domingo, 31 de maio de 2009

História da África – História e Cultura dos Afro-descendentes no Brasil

Para a realização da atividade envolvendo o tema História da África – História e Cultura dos Afro-descendentes no Brasil, realizei uma pesquisa com alunos negros estudantes de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental.
Todos os alunos negros, ao serem questionados “Como você se sente como aluno(a) negro(a) nesta escola?” responderam que se sentiam “normais”. Segundo Marilene Pare, as respostas estão relacionadas com o sentimento que eles têm de negritude ou consciência negra. Os entrevistados consideram que não há preconceito na escola, manifestando mecanismos de defesas como reação às situações de discriminação, mas uma aluna admite conviver com o preconceito em sala de aula, identificados através dos apelidos que uns colegas colocam em outros colegas. Duas das estrevistadas possuem uma baixa auto-estima e auto imagem distorcidos, resultado de sentimentos originários da discriminação. Segundo Pare, uma criança que possui auto-estima e auto imagem distorcidos, conseqüentemente ela será um adulto com problemas de identidade e de auto-valorização. Essa pequena amostra serve de referência para a necessidade de oportunizar em sala de aula ao aluno conhecer as dimensões da expressão afro-cultural da diáspora negra, no sentido de qualificar o ensino-aprendizagem do aluno afro-descendente.
Na atividade que realizei sobre Diversidade na Escola: mosaico étnico-racial com uma turma de quarta série, cedida pela professora da classe, no decorrer da atividade um aluno, no primeiro momento, omitiu a origem africana de seus familiares admitindo a origem portuguesa, mas após o trabalho em grupo onde cada um contou para os outros colegas sobre sua família, ouve a espontaneidade e esse aluno então, assumiu sua descendência também africana. Esse exercício me levou a refletir de como é importante abordar em sala de aula o tema etnia para incentivar os alunos a reconhecerem sua própria identidade ética.

domingo, 24 de maio de 2009

Clube do Imperador

Para a realização da atividade da interdisciplina Filosofia da Educação A – B assistimos ao filme Clube do Imperador e relacionamos com o texto de Platão: Defesa de Sócrates. Respondemos questões que me fizeram refletir, também sobre os métodos epistemológicos vivenciados em muitas escolas públicas. Um momento, no filme, onde ocorre um conflito moral é quando o professor Hundert altera a nota final do aluno Sedgewick em detrimento do colega merecedor da vaga, classificando-o em terceiro lugar para o concurso tradicional onde três concorrentes respondem perguntas referentes ao Império Romano, feitas pelo professor. A tentativa do professor de classificar o aluno em detrimento do colega merecedor da vaga demonstrou ser ineficaz ao longo do tempo, apresentando resultados negativos na conduta do professor e do aluno injustamente classificado. Para Sócrates o fundamental na conduta é ser justo, é o que podemos observar nessa passagem enquanto ele aguarda sua sentença, “depois de ser julgado volta à idéia de fazer o que pensa ser justo, mesmo que suas ações o levem à morte. Toma como exemplo Aquiles, que mesmo sabendo que seu ato iria levá-lo à morte, recusou-se a agir injustamente, vingando a morte de seu grande companheiro Pátroclo”. Para um filósofo as conseqüências das ações é o mais importante. Em muitas escolas ainda, convivemos com práticas baseadas em uma postura pedagógica firmada em uma epistemologia empirista, onde o professor é detentor da verdade, decidindo como e o que o aluno deve aprender, mas ações como do professor Hundert assim como de muitos professores que impõem sua vontade, que não consideram os princípios morais, acaba não produzindo resultados positivos, pois, foi o aluno desclassificado indevidamente, que tira do episódio lições para sua vida, tendo demonstrado à medida que entrega seu filho para ser educado pelo antigo mestre.

domingo, 17 de maio de 2009

Método Clínico

Em aula anterior da disciplina desenvolvimento e aprendizagem Sob o enfoque da psicologia II, exploramos as características dos estádios do desenvolvimento da inteligência proposto por Piaget: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.
A idade de uma pessoa não é critério suficiente para sabermos em que período do desenvolvimento intelectual uma criança se encontra, pois segundo Piaget, depende da experiência anterior em que o indivíduo for submetido, papel preponderante nesse aspecto é do meio social, que pode contribuir no avanço do processo ou retrocesso ou mesmo impedir o avanço na ordem de seqüência que é vivenciado por todos os indivíduos. Na aula seguinte, os conceitos de aprendizagem, desenvolvimento e estádios a partir da utilização da metodologia desenvolvida por Piaget, conhecida como método clínico piagetiano. Foi proposto que em grupo, aplicássemos uma das provas sugeridas:
Conservação da substância - Sólidos Descontínuos - Contas, Conservação da substância – Sólidos Contínuos - Massinha ou Conservação da substância – Líquido Contínuo. Optamos pelo Conservação da substância.
Quanto às intervenções, utilizamos algumas estratégias, como: utilização de meios que estimulassem o aluno como, por exemplo, um bombom, uma pergunta incentivadora no início do experimento, bem como utilização de palavras para facilitar a compreensão da pergunta pela criança, quando percebido a dificuldade de interpretação da mesma em relação à primeira pergunta sugerida no teste. Através do teste constatamos que o aluno está em um estádio transitório do pré-operatório para o operatório concreto, pois a criança evidenciou impressões de dúvidas em seus argumentos utilizando muitas respostas com palavras como “estou imaginando” e não sei.,uma classificação mental de quantidade de líquido no recipiente.

domingo, 10 de maio de 2009

Aprendizagem

Na interdisciplina Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia ll, foi solicitado que desenvolvêssemos uma atividade que evidenciasse nossas aprendizagens. Então optei por descrever como foi ocorreu o aprendizado na elaboração do Projeto sobre Ervas Medicinais que vivenciei como estudante da UFRGS / PEAD quinto semestre 2008/2. Na interdisciplina Seminário Integrador, foi proposto que, em grupos, desenvolvêssemos um projeto de aprendizagem, então partimos de perguntas de acordo com nossos anseios, curiosidades e necessidade em busca de respostas que elaboramos na aula presencial. O modo como foi desenvolvido favoreceu o estabelecimento de um modelo pedagógico baseado em uma epistemologia relacional, pois partimos de questionamentos iniciais, interação entre os membros do grupo estimulando a competência do saber trabalhar coletivamente.
Procurei ouvir os colegas, aceitar opiniões e sugerir argumentos teóricos apreendidos durante o semestre para dar sustentação a nossa proposta de implementação nas escolas onde trabalhamos. Sugeri ao grupo algumas argumentações, por exemplo: do ponto de vista de currículo, é uma experiência de conhecimento, uma forma de o aluno perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente. Uma alternativa complementar de avaliação dos alunos que se engajarem no projeto, pois é possível assumir posições com regras mais inovadoras, que considere e equipare as formas de avaliação compatíveis com o percurso dos alunos. Para tanto, dispomos da flexibilidade prevista na LDB (Art.24; III) que prevê a progressão parcial nas instituições que adotam a progressão regular por série, o Conselho Estadual de Educação do Rio Grande do Sul (CEED/RS), através de parecer, destaca a progressão continuada como uma possibilidade oferecida ao aluno “[...] com determinadas dificuldades de aprendizagem detectadas pelo professor ao longo do processo [...]”. Também respondi duvidas como: - Teremos uma área, espaço externo da escola, disponível e produtiva para desenvolvermos o projeto? - Como será feita a manutenção das ervas medicinais e da horta no período de férias? Enfim, este projeto proporcionou o desenvolvimento de ações que acrescentaram novos conhecimentos, pois para que ocorra aprendizagem é necessário que aja acréscimos aos conhecimentos já existentes através de construções feitas pelo canal da ação assimiladora e acomodadora, ou seja, segundo Becker “é síntese do que existia, antes, como sujeito - originariamente, da bagagem hereditária - e do conteúdo que é assimilado do meio social.

domingo, 3 de maio de 2009

Incusão Social

Na interdisciplina de Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais -B estamos elaborando um Dossiê de Inclusão e através das leituras vamos adquirindo informações importantes sobre o assunto.

No Brasil as mudanças mais significativas têm avançado em lei com a garantia dos direitos básicos que propiciem o bem estar pessoal, social e econômico das pessoas portadores de deficiência, mas as ações governamentais práticas, ainda estão longe de se efetivarem. Precisamos de informação e formação para que a educação inclusiva se torne realidade.

Na escola em que trabalho, algumas mudanças relativas à forma de avaliação estão partindo de iniciativas da equipe diretiva, por exemplo, quanto à situação de um aluno com Expectro de Autismo com 15 anos de idade. A partir de agora a avaliação será verbalmente, método que será adotado por todos os professores de todas as disciplinas, pois esse aluno está repetindo a quinta-série.
No momento os alunos com necessidades educacionais especiais contam o auxilio da orientadora educacional, pois a psicopedagoga que atendia na Sala de Recursos, vai se aposentar. As mudanças estão ocorrendo na prática, mas é preciso que as mesmas sejam contempladas no Projeto Político Pedagógico da escola com itens específicos referente a inclusão de alunos com deficiências de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, como garante a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394/96, “ no artigo 59, preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades”.