quarta-feira, 30 de junho de 2010

Projetos de Aprendizagens

Apesar dos obstáculos enfrentados referente a problemas técnicos do laboratório e dificuldades com ambiente PBworks, acredito o que marcou uma inovação pedagógica, foi a proposta de desenvolver a arquitetura de Projeto de Aprendizagens utilizando ambiente da web. Pois, permitiu as crianças uma participação ativa à medida que oportunizou a escolha dos temas de seus interesses, o conhecimento e manuseio de uma nova ferramenta, as pesquisas em sites, por alguns grupos em busca de respostas as suas dúvidas e certezas ou ao pergunta investigativa. Enfim, proporcionou sentido às aprendizagens desenvolvendo a autonomia, que segundo Piaget, citado por Goldim (2000) “(...) é a capacidade de coordenação de diferentes perspectivas sociais com o pressuposto do respeito recíproco”, um processo de construção considerando o ponto de vista do outro. Tal situação suscita algumas reflexões: o professor deve considerar a bagagem de conhecimento que o aluno traz para a escola a fim de que ocorra ensino-aprendizagem; além disso, é necessário criar um ambiente de cooperação, ações de trocas de saberes. Os alunos elaboraram perguntas de situações que vivenciam em seus cotidianos como, por exemplo: Por que os adultos se separam? Por que todos os irmãos brigam? Por que existem as bebidas alcoólicas? Por que existe poluição? A energia elétrica? E certezas como: Que a poluição faz mal para o ser humano e o mundo ou dúvidas como: como foi inventada a energia elétrica? Entre outras, que podem ser constatadas no endereço: http://projetosdaturma.pbworks.com. Trago alguns depoimentos dos alunos após uma aula no laboratório: Maria Helena: “ Eu me senti alegríssima porque é a primeira vez que eu mecho na internet e achei um pouquinho complicado e legal ao mesmo tempo”; Victor: “Eu gostei porque a gente pesquisou sobre novas perguntas e sobre o PBWorsks”; Luan: “Eu me senti muito feliz hoje no laboratório de Informática porque nos aprendemos novas coisas legais, fazer um blog, mas eu fiquei triste quando nos fomos embora dali e voltamos para a sala de aula”. Ou seja, para que ocorra a aprendizagem, de acordo com estudos Piagetianos, deve haver a interação de todos, interação com meio, sujeito e objeto em estudo através de contatos com materiais e que possibilitem novas descobertas, criando conflitos e aguçando a curiosidade.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Origens do Povo Brasileiro


Na segunda-feira trabalhamos com o texto “Quem são os Brasileiros” de Ana Teberoky e observação da obra, retratando a temática social “Operários" (1933) Tarsila do Amaral. Para realizarmos atividade referente mosaico os alunos perguntaram aos seus pais sobre suas origens e muitos respondiam “Brasileiros”, além disso, alguns não trouxeram a questão respondida. Segundo Darcy Ribeiro, em sua obra “O Povo Brasileiro” (2000), citado por Petersen (...) para livrar-se da ninguemdade de não-índios, não-europeus e não-negros, que eles se vêem forçados a criar a sua própria identidade étnica: a brasileira (p.131). Também conforme as autoras há necessidade de se investigar as etnias daqueles que não se identificam com ninguém. Acredito o conjunto das atividades que proporcionaram a compreensão do termo etnia, bem como o reconhecimento de que nosso país é formado de mestiços e que a tela representava o povo brasileiro. Perguntei se a nossa turma se parecia com as pessoas da tela, a respondiam que achavam que sim, além disso, identificaram outras pessoas diferentes. Entretanto, poderíamos ter avançado fazendo comparações com fotos de trabalhadores da atualidade, por exemplo, “essa forma de articulação permite que se estabeleçam relações de semelhanças e diferenças, propiciando um trabalho mais significativo”. Assim mesmo a atividade chamou a atenção da turma, tanto que no dia seguinte, alguns alunos recortaram de outros livros a tela da artista e colaram no caderno abaixo do texto e disseram ter visto na internet a obra e outros trouxeram outra obra da mesma artista, 'A Família'-1925.
Referências:
PETERSEN, Ana Maria; BERGAMASCHI Maria Aparecida; DOS SANTOS, Simone Valdete. Semana indígena: Ações e reflexões interculturais na formação de professores.
Disponível: http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo6/etnico_raciais/semana_indigena.pdf
Acesso: 19/06/2010.
Acesso: 21/06/2010.

quarta-feira, 16 de junho de 2010


No planejamento que antecedeu a vista Cia engarrafadora – Liquigás, eu e os alunos estabelecemos uma discussão sobre o petróleo, recurso natural não renovável, produtos derivados, estados produtores, as principais bacias e os paises, além disso, os alunos fizeram a localização em mapas. Também, elaboramos um roteiro prévio cooperativo sobre o que iríamos observar contemplando alguns itens como: matéria prima utilizada; maior ou menor emprego de trabalho manual; etapas dos procedimentos empregados no engarrafamento até a distribuição; função das pessoas que trabalham na empresa ( operários e funcionários) e os tipos de atividade econômicas ( produção, distribuição e consumo). Enfim, com as informações e observações da visita à turma realizou duas atividades. A primeira foi referente à produção da escrita, visto que a melhor redação será publicada no site comercial da Cia, Liquinet. Essa atividade foi de grande retorno por parte dos alunos, pois toda a turma concluiu mesmos os que não puderam ir, eles utilizaram os dados que levantamos na motivação para a escrita. A outra, foi referente a elaboração um relatório ilustrado, observado o roteiro (setores visitados) o que facilitou para os alunos compreendessem a organização do espaço da Cia. Acredito que uma atividade influenciou a outra tornando as informações mais significativas para os alunos. Entretanto, a partir da visita é possível fazer uma pesquisa, por exemplo, sobre o petróleo brasileiro, em que contexto histórico se deu a criação da Petrobrás, quais os componentes do GLP, contemplando, assim, conhecimentos de história e ciências, ou seja, um estudo integral – ou grande estudo. Mas segundo Antunes, em se tratando dos primeiros anos do ensino fundamental, “verifica-se que os estudos parciais são de mais fácil realização e, muitas vezes, mais significativos e concretos para os alunos.” Mesmo assim se tivéssemos mais tempo poderíamos explorar melhor a visita com outras atividades, entretanto aceitamos a data que a empresa disponibilizou, visto ser um passeio sem custos para os alunos. As duas turmas da quarta série ganharam duas bolas oficiais e alguns materiais escolares.

Referência
ANTUNES, Aracy do Rego; MENANDRO, Heloisa Fesch; PAGANELLI, Tomoko Iyda. Estudos Sociais: Teoria e Prática. Rio de Janeiro, ACCESS, 1999.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Educação Ambiental

Acredito que necessitamos avançar e com urgência, quanto à disposição e preparação de professores referente à educação ambiental. Por um lado, na proposta de Diretrizes Curriculares para Educação Ambiental, por exemplo, as legislações que regulamentam não esclarecem como essa abordagem acontece na prática nas escolas, muito menos “prescrevem os princípios, diretrizes operacionais e pedagógicas para o seu trato transversal nos níveis e modalidades da educação”. Por outro lado, os PCNs que consideram a EA tema transversal refere uma abordagem interdisciplinar, mas para um efetivo resultado deveria contar com a participação de toda a comunidade escolar e atender seus anseios. Segundo a FURG, uma forma para se trabalhar a interdisciplinaridade seria através de projetos de educação ambiental unindo teoria e prática, mas nem sempre os professores das diferentes disciplinas se dispõem a esse proposito alegando vários motivos. Na instituição, na qual realizo meu estágio, iniciamos o Projeto “ Do Lixo à Preservação da Natureza” no dia 18/04, com uma peça de teatro e oficinas com sucatas contando com a participação de toda a comunidade. Hoje temos cestos de lixo de cores diferentes com adesivos, cartazes explicativos deixando claro qual é o recipiente para o lixo seco e orgânico. O mesmo ocorre em sala de aula, há duas lixeiras em cada ambiente. Também os funcionários fazem o recolhimento adequado em recipientes separados, evitando que após a separação tudo vá para o mesmo saco observado dias corretos de coletas. Realizamos uma visita a Cia engarrafadora – Liquigás onde os alunos, das duas turmas da quarta série, conheceram receberam informações e fizeram perguntas sobre os procedimentos referente a responsabilidade ambiental da Cia. Os alunos visitaram as instalações onde são separados os resíduos perigosos dos resíduos limpos que são enviados aos locais adequados, bem como sobre o aproveitamento das águas. Mas acredito que foram pequenas atitudes que colaboram, mas são insuficientes, bem como são insuficientes trabalhos em sala de aula que problematizem e levem o aluno a uma reflexão, tendo em vista a grave situação ambiental mundial. Além disso, convivemos com a formação precária, em algumas universidades, de profissionais e professores na correta abordagem do tema. Enfim, segundo o texto de Morin (2001) quanto o Relatório Delors (1998) citados por Adriana Piva, “têm a perspectiva de lançar as bases de uma educação internacionalizada, isto é, de um projeto que visa a criar parâmetros curriculares comuns a todos os sistemas de ensino nacionais, de modo a tornar possível o “advento de uma nova ética universal” (UNESCO 2002)”. Mas para que isso se torne realidade é preciso superar entraves políticos econômicos e sociais.
Referências:
PIVA, Adriana. A Difusão do Pensamento de Edgar Morin na Pesquisa em Educação Ambiental no Brasil. PPG Educação – FaE/UFMG – CNPq

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade
Diretoria de Educação para a Diversidade e Cidadania
Coordenação Geral de Educação Ambiental
Disponível: http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/ca_propresolcne.pdf Data de acesso: 08/06/2010.

Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient. ISSN 1517-1256, v. 22, janeiro a julho de 2009. Disponível em http://www.remea.furg.br/edicoes/vol22/art6v22.pdf Data de acesso: 09/10/2010.

quarta-feira, 2 de junho de 2010


Como os alunos já haviam pesquisado e trabalhado os conteúdos em sala de aula referente a água, além da elaboração dos cartazes e do folheto sobre as atitudes para economizar água, construíram as maquetes sobre um assunto específico, por exemplo: Tratamento da água, Ciclos da água, Propriedades da água, Quantidade de água existente no planeta, Estados físicos da água, Processos de tratamento da água etc. Os trabalhos ficarão expostos até o 5 de junho, dia mundial do meio ambiente. A Natani representou as porcentagens da quantidade (formas) da água no planeta, através de um gráfico circular, Maria Luíza com um gráfico de colunas, construídos com caixinhas, e o aluno João através de um mapa mundial com materiais em relevo localizando estas regiões que demonstram os locais e formas da água. Utilizaram garrafas PET, isopor e caixas de papelão entre outros materiais.
Os trabalhos ficaram muitos bons, também fiz a filmagem das explicações dos alunos de como acontece os procedimentos representados em suas maquetes, pois nessa semana eles farão isso para as outras turmas. No entanto, apesar do resultado positivo, o tema água poderia ser mais explorado como em centros de interresse que faz uso da interdisciplinaridade para o desenvolvimento global, por exemplo: A água e Eu - conteúdo conceitual – subtema: quem sou eu, pois conforme Nora Cecília Bocaccio Cinel - Especialista em Lingüística e em Supervisão de Sistemas Educacionais - os temas globais possibilitam aprendizagem em todas as áreas: cognitiva, afetiva, na área das habilidades e operações mentais. Essas áreas poderiam ser melhor trabalhadas, enfim por essas atividades desenvolvidas os alunos receberão notas como parte da avaliação trimestral em Ciencias e Estudos Sociais.


CINEL, Nora Cecília Bocaccio. Centros de Interesse: estratégia utiliza multidisciplinaridade para o desenvolvimento global. Revista do Professor, Porto Alegre, n. 78, ano 20, p. 32- 36, abr./jun. 2004.Arquivo .pdf (6,13 MB). Disponível em (https://www.ead.ufrgs.br/rooda/rooda.php) acesso 02/06/2010.