.
O Piso Salarial Nacional de R$ 950,00 é razoável para corrigir disparidades regionais e compensar a maior responsabilidade adquirida por meio dos processos de descentralização, onde houve a conquista de maior autonomia dos educadores, mas em conseqüência o aumento das responsabilidades. Sou sindicalizada e através das leituras e da realidade acredito que no momento o Sindicato esteja passando por uma fase de descrédito, tanto pelos “processos de reestruturação produtiva, com diminuição do trabalho formal e regulamentado” quanto por falta de retorno efetivo das reivindicações da categoria, essa situação não pode ser atribuída somente ao sindicato, mas a falta de diálogo, participação e engajamento dos profissionais da educação.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Projeto Estatuto do Idoso

Eu e a colega Rosali estivemos na 54ª Feira do Livro neste sábado, dia 08/11 para realizarmos a pesquisa de campo do Projeto sobre o Estatuto do Idoso. Entrevistamos pessoas na faixa etária de 63 a 84 anos de idade. A pesquisa foi realizada na Praça da Alfândega e no Shoppig Rua da Praia, centro de Porto Alegre.
Os entrevistados já ouviram falar no Estatuto, mas não conhecem os direitos, utilizam alguns benefícios previstos como: passagem gratuita de ônibus, assistência médica, preferências em filas de instituições financeiras. Consideram o atendimento do SUS ( Sistema Único de Saúde) como “Bom” , mas encontram dificuldades na marcação de consultas.
Observamos que alguns idosos, apesar de apresentar fisionomia de mais de 60 anos, escondiam a idade dizendo que tinham bem menos ou simplesmente negavam-se a responder ao questionamento, um senhor nos disse: “Conheço o Estatuto e quando atingir a idade farei uso dos direitos”( nível de escolaridade declarada superior, não se disponibilizou a responder as perguntas). Já um advogado e economista de 84 anos, declarou que os idosos são explorados pelos governos e instituições, que é preciso leis que regulamentem os seguros de vida, de bens duráveis. O mesmo acontece no caso da Previdência Social no Brasil com a aposentadoria por tempo de serviço, os valores que os aposentados recebem não são integrais além do que os anos gradativamente restringem o poder de compra. Também, não conhece o Estatuto e acredita que foi uma medida política em um momento que o idoso chamou a atenção das autoridades. Além do que já foi mencionado, falou-nos sobre política, economia, história, uma pena que o tempo foi curto. Clamou por falta de diálogo entre as atuais gerações e as mais velhas, além disso, os idosos sentem falta de atenção, amizade, compreensão e principalmente sentem-se discriminados pela sociedade, é o que constatamos através dos depoimentos.
Acreditamos que podemos aprender muito com os idosos, mas estamos deixando para trás essa importante contribuição de experiência de vida. Enfim, constatamos que o Estatuto do Idoso não é um documento conhecido da população a que ele se destina.

domingo, 2 de novembro de 2008

Espaços para a Construção de uma Escola Pública Democrática

Ao realizar a atividade de sobre “as relações necessárias entre o PPP e o Regimento Escolar para que se transformem em espaços de construção de uma escola democrática”, é possível inferir, através dos textos e a realidade escolar, que temos muito a evoluir nesse campo. Como bem define atual LDB no Artigo 12, Inciso I: as instituições de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica, mas apesar dos mais de dez anos de sua promulgação, ainda representa algo novo para as escolas e para os profissionais da educação. É preciso valorizar essa conquista de autonomia através do PPP seguindo as regras associadas ao direito a educação contempladas na LDB, além do que, ao definirmos a organização do PPP devemos considerar as duas dimensões: a Política e a Específica para que o discurso político fique em conformidade com a operacionalização do projeto pedagógico.
Já o Regimento deve contemplar a transparência sobre a funcionalidade, concepções e princípios. Além disso, é através de decisões claras e objetivas para expressar o PPP que a escola estará abrindo espaços para a prática de uma verdadeira democracia. Mas, é preciso sair do fosso como diz Bernard “ A situação real das escolas é marcada por fortes contradições, que levam frequentemente à existência de um grande fosso entre o discurso político que sustentam e as práticas efetivas”
Enfim, sabermos as relações necessárias entre o PPP e o Regimento Escolar para que as escolas se transformem em espaços de construção de uma escola democrática não e o suficiente, além disso, é necessário que a democracia seja praticada e vivenciada por todos os segmentos que envolvem a educação.