quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Teses

Acrescento complementação da atividade referente às “teses” e aos comentários.
Acredito que tese 7 tenha sido pensada sobre aprendizagem de crianças bem pequenas e da educação infantil, pois sabemos que crianças acima dos sete anos de idade já estão na fase que Piaget denomina de Período das operações concretas, onde já coordenam pontos de vistas dos outros e interiorizam as ações, claro que, embora consigam realizar operações mentalmente, estas se referem a “situações e objetos passiveis de serem manipuladas ou imaginadas de forma concreta". E nesta fase as crianças fazem muitas perguntas, inclusive dão sugestões e opiniões sobre determinados assuntos. Outra tese é referente ao pergunta norteadora e seu papel organizador – "determinar a questão norteadora, significa definir qual o caminho de pesquisa e investigação a seguir. Poder-se-ia criar um roteiro de reflexões para melhor refinar a linha de investigação nos PAs."
A pergunta norteadora deve partir das dúvidas, das curiosidades dos alunos, por esse motivo seria importante levantar questões sugeridas eles. Foi o que fizemos na realização de nossos projetos, a partir das aulas presenciais formamos os grupos e criamos os nomes. Partimos de perguntas de acordo com nossos anseios, curiosidades e necessidade ao encontro de respostas, e para tanto buscamos argumentação teórica nas disciplinas do semestre, (...) trata-se de defini-lo em relação às demandas que os alunos propõem. Nesse sentido, leva-se em conta uma organização curricular baseada nos interesses dos estudantes (Hernández e Sancho, 1989). Enfim, as teses foram um excelente meio para reflexão sobre os Pas.

domingo, 22 de novembro de 2009

Teses sobre PA

Na interdisciplina do Seminário Integrador realizamos a partir de “teses” ( afirmações) que foram elaboradas na atividade “preparando a atividade 5” uma tabela onde expressamos nossas posições sobre as afirmações selecionadas.
Para cada tese teríamos que optar por uma das posições: “Concordo”, “Discordo” ou “Não sei decidir”. Após a escolha deveríamos buscar elementos e argumentos para reforçar nossos posicionamentos.

Tese 2 - “Desenvolver um PA sozinho é interessante, pois assim podemos ir mais rápido e cumprir mais cedo a nossa atividade, evita brigas e desentendimentos”.
Discordo. Como seria possível estabelecer um clima de trocas de saberes onde um aprenda com o outro? A construção de PA individual não significa que poderemos ir mais rápido, ao contrário poderemos demorar mais, isso está diretamente relacionado ao envolvimento de cada um no projeto. Quanto à diversidade de pensamentos às vezes pode ocorrer algumas discordâncias, mas estas acabam sendo positivas à medida que vamos aceitando as colocações de nossos colegas, pois segundo Maturana, na Objetividade-entre-parênteses é a aceitação de que há muitas verdades dependendo de quem observa. Pessoas pensam e divergem muitas vezes sobre um mesmo tema ou de um mesmo filme, por exemplo, na elaboração de um de nossos PA houve algumas divergências como podem ser constatadas nas postagens do Fórum aberto Grupo 1 - POLÍTICAS EDUCACIONAIS. Na colaboração individualista nós construímos um PA em equipe.
Tese 7 -"O PA é uma proposta que não deve ser desenvolvida com crianças, pois estas têm dificuldades de perguntar e não têm estrutura cognitiva para entender a proposta".
Discordo. Segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo do sujeito passa por estágios, papel preponderante nesse aspecto é do meio social, que pode contribuir no avanço do processo, mas depende da experiência em que o indivíduo é submetido. E para que ocorra o desenvolvimento das estruturas cognitivas a ação exerce papel fundamental, mas ação essa, que parta das necessidades. Na teoria piagetiana a ação assimiladora busca promover uma necessidade de origem endógena, e “os novos elementos a serem assimilados constituem-se na novidade que obriga o sujeito a realizar acomodações das estruturas já existentes”. No período pré-operatório que vai de 2 aos 7 anos a linguagem está atrelado ao desenvolvimento da inteligência, por isso é importante respeitar as especificidades das idades ao desenvolver um PA com crianças, instituir como foi abordado no filme “Bruxa Onilda”, processos gerais como o lúdico, o afeto, a fantasia, a linguagem, o imaginário, ou seja, vincular a dimensão do conhecimento.

domingo, 15 de novembro de 2009

Temas Geradores

Na interdisciplina de Didática, realizamos uma reflexão sobre a importância do uso de temas geradores na prática pedagógica a partir de leituras acerca da observação de Paulo Freire em relação à alfabetização de adultos e a argumentação de Frei Betto frente a esta mesma situação.
Em muitas escolas ainda, convivemos com práticas baseadas em uma postura pedagógica firmada em uma epistemologia empirista, onde o professor é detentor da verdade, decidindo como e o que o aluno deve aprender.
Em um desenvolvimento de projeto com os alunos, geralmente encontramos professores que decidem o tema a partir daquilo que julgam ser interessantes para os mesmos. Encaminham o rumo da pesquisa e a forma como será abordado, ao passo que aos alunos cabe aceitarem as normas previamente estipuladas. Todavia, para se construir conhecimento, deve haver a interação de todos, interação com meio, sujeito e com o objeto em estudo através de contatos com materiais e questionamentos que nos possibilitem novas descobertas, criando conflitos e aguçando a curiosidade. É que temos aprendido na prática no desenvolvimento de nossos Projetos de Aprendizagem ao longo da caminha no PEAD. Conforme Paulo Freire, “o que se pretende investigar, realmente, não são os homens, como se fossem peças anatômicas, mas o seu pensamento-linguagem referido à realidade, os níveis de sua percepção desta realidade”.
Pessoas pensam e tem opiniões diferentes sobre um mesmo tema (assunto) o que enriquece uma atividade, ou seja, somente através do diálogo que se estabelece um clima de troca de experiências, e não da imposição de apenas um ponto de vista. Podemos inferir frente alfabetização de adultos, através da observação de Frei Beto, “o mundo desigual pode ser lido pela ótica do opressor ou pela ótica do oprimido. Resulta uma leitura tão diferente uma da outra como entre a visão de Ptolomeu, ao observar o sistema solar com os pés na Terra, e a de Copérnico, ao imaginar-se com os pés no Sol”. Mas, é preciso inaugurar “o diálogo da educação como prática da liberdade” proporcionar ao aluno que saía da passividade onde só recebe informações, para uma situação ativa em busca de respostas para suas inquietações, e para isso os temas geradores devem partir da vivência da realidade dos educandos.

domingo, 8 de novembro de 2009

O conhecimento histórico

Para contemplar uma reflexão sobre a proposta de trabalho de Jean Itard com o menino Victor foi sugerido pela interdisciplina da LIBRAS o filme “O menino Selvagem” e textos sobre a história de surdos. Para tanto, foi solicitado uma comparação de situações vivenciadas por Victor com situações da história dos surdos.
O médico Jean Itard, em 1800, utilizou um menino como objeto de investigação científica através da educação. Aparentando ser mudo e surdo, um garoto com idade aproximada entre 10 e 12 anos foi encontrado nas florestas de La Caune, Sul da França.
Como Victor, os surdos foram objetos de curiosidade da sociedade e vistos como sujeitos estranhos a ela, como acontecia na Idade Média. Além disso, consideraram o garoto como “anormal” ou “doente” como os surdos eram considerados pela sociedade. Na Idade Moderna, os mesmos foram submetidos a métodos como “Oralismo puro” criado pelo alemão Samuel Heinicke, assim como foi submetido o garoto Victor. Mas, apesar dos esforços do médico e professor em torno da linguagem oral e a alfabetização, como se observa no filme, o menino não conseguiu falar e a sua evolução não foi significativa provavelmente devido aos métodos inadequados utilizados para aprendizagem.
De acordo com as leituras, na educação de surdos, preponderam dois modelos o clínico e o sócio-antropológico. O modelo clínico enfatiza as práticas discursivas e os dispositivos pedagógicos da patologia e da deficiência, propondo terapias para o desenvolvimento da fala e a cura da surdez. O modelo sócio antropológico opõe-se ao modelo clínico e enfatiza a cultura surda, língua de sinas e a comunidade surda. Se comparado os dois modelos, conclui-se que foi o modelo clinico que Itard utilizou para a educação de Victor. Mas, segundo Skliar (1998, p. 9) são modelos diferentes, entretanto, (...) “mas que transitam, flutuam entre eles como, por exemplo, as significações lingüísticas, históricas, políticas e pedagógicas”.
Quanto as ações governamentais práticas relacionadas a educação inclusiva, ainda caminha em passos lentos, pois convivemos em muitas escolas públicas, com pouco ou quase nenhum material adequado as necessidades de alunos com necessidades educacionais, faltam professores com especialização adequada, capacitação do profissional do ensino regular para a integração desses educandos nas classes comuns. Mas alguns avanços estão sendo contemplados na prática referente à cultura surda como: o reconhecimento da Libras na legislação, criação de escolas bilíngües, cursos de formação de professores especializados.

domingo, 1 de novembro de 2009

Plano de Aula

Para contemplar a atividade proposta pela interdisciplina Linguagem e Educação referente a elaboração de uma primeira versão de um plano de aula para um dia letivo, para minha temática focalizada, optei pelo “Trabalho infantil”. Temos crianças que chegam atrasadas na escola, então procuro saber o motivo pelo atraso, algumas justificam alegando que antes de sair tiveram que dar banho no irmão mais novo e levar para escolinha, ou arrumar a casa e aquecer a refeição antes de sair.
Nível/ Etapa de Ensino: 3ª série, Ensino Fundamental.
Justificativa: Em nossa escola convivemos com uma realidade onde alguns alunos, ainda na infância, vivem ou têm responsabilidades de adultos cuidando se seus irmãos mais novos ou responsáveis pelas atividades domésticas enquanto os pais trabalham. Esse quadro às vezes implica na falta de tempo para os estudos ou desistência da escola.
Para contemplar o assunto escolhi o texto “Na escuridão miserável” de autoria do escritor Fernando Sabino. Segundo, BETOLILA; SOARES, 2007 (...) "Assim, para a inserção plena da criança no mundo da escrita, é fundamental que alfabetização e letramento sejam processos simultâneos e indissociáveis". É preciso utilizar temas que fazem parte da realidade dos alunos, além disso, utilizar jogos, exercícios sobre as diferentes linguagens e a sistematização na construção de novos conceitos para que ele venha a compeender para que serve a lingua escrita e se servir dela.
Objetivo:
- Levar o aluno a uma reflexão sobre o trabalho na infância.
- ativar o conhecimento prévio em torno do tipo de texto;
- identificar elementos da situação de produção;
- localizar informações no texto;
- analisar efeito da pontuação empregada;
- identificar recursos para reprodução da linguagem oral;
- reconhecer trecho descritivo.