domingo, 28 de novembro de 2010

Concluíndo o TCC

Entrando na etapa final de conclusão do TCC, percebo o quanto foi importante desenvolver esta pesquisa envolvendo os jogos on-line ao aprendizado matemático. Para mim foi uma experiência gratificante onde aprendi com os alunos, com o referencial teórico e servirá de base para aperfeiçoar minha prática nesse campo que ainda é pouco explorado como suporte pedagógico em nossas escolas.
Quando se utilizada a pesquisa qualitativa e a observação participante como estratégia metodológica associada a registros escritos, é preciso ter o cuidado para tomar nota de todos os aspectos, às vezes um aspecto que não nos parece relevante em um determinado momento em outros são. É preciso ficar atento, além disso, não se pode expressar de qualquer maneira é preciso que o leitor entenda a mensagem que estamos querendo passar, trago uma passagem de dos resultados:
Os alunos que possuem computador em casa ou freqüentam lan houses solicitaram os endereços dos jogos. O aluno B. declarou que sua mãe abre o jogo Britains Best Brain para seu irmão mais novo jogar em casa. Este aluno, em uma de nossas aulas sobre os cálculos aproximados que podemos realizar em diversas situações cotidianas, citou um exemplo para a turma: relatou os três presentes que recebera no dia das crianças para o grupo sugerir valores hipotéticos para os itens. No final, o aluno B. respondeu o valor aproximado do total em reais. Essa situação abriu espaço para que outros colegas também criassem simulações de compras. Por exemplo, o aluno N. sugeriu produtos comprados no Camelódromo ( lugar que freqüenta com a mãe) o aluno M. no Shopping ,citou três itens: um boné, tênis e camiseta atribui valores que foram contestados pelos colegas que alegaram preços insignificantes para produtos vendidos em lojas neste tipo de estabelecimento, inclusive um colega disse: “ tu não vai conseguir comprar tênis por esse preço em nenhuma loja”. E aluno M. concordou aceitando novos valores (alguns sugeridos pelos colegas) para os itens.
Na primeira versão de meu TCC não expliquei esses detalhes. Nesta descrição os alunos estão demonstrando seu avanço na autonomia, ouvindo o colega reformulando seu ponto de vista.

domingo, 14 de novembro de 2010

Eixo IX

Eixo IX - Trabalho de Conclusão de Curso – EA
Estou muito feliz com os resultados que obtivemos com experiência: Jogos Computacionais como elementos facilitadores do aprendizado matemático.
Foram vários aprendizados, percebi que pude aprofundar meu conhecimento teórico (pois alguns não foram bem explorados anteriormente) não só na área da matemática, mas em outros assuntos como ludicidade, jogos, informática na educação, erro construtivo, que é um momento importante no processo de construção do conhecimento, segundo Morin (2003), constatamos que a vida comporta números processos de detecção do erro, e o extraordinário é que a vida também comporta processos de utilização do erro, não só para corrigi-los, mas também para favorecer o surgimento da diversidade e da possibilidade de evolução. Além disso, conforme o desenvolvimento e a necessidade de referencial teórico para sustentar meu posicionamento e dados coletados nas sessões, realizei novas leituras de artigos, pesquisas na área do aprendizado matemático.
Muito do que aprendi na teoria procurei realizar na prática e percebi que apresentaram resultados gratificantes. É preciso deixar os alunos exercitarem a autoria, possibilitar as crianças situações que busquem estratégias para solução de problemas. Em nossa última sessão experimental levei uma caixa de bombons, como não havia a descrição de quantos bombons continham na embalagem, perguntei: como vamos dividir esses doces e como saberemos a quantidade presente na embalagem? N. e C tomaram a iniciativa de iniciar a divisão entre os setes presentes distribuindo dois bombons para cada um, chegaram a conclusão de que havia 15 unidades e que a conta não foi exata, pois sobrou resto, ou seja, um bombom.
Em suma, a melhor maneira para ajudar os alunos, a fim de uma compreensão de número, das operações e de suas interpretações e significados é possibilitando meios e recursos para que eles pensem, troque idéias, discutam, façam descobertas. Logo, o aluno ao refletir sobre as operações, entender conceitos, perceber seus significados compreenderá a melhor maneira de utilizar em situações de sua vida.

domingo, 7 de novembro de 2010

Eixo VIII
Nos referencias teóricos disponíveis no Pbworks de Estágio, na interdisciplina Seminário Integrado VIII: Docência de 0 - 6 anos percebo agora que não explorei o material como deveria quando da época do estágio obrigatório. Encontrei material com atividades de matemática que estou utilizando com a pesquisa para o TCC.
Fez parte da metodologia a observação do desenvolvimento de certas habilidades através de atividades que contemplaram conceitos matemáticos como: contar e fazer cálculos matemáticos por meio de situações-problema; reconhecimento e resolução de questões relacionadas a circunstâncias dos cotidianos dos alunos, como por exemplo:
O álbum completo terá 60 figurinhas. Já possuo 43. Quantas faltam?
Cada maçã custa 35 centavos. Quanto pagarei por seis maçãs?

Nestas questões que envolviam a propriedade distributiva, houve um pouco de demora, então sugerimos que os tivessem dúvidas que desenhassem as maçãs com seu respectivo preço de venda, que pensassem nos momentos em que realizavam as compras como à senhora do supermercado no jogo on-line. E falamos a eles: o cálculo serve para que vocês saibam quanto vão gastar, e o aluno R. complementou a explicação “e para saber se estamos recebendo o troco direito quando a gente vai comprar alguma coisa no mercado”. Neste contexto os PCNs vêm contribuir

Por meio dos jogos as crianças não apenas vivenciam situações que se repetem, mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia (jogos simbólicos): os significados das coisas passam a ser imaginados por elas. Ao criarem essas analogias, tornam-se produtoras de linguagens, criadoras de convenções, capacitando-se para se submeterem a regras e dar explicações. (MEC, 1997 a, p. 19)
Então, buscaram a resolução das questões onde o produto 0,35 x 6 foi substituído pela soma dos produtos e o produto 5 x 1,7 foi desmembrado em somas, onde cada um resolveu a sua maneira, somando em parcelas e depois os totais, mas chegando as respostas corretas.

domingo, 31 de outubro de 2010

Eixo Vll

A interdisciplina Didática, Planejamento e Avaliação me reportou aos planejamentos das aulas do estágio obrigatório. Percebo que em alguns planejamentos deixei a desejar talvez porque tenha falhado, em certos momentos, na observação prudente que segundo Rodrigues, ao se planejar deve-se aliar o "para quê" ao "como", através da qual a observação criteriosa e investigativa torna-se, também, elemento indissociável do processo. Estas aprendizagens tem me valido para a realização da experimentação dos jogos computacionais aliados ao aprendizado matemático. A observação participante foi a estratégia metodologica predominante associada a registros escritos e fotográficos. Nesta pesquisa procurei me ater nos itens necessários para um bom planejamento o que tem contribuído para o alcance dos objetivos, como por exemplo: antes de iniciarmos essa experiência com os jogos, os alunos demonstravam dificuldade em resolver problemas e compreensão dos conceitos de adição, subtração, multiplicação e divisão, pensavam logo no tipo de conta que deveriam armar para chegarem ao resultado o que implicava, muitas vezes, em respostas equivocadas. Hoje conseguem, e resolvem questões através de estratégias que não utilizavam anteriormente, como, por exemplo, as que os egípcios utilizavam para chegarem ao resultado de uma multiplicação, ou seja, a soma de parcelas. Além disso, alguns alunos conseguem auxiliar o outro colega sem dar as respostas.

domingo, 24 de outubro de 2010

No intuito de evidenciar minha evolução, busquei na interdisplina Educação de Pessoas com necessidades Especiais no Eixo VI aprendizagens significativas.
O meu estudo de caso foi referente ao Expetro de Autismo. Através da pesquisa conheci os conflitantes pontos de vista presentes numa situação social, ou seja, a escola. A inclusão de pessoas portadoras de Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) é vista como um grande desafio, em virtude das características que apresentam como: “dificuldade de interação social, na linguagem e a busca de regularidade”. Estes são alguns dos motivos pelos quais a discussão relativa ao universo escolar esteja sendo colocada em segundo plano. Não raro, se tem a idéia de que crianças com tais diagnósticos são introspectivos, o que não corresponde totalmente à realidade. Em relação a isso, através do aporte teórico, enquanto observava as atitudes e reações de Emílio (nome fictício de meu estudo de caso), pude perceber que nem todos os autistas mostram aversão ao toque ou isolamento. E que a partir desse estudo, houve uma aproximação com esse menino, onde desenvolvemos um grande laço fraterno e de afetividade, o que antes passava despercebido.

sábado, 16 de outubro de 2010

Na volta aos eixos, busquei nas Interdisciplinas Psicologia da Vida Adulta e Seminário Integrador minha evolução nas aprendizagens. Visitando o primeiro Projeto Temático que desenvolvemos em grupo no período de 03/10/a 18/11/2008 com o Tema Estatuto do Idoso, percebo que poderia ter colaborado mais com as colegas do grupo principalmente nas primeiras etapas como justificativa e objetivos. Averiguei que não participei do fórum de discussão, além disso, enfrentei dificuldades operacionais com o servidor PBworks, por exemplo, não sabia editar no side Bar, dificuldade de acesso, não compreendia os procedimentos autorização para logar. Mas por outro lado, com as propostas dos Projetos de Aprendizagens da interdisciplina do Seminário Integrador desenvolvidos neste ambiente fui gradativamente superando estas dificuldades e compreendendo a propostas dos PAs, pois o aluno “precisa aprender a entregar-se com alegria à aventura de soltar a imaginação e a inteligência para criar e construir o novo, sempre disposto a reconstruir, na medida em que entende a relatividade do produzido” (MAGDALENA e COSTA, pg. 93, 2003), a partir de então, minha participação foi de cooperação com o grupo. ( os respectivos trabalhos constam na Lista de Links do Blog).
Afinal, aprendizados que serviram de subsídios para que no estágio possibilitassem a criação de Projeto de Aprendizagem explorando o ambiente Pbworks. Essa proposta com os alunos permitiu a participação ativa em vários momentos à medida que oportunizou a escolha dos temas de seus interesses, o conhecimento e o manuseio de uma nova ferramenta, as pesquisas em sites por alguns grupos para encontrarem respostas as suas dúvidas e certezas, ou mesmo pesquisas relacionadas à pergunta investigativa de seus projetos.
Revisitando os Projetos de Aprendizagem, em tempos de web 2.0
Iris Elisabeth Tempel Costa1 e Beatriz Corso Magdalena1
Faculdade de Educação/PEAD - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Porto Alegre – RS – Brasil.

sábado, 9 de outubro de 2010

Na volta ao eixo na Interdisciplina Representação do Mundo pela Matemática – Eixo IV percebi que faltou aprofundamento nas leituras, nos conteúdos, não só por dispor de pouco tempo, mas também pelo receio da matéria como bem expressa Pedro Demo, “é comum encontrar entre as "normalistas" e pedagogos certo distanciamento, por vezes desgosto, com a matemática”. Hoje estou explorando o material e vejo o quanto é rico, um suporte importante do referencial teórico para o desenvolvimento de meu TCC.

Apesar de considerar que dar aulas de matemática não é tarefa fácil, pois é preciso trabalhar a quebra na ordem sequencial do ensino de matemática, os estigmas que muitos alunos trazem para séries seguintes de que a matéria é muito difícil e somente alguns privilegiados conseguem aprender; o professor deve atuar como um mediador, criando um ambiente que possibilite a procura e descoberta, a segurança para que o aluno levante suas hipóteses, conceitos espontâneos e venha testá-las e não tenha receio em errar, pois com o erro também se aprende. Nesse sentido é preciso policiamento, pois estamos acostumados a dar as respostas e ignorar os erros. Enfim, criar possibilidades para o desenvolvimento integral capacitando-o a selecionar, entre as informações que recebe as que serão úteis a sua vida. Planejar com intencionalidade, selecionar materiais adequados de acordo com os objetivos que se pretende alcançar e estar em constante aperfeiçoamento profissional. Tenho uma aluna em minhas aulas de reforço que até momento vinha tirando notas baixas nesta matéria (finalmente conseguiu apresentar boas notas), além disso, me confidenciou no inicio das aulas, que nunca iria superar suas dificuldades de compreender a matéria. Então, lhe disse que superaria sim as dificuldades e que pensasse positivamente, pois a matemática não é só números, como falou uma outra aluna desta turma quando estávamos trabalhando um texto que tratava das origens dos números. A matemática faz parte de nossas vidas, está presente em nosso dia a dia, neste sentido que procuro trabalhar os conteúdos nestas aulas. Possibilitando aos alunos que reconheça nos objetos que estão ao seu redor, no caminho da escola, em um passeio a presença da matemática. E por fim, no início do curso não imaginaria que abordaria a matemática como tema para nortear meu TCC.

domingo, 26 de setembro de 2010

Informática na Educação

No intuito de relatar minha evolução no EAD, busquei no eixo- I aprendizagens referentes ao uso do computador na educação nas Interdisciplinas Seminário Integrador, Escola, Cultura e Sociedade - Abordagem Sociocultural e Antropológica, Educação e Tecnologias da Informação e da Comunicação. A dinâmica estabelecida entre os conteúdos das interdisciplinas proporcionou um melhor entendimento das possibilidades de exploração do computador como ferramenta importante não só na educação, mas também para o cotidiano. Ao iniciar o curso, só utilizava o computador para fazer pesquisa na internet, estes aprendizados iniciais formaram a base para que eu pudesse ao longo dos estudos ir conhecendo outras possibilidades como de autoria e publicação na web . Nestas aulas, aprendi a fazer e a conhecer o potencial de utilização blogs e a interagir com os colegas através dos ambientes de aprendizagens propostos pelo curso. Adquiri o hábito diário de utilizar essa ferramenta, seja para realizar as atividades (ler, produzir textos) ou utilizar meios de comunicação como: MNS, E-mail e Skype, para contatos com a comunidade estudantil ou com meus familiares que residem em outros estados do país.

Trago um recorte de uma postagem que realizei na interdiscplina ESC2 - Comentários de visitas aos blogs em 2006:
http://vamosblogarbr.blogspot.com/ Em visita a este blog observei que o conhecimento é compartilhado sobre tecnologias educacionais informatizadas, blog colaborativo para divulgação e reflexões, projetos que incluem e estimulam o uso da tecnologia na educação. Também, possui endereços de sites educacionais, bem como projetos como o Zaptlogs Interdisciplinar, além de outros blogs propiciando um ambiente para a aprendizagem cooperativa.

Segundo a Teoria da atividade Verbal [Koch, 2004], “possibilita o embasamento de atividades escolares que prevililegiem o uso do computador, fundamentadas vias interações sociais, contribuindo para o processo de desenvolvimento lingüístico e cognitivo. E, por considerar-se a escrita e a leitura como formas de desenvolvimento da linguagem, nas diferentes instâncias do processo educacional, o uso dos blogs na educação, mediada dos professores, adultos mais experientes, podem contribuir para o acesso aos bens culturais preconizados por Vygotsk”.

Aprendizados importantes, pois na ocasião de meu estágio, na realização dos projetos de aprendizagens dos alunos desenvolvidos no Laboratório de informática, utilizamos o ambiente da web, PBworks para o desenvolvimento dos trabalhos em grupos e virtude de alguns obstáculos, principalmente referentes a problemas técnicos do laboratório e dificuldades de acesso aos PBworks, a alternativas foi passar as instruções para dois grupos criarem blogs. Os PAs dos alunos com a utilização dos blogs estão no end: http://projetosdaturma.pbworks.com/.

domingo, 19 de setembro de 2010

Jogo e o Lúdico

O referencial teórico a seguir está disponível na interdisciplina Ludicidade e Educação - Eixo III. Para nortear o TCC a questão de investigação trata de como os jogos computacionais podem ser empregados como elementos facilitadores do aprendizado matemático. Além de estimular o raciocínio lógico, os jogos abrem possibilidades para o lúdico tornando o aprendizado mais prazeroso e interessante para os alunos.
Nesse contexto Neusa Sá (apud Freinet, pg.304) vem reforçar com o conceito de dimensão lúdica que os jogos podem assumir

(...) um estado de bem-estar que é a exacerbação de nossa necessidade de viver, de subir e de perdurar ao longo do tempo. Atinge a zona superior do nosso ser e só pode ser comparada à impressão que temos por uns instantes de participar de uma ordem superior cuja potência sobre-humana nos ilumina.

Os jogos simulam situações que fazem parte da vida dos seres humanos. Contemplam regras e estratégias e favorecem a ousadia. Além disso, as crianças podem aprender com os erros, em nossa existência, também não seremos eternos vencedores, em muitas situações teremos que saber lidar com a derrota, mas ao mesmo tempo, pode ser uma forma prazerosa de aprender os conteúdos desde que sejam planejados pelos educadores com esse intuito.

SÁ, NEUSA M.C. O lúdico na ciranda da vida adulta. São Leopoldo-RS, 2004. Dissertação de mestrado, Programa de pós graduação em educação, Unisinos. Disponível em ( http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo3/ludicidade/neusa/conc_de_jogo.html)Acesso: 19 set. 2010.

domingo, 12 de setembro de 2010

Transmissão do Conhecimento Matemático

A transmissão do conhecimento matemático, bem como em outras áreas, muitas vezes, estão firmadas em uma epistemologia empirista ou apriorista. Práticas onde o professor é detentor da verdade, decidindo como e o que o aluno deve aprender, ou seja, “o sujeito é entendido como um recipiente vazio a ser preenchido pelo objeto” nesta perspetiva necessita ser guiado, se refere à teoria que (Becker, 2001) chamou de Pedagogia Diretiva – aprendizagem centrada no papel do professor.
No entanto, a imposição de apenas um ponto de vista pode resultar em situações discriminatória, em virtude de que os conteúdos passam a não interessar ao aluno, pois a escola já não o atrai, e em conseqüência perde o interresse e pode vir a desistir dos estudos aumentando os dados estatísticos dos que abandonam a escola. Nesse sentido Piaget vem contribuir afirmando
uma escola ativa não é necessariamente uma escola de trabalhos manuais [...] A atividade mais autêntica de pesquisa pode manifestar-se no plano da reflexão, da abstração mais avançada e de manipulações verbais, posto que sejam espontâneas e não impostas com o risco de permanecerem parcialmente incompreendidas (1976, p.74).

Interdisciplina: Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia – Eixo II
Estudo da Epistemologia Genética de Jean Piaget.
Epistemologia Genética
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/material_mec/eixo2/psicologiai/pead-psico/epistemologia-genetica/c10.htm ( Acesso: 12 set. 2010)

domingo, 5 de setembro de 2010

O referencial teórico que trago para articulação com o tema do TCC consta no Índice dos textos da Interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade - uma abordagem sociocultural e antropológica, disponíveis online:
BRASIL, Ministério da Educação. PCNs para o ensino fundamental
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO
Secretaria do Ensino Fundamental - SEF
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

1. Matemática no ensino fundamental
1.1. Considerações preliminares
“A Matemática é componente importante na construção da cidadania, na medida em que a sociedade se utiliza, cada vez mais, de conhecimentos científicos e recursos tecnológicos, dos quais os cidadãos devem se apropriar.” (parágrafo 2, pág. 6)

“A aprendizagem em Matemática está ligada à compreensão, isto é, à apreensão do significado; apreender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe vê-lo em suas relações com outros objetos e acontecimentos. Assim, o tratamento dos conteúdos em compartimentos estanques e numa rígida sucessão linear deve dar lugar a uma abordagem em que as conexões sejam favorecidas e destacadas.“ ( parágrafo 6, pág. 6 )

Ainda convivemos com práticas descontextualizadas da realidade dos alunos com exposição de conteúdos em sala de aula o que leva, muitas vezes, ao desinteresse ou a negatividade, ou seja, o sujeito tem dificuldade em compreender o que estuda e relacionar a matemática a sua vida. Além disso, o laboratório de informática que poderia servir de um grande aliado das inovações das práticas pedagógicas, em muitas escolas, continua sendo pouco explorado. Por outro lado, para auxiliar na mudança desse quadro é possível, por exemplo, explorar jogos computacionais, pois o acesso às novas tecnologias é uma realidade que vem crescendo. No entanto, para isso, o professor deve planejar suas aulas com intencionalidade utilizando os jogos como um recurso didático, ou seja, como ferramenta criando situações em que os alunos possam ser desafiados e o professor atuando como mediador, auxiliando-os. Enfim, além de estimular o raciocínio lógico, os jogos abrem espaço para o lúdico tornando o aprendizado mais prazeroso para os alunos.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Tema norteador do TCC

A proposta inicial que sugeri de investigação para o Trabalho de Conclusão de Curso, estava voltada para a reflexão relacionada à revisão de conteúdos de matemática na semana que antecedera à avaliação trimestral em cumprimentos a normas avaliativas da escola, bem como de observações no ambiente escolar na utilização do laboratório de informática.
Na revisão do conteúdo das etapas da divisão em contas armadas, organizamos grupos em que os colegas com maiores dificuldades seriam auxiliados por outros que já demonstram maior domínio. No entanto, constatei que os alunos estão acostumados com exercícios que contemplam soluções que foram previamente ensinadas, tanto que um colega quando auxilia o outro, pratica a mesma ação fornecendo as respostas. Enfim, é preciso contemplar situações em que os alunos possam ser desafiados, que cometam equívocos. Segundo as operações de pensamento formuladas por Raths (1977), “[...] planejamento está fundamentado em objetivos que buscam ultrapassar a simples memorização, voltando-se para a mobilização de diferentes operações de pensamento”. Tanto que, após a avaliação, iremos trabalhar com desafios de lógica entre outros exercícios, nos quais as crianças possam estabelecer comparações e desenvolverem estratégias para soluções de problemas envolvendo situações de seus cotidianos, aprendizagens da Interdisciplina Representação do Mundo pela Matemática.
Por um lado, acreditava que teríamos disponibilidade para trabalharmos conteúdos envolvendo a área de matemática no laboratório, mas os momentos destinados à utilização do ambiente foram em torno de 45 minutos semanais sendo aproveitados para os Projetos de Aprendizagens dos alunos. Além disso, das 10 semanas, três não utilizamos em virtude dos problemas técnicos.
Outro aspecto a ressaltar é referente à forma de como os professores dos primeiros anos do ensino fundamental estão explorando esse espaço. Observei durante o estágio que alguns alunos, de outras turmas, utilizavam o computador para jogos e acesso a internet, mas fiquei me perguntando: são atividades planejadas com intuito pedagógico? Enfim, a pergunta inicial que havia proposto ficou abrangente. E de acordo com as orientações que recebemos em aula presencial é necessário escolher e delimitar o tema, em virtude disso, ainda não defini a pergunta para nortear o TCC o que está me deixando apreensiva, mas estou tentando elaborar com base nesses relatos.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Projetos de Aprendizagens

Apesar dos obstáculos enfrentados referente a problemas técnicos do laboratório e dificuldades com ambiente PBworks, acredito o que marcou uma inovação pedagógica, foi a proposta de desenvolver a arquitetura de Projeto de Aprendizagens utilizando ambiente da web. Pois, permitiu as crianças uma participação ativa à medida que oportunizou a escolha dos temas de seus interesses, o conhecimento e manuseio de uma nova ferramenta, as pesquisas em sites, por alguns grupos em busca de respostas as suas dúvidas e certezas ou ao pergunta investigativa. Enfim, proporcionou sentido às aprendizagens desenvolvendo a autonomia, que segundo Piaget, citado por Goldim (2000) “(...) é a capacidade de coordenação de diferentes perspectivas sociais com o pressuposto do respeito recíproco”, um processo de construção considerando o ponto de vista do outro. Tal situação suscita algumas reflexões: o professor deve considerar a bagagem de conhecimento que o aluno traz para a escola a fim de que ocorra ensino-aprendizagem; além disso, é necessário criar um ambiente de cooperação, ações de trocas de saberes. Os alunos elaboraram perguntas de situações que vivenciam em seus cotidianos como, por exemplo: Por que os adultos se separam? Por que todos os irmãos brigam? Por que existem as bebidas alcoólicas? Por que existe poluição? A energia elétrica? E certezas como: Que a poluição faz mal para o ser humano e o mundo ou dúvidas como: como foi inventada a energia elétrica? Entre outras, que podem ser constatadas no endereço: http://projetosdaturma.pbworks.com. Trago alguns depoimentos dos alunos após uma aula no laboratório: Maria Helena: “ Eu me senti alegríssima porque é a primeira vez que eu mecho na internet e achei um pouquinho complicado e legal ao mesmo tempo”; Victor: “Eu gostei porque a gente pesquisou sobre novas perguntas e sobre o PBWorsks”; Luan: “Eu me senti muito feliz hoje no laboratório de Informática porque nos aprendemos novas coisas legais, fazer um blog, mas eu fiquei triste quando nos fomos embora dali e voltamos para a sala de aula”. Ou seja, para que ocorra a aprendizagem, de acordo com estudos Piagetianos, deve haver a interação de todos, interação com meio, sujeito e objeto em estudo através de contatos com materiais e que possibilitem novas descobertas, criando conflitos e aguçando a curiosidade.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Origens do Povo Brasileiro


Na segunda-feira trabalhamos com o texto “Quem são os Brasileiros” de Ana Teberoky e observação da obra, retratando a temática social “Operários" (1933) Tarsila do Amaral. Para realizarmos atividade referente mosaico os alunos perguntaram aos seus pais sobre suas origens e muitos respondiam “Brasileiros”, além disso, alguns não trouxeram a questão respondida. Segundo Darcy Ribeiro, em sua obra “O Povo Brasileiro” (2000), citado por Petersen (...) para livrar-se da ninguemdade de não-índios, não-europeus e não-negros, que eles se vêem forçados a criar a sua própria identidade étnica: a brasileira (p.131). Também conforme as autoras há necessidade de se investigar as etnias daqueles que não se identificam com ninguém. Acredito o conjunto das atividades que proporcionaram a compreensão do termo etnia, bem como o reconhecimento de que nosso país é formado de mestiços e que a tela representava o povo brasileiro. Perguntei se a nossa turma se parecia com as pessoas da tela, a respondiam que achavam que sim, além disso, identificaram outras pessoas diferentes. Entretanto, poderíamos ter avançado fazendo comparações com fotos de trabalhadores da atualidade, por exemplo, “essa forma de articulação permite que se estabeleçam relações de semelhanças e diferenças, propiciando um trabalho mais significativo”. Assim mesmo a atividade chamou a atenção da turma, tanto que no dia seguinte, alguns alunos recortaram de outros livros a tela da artista e colaram no caderno abaixo do texto e disseram ter visto na internet a obra e outros trouxeram outra obra da mesma artista, 'A Família'-1925.
Referências:
PETERSEN, Ana Maria; BERGAMASCHI Maria Aparecida; DOS SANTOS, Simone Valdete. Semana indígena: Ações e reflexões interculturais na formação de professores.
Disponível: http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo6/etnico_raciais/semana_indigena.pdf
Acesso: 19/06/2010.
Acesso: 21/06/2010.

quarta-feira, 16 de junho de 2010


No planejamento que antecedeu a vista Cia engarrafadora – Liquigás, eu e os alunos estabelecemos uma discussão sobre o petróleo, recurso natural não renovável, produtos derivados, estados produtores, as principais bacias e os paises, além disso, os alunos fizeram a localização em mapas. Também, elaboramos um roteiro prévio cooperativo sobre o que iríamos observar contemplando alguns itens como: matéria prima utilizada; maior ou menor emprego de trabalho manual; etapas dos procedimentos empregados no engarrafamento até a distribuição; função das pessoas que trabalham na empresa ( operários e funcionários) e os tipos de atividade econômicas ( produção, distribuição e consumo). Enfim, com as informações e observações da visita à turma realizou duas atividades. A primeira foi referente à produção da escrita, visto que a melhor redação será publicada no site comercial da Cia, Liquinet. Essa atividade foi de grande retorno por parte dos alunos, pois toda a turma concluiu mesmos os que não puderam ir, eles utilizaram os dados que levantamos na motivação para a escrita. A outra, foi referente a elaboração um relatório ilustrado, observado o roteiro (setores visitados) o que facilitou para os alunos compreendessem a organização do espaço da Cia. Acredito que uma atividade influenciou a outra tornando as informações mais significativas para os alunos. Entretanto, a partir da visita é possível fazer uma pesquisa, por exemplo, sobre o petróleo brasileiro, em que contexto histórico se deu a criação da Petrobrás, quais os componentes do GLP, contemplando, assim, conhecimentos de história e ciências, ou seja, um estudo integral – ou grande estudo. Mas segundo Antunes, em se tratando dos primeiros anos do ensino fundamental, “verifica-se que os estudos parciais são de mais fácil realização e, muitas vezes, mais significativos e concretos para os alunos.” Mesmo assim se tivéssemos mais tempo poderíamos explorar melhor a visita com outras atividades, entretanto aceitamos a data que a empresa disponibilizou, visto ser um passeio sem custos para os alunos. As duas turmas da quarta série ganharam duas bolas oficiais e alguns materiais escolares.

Referência
ANTUNES, Aracy do Rego; MENANDRO, Heloisa Fesch; PAGANELLI, Tomoko Iyda. Estudos Sociais: Teoria e Prática. Rio de Janeiro, ACCESS, 1999.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Educação Ambiental

Acredito que necessitamos avançar e com urgência, quanto à disposição e preparação de professores referente à educação ambiental. Por um lado, na proposta de Diretrizes Curriculares para Educação Ambiental, por exemplo, as legislações que regulamentam não esclarecem como essa abordagem acontece na prática nas escolas, muito menos “prescrevem os princípios, diretrizes operacionais e pedagógicas para o seu trato transversal nos níveis e modalidades da educação”. Por outro lado, os PCNs que consideram a EA tema transversal refere uma abordagem interdisciplinar, mas para um efetivo resultado deveria contar com a participação de toda a comunidade escolar e atender seus anseios. Segundo a FURG, uma forma para se trabalhar a interdisciplinaridade seria através de projetos de educação ambiental unindo teoria e prática, mas nem sempre os professores das diferentes disciplinas se dispõem a esse proposito alegando vários motivos. Na instituição, na qual realizo meu estágio, iniciamos o Projeto “ Do Lixo à Preservação da Natureza” no dia 18/04, com uma peça de teatro e oficinas com sucatas contando com a participação de toda a comunidade. Hoje temos cestos de lixo de cores diferentes com adesivos, cartazes explicativos deixando claro qual é o recipiente para o lixo seco e orgânico. O mesmo ocorre em sala de aula, há duas lixeiras em cada ambiente. Também os funcionários fazem o recolhimento adequado em recipientes separados, evitando que após a separação tudo vá para o mesmo saco observado dias corretos de coletas. Realizamos uma visita a Cia engarrafadora – Liquigás onde os alunos, das duas turmas da quarta série, conheceram receberam informações e fizeram perguntas sobre os procedimentos referente a responsabilidade ambiental da Cia. Os alunos visitaram as instalações onde são separados os resíduos perigosos dos resíduos limpos que são enviados aos locais adequados, bem como sobre o aproveitamento das águas. Mas acredito que foram pequenas atitudes que colaboram, mas são insuficientes, bem como são insuficientes trabalhos em sala de aula que problematizem e levem o aluno a uma reflexão, tendo em vista a grave situação ambiental mundial. Além disso, convivemos com a formação precária, em algumas universidades, de profissionais e professores na correta abordagem do tema. Enfim, segundo o texto de Morin (2001) quanto o Relatório Delors (1998) citados por Adriana Piva, “têm a perspectiva de lançar as bases de uma educação internacionalizada, isto é, de um projeto que visa a criar parâmetros curriculares comuns a todos os sistemas de ensino nacionais, de modo a tornar possível o “advento de uma nova ética universal” (UNESCO 2002)”. Mas para que isso se torne realidade é preciso superar entraves políticos econômicos e sociais.
Referências:
PIVA, Adriana. A Difusão do Pensamento de Edgar Morin na Pesquisa em Educação Ambiental no Brasil. PPG Educação – FaE/UFMG – CNPq

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade
Diretoria de Educação para a Diversidade e Cidadania
Coordenação Geral de Educação Ambiental
Disponível: http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/ca_propresolcne.pdf Data de acesso: 08/06/2010.

Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient. ISSN 1517-1256, v. 22, janeiro a julho de 2009. Disponível em http://www.remea.furg.br/edicoes/vol22/art6v22.pdf Data de acesso: 09/10/2010.

quarta-feira, 2 de junho de 2010


Como os alunos já haviam pesquisado e trabalhado os conteúdos em sala de aula referente a água, além da elaboração dos cartazes e do folheto sobre as atitudes para economizar água, construíram as maquetes sobre um assunto específico, por exemplo: Tratamento da água, Ciclos da água, Propriedades da água, Quantidade de água existente no planeta, Estados físicos da água, Processos de tratamento da água etc. Os trabalhos ficarão expostos até o 5 de junho, dia mundial do meio ambiente. A Natani representou as porcentagens da quantidade (formas) da água no planeta, através de um gráfico circular, Maria Luíza com um gráfico de colunas, construídos com caixinhas, e o aluno João através de um mapa mundial com materiais em relevo localizando estas regiões que demonstram os locais e formas da água. Utilizaram garrafas PET, isopor e caixas de papelão entre outros materiais.
Os trabalhos ficaram muitos bons, também fiz a filmagem das explicações dos alunos de como acontece os procedimentos representados em suas maquetes, pois nessa semana eles farão isso para as outras turmas. No entanto, apesar do resultado positivo, o tema água poderia ser mais explorado como em centros de interresse que faz uso da interdisciplinaridade para o desenvolvimento global, por exemplo: A água e Eu - conteúdo conceitual – subtema: quem sou eu, pois conforme Nora Cecília Bocaccio Cinel - Especialista em Lingüística e em Supervisão de Sistemas Educacionais - os temas globais possibilitam aprendizagem em todas as áreas: cognitiva, afetiva, na área das habilidades e operações mentais. Essas áreas poderiam ser melhor trabalhadas, enfim por essas atividades desenvolvidas os alunos receberão notas como parte da avaliação trimestral em Ciencias e Estudos Sociais.


CINEL, Nora Cecília Bocaccio. Centros de Interesse: estratégia utiliza multidisciplinaridade para o desenvolvimento global. Revista do Professor, Porto Alegre, n. 78, ano 20, p. 32- 36, abr./jun. 2004.Arquivo .pdf (6,13 MB). Disponível em (https://www.ead.ufrgs.br/rooda/rooda.php) acesso 02/06/2010.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Na revisão do conteúdo de matemática fizemos grupinhos com os alunos que tem maiores dificuldades com as quatro operações, pois na quarta-feira serão submetidos à avaliação trimestral ( normas da escola). Para explicar as etapas da divisão, em contas armadas, utilizei exemplos de balas que seriam distribuídas, de lápis de cores, entre outros. Esse procedimento facilitou, pois a aluna M. H. quando questionada, onde se coloca o resultado da multiplicação da unidade do quociente pelo divisor? Qual é o próximo passo? Já sabia responder. A idade dos alunos fica entre 9 e 14 anos, ou seja, alguns são repetentes. Também, reforcei a importância de sabermos a tabuada e passei estratégias para se chegar a resultados da multiplicação, mas deixei claro que essas estratégias nos tomam tempo. Eles estão acostumados com exercícios que contemplem soluções que foram previamente ensinadas, tanto que um colega quando auxilia o outro, pratica a mesma ação dando as respostas. Enfim, é preciso contemplar situações em que os alunos possam ser desafiados, que cometam equívocos. Segundo as operações de pensamento formuladas por Raths (1977) “(...) planejamento está fundamentado em objetivos que buscam ultrapassar a simples memorização, voltando-se para a mobilização de diferentes operações de pensamento”.Tanto que na próxima proposta iremos trabalhar com desafios de lógica e outros exercícios, onde os alunos possam estabelecer comparações e desenvolver estratégias para solução de problemas envolvendo situações do dia a dia.

Leitura das operações de pensamento formuladas por Raths (1977) Disponível (
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/didatica/unidade3/discussao/unidade3_1.htm. Acesso 24/05/2010.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dialogicidade - como prática da liberdade

Estamos desenvolvendo Projetos de Aprendizagens com a utilização do computador em ambiente da web, Pbworks para a escrita coletiva. Antes de irmos ao Laboratório de Informática, converso com a turma sobre o andamento dos PAs. Nesta proposta inovadora temos por objetivo que todos os alunos participem. A turma vinha utilizando o laboratório, com uso educacional, somente para pesquisas na internet, ou seja, para reforço de uma de um tema que foi trabalhado em sala de aula. Neste dia, além que conversarmos sobre o comportamento no laboratório, conversamos sobre os grupos formados e as questões norteadoras, pois tínhamos onze questões, dez computadores disponíveis e atualmente oito. Nesse diálogo uma aluna declarou não ter interrese em nenhum dos assuntos e estava se negando a participar dos PAs.
Entretanto, após ouvir suas argumentações, falei que já havia escolhido a pergunta “Por que os seres vivos morrem?” para investigar, e que procedendo assim, estaria se privando de aprender uma proposta diferente que poderia usar futuramente para investigar outros assuntos de seu interrese. Enfim, depois de muito diálogo, a aluna aceitou em participar, escolhendo outro assunto de sua preferência: “ Um tema relacionado pelo amor”. Incrementou bem sua página no laboratório e está investigando o assunto. Acredito que foi o privilegiado a dialogicidade que segundo Paulo Freire é a essência da educação como prática da liberdade, pois (...) “ninguém pode dizer a palavra verdadeira sozinho, ou dizê-la para os outros, num ato de prescrição, com o qual rouba aos demais”.
Enfim, não se pode concordar que alunos sejam excluídos do processo ensino-aprendizagem, uma questão social que deve ser combatida.


Referência
FREIRE, Paulo. A dialogicidade: essência da educação como prática de liberdade. In: ______. Pedagogia do oprimido. 21. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993. p. 77-120.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Retomo a justificativa da escolha do tema central “Trabalho Infantil” realizada em postagem anterior : Temos alunos na turma que tem responsabilidades de adulto, além disso, esclarecer o conceito visto que a maioria das crianças entendia por trabalho infantil os trabalhos que realizam em sala de aula, também porque o tema propicia uma abordagem interdisciplinar. Essa aula iniciou com um texto “ Na escuridão dos Miseráveis” jogo, ilustrações em que os alunos desenharam a história, e na sistematização o poema e noções musicais. Essas etapas que foram desenvolvidas durante a semana. Conforme os objetivos específicos da poesia: proporcionar uma reflexão sobre a profissão de bailarina que tem início na infância e ativar o conhecimento prévio em torno do tipo de texto, à medida que fomos trabalhando o tema central, foi no registro dos sentimentos que cada integrante do grupo escreveu o que sentiu diante dos dois textos: “Na escuridão miserável” e “A Bailarina”. Ou seja, foi na comparação entre textos que alguns alunos declararam sentir pena da menina que já trabalhava aos 8 anos de idade e não podia estudar e, outra tão pequenina que nem conseguia fazer ainda os movimentos necessários para a profissão, apesar dos esforços. Enfim, o conjunto das atividades proporcionou, em muitas crianças, a reflexão sobre o tema proposto mesmo as que não tem responsabilidades de adultos. Eu acredito que esse fato esteja relacionado, além da interdisciplinaridade, com temas geradores como nos ensinou Paulo Freire. Ao contemplar temas que façam parte da realidade dos alunos (...) “por meio de uma metodologia conscientizadora, além de nos possibilitar sua apreensão, insere ou começa inserir os homens numa forma crítica de pensarem seu mundo”. Por isso, que as noções musicais também chamaram a atenção das crianças por se tratar de um tema de interresse de alguns alunos da turma.
Referência:
FREIRE, Paulo.
A dialogicidade: essência da educação como prática de liberdade. In: ______. Pedagogia do oprimido. 21. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993. p. 77-120.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Na atividade trabalhada com a poesia “A Bailarina” da autora Cecília Meireles e o texto “Na escuridão miserável” do escritor Fernando Sabino, a turma foi dividida em 4 grupos e cada integrante leu oralmente uma estofe do poema e registrou o que sentiu diante dos dois textos. No entanto, antes da leitura do poema, conversamos sobre o tipo de texto, questionei sobre a diferença entre estrofe e versos, alguns sabiam identificar no poema e diferenciar, mas a maioria estava com dúvida. Em seguida, criamos um ambiente para algumas noções musicais, visto que a poesia, nesta estrofe, rimam as notas musicais com o advérbio de lugar:”Não conhece nem mi nem fáMas inclina o corpo para cá e para lá”.Questionei: quantas e quais são as notas musicais? As respostas variaram entre 7 e 10 notas, enquanto pronunciávamos juntos os nomes das sete notas, escrevia no quadro. Depois desenhei uma pauta ( com 5 linhas horizontais paralelas) com as claves de sol e de fá, perguntei se alguém já havia percebido esses símbolos em algum lugar. Nesse momento estabelecemos diálogo em sala de aula, pois uma aluna respondeu que a cantora brasileira de Rock Pitty tem uma tatuagem no corpo com o símbolo clave do sol. Outra me perguntou se eu havia feito aulas de piano, e respondi que sim. E ela disse que percebeu porque também estuda música. Enfim, o assunto chamou a atenção dos alunos. Segundo Maturana e Zoller citado por Real ( 2004, p. 9 )“ao viver, fluímos de um domínio de ações a outro, num contínuo emocionar que se entrelaça com nosso linguagear”. Quando eu solicito a participação e questiono, eles se aproximam e ficam mais atentos, senti que no início estavam acanhados, com envergonha de falar e errar, mas agora estão mais receptivos, acredito que se deve ao fato de receberem pouco estímulo para participarem das aulas.
Essa aula iniciou com um texto sobre trabalho infantil, jogo, ilustrações em que os alunos desenharam a história, e na sistematização a atividade como o poema e noções musicais.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Respondendo a questionamentos

Tutora Patrícia,
Quanto a sua sugestão em adotar rodinhas de leitura, eu já havia conversado com a minha interlocutora para organizarmos a hora da leitura, somente na semana passada que a turma 41 recebeu a caixa de livros (esses, os alunos podem levar para casa) que a escola fornece para todas as turmas. Os alunos já escolheram as histórias de sua preferência.
Semanalmente a escola propicia a “ Hora do Conto” onde a professora da biblioteca vem lendo para a turma o clássico "Romeu e Julieta" de William Shakespeare. Participei dessas aulas e observei que alguns alunos não conseguem ficar quietos o tempo todo e a professora interrompe a história até que se estabeleça o silencio novamente, tem alunos que não sabem o nome do autor do clássico, ainda falta à última parte da história. Também sugeri uma parceria com essa professora para incentivarmos os próprios alunos a contar histórias, mas ela não se mostrou disposta. Acredito que esse fato esteja atrelado a “aquisição da linguagem e seus usos através de vários sistemas representacionais e reconhecemos alguns desses sistemas como "verdadeiros" ou "mais verdadeiros" em determinadas épocas e contextos culturais”( DALLA ZEN; TRINDADE, 2002). No entanto, não podemos nos acomodar e aceitar tudo como verdade absoluta, é preciso incentivar o gosto pela leitura e nada melhor que adotar as rodinhas, e se a professora da classe responder positivamente é o que faremos daqui pra frente.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

1ª aula


Estou entusiasmada com o início do estágio, são várias as novidades: conhecendo os 22 alunos da turma 41, quarta série, estudantes da EEEM Clotilde Cachapuz de Medeiros, elaborar planejamento semanal e fazendo novas amizades, com a professora da classe, que também é minha interlocutora, os professores de outras turmas e funcionários da escola.
Como parte de uma das atividades contempladas em meu primeiro planejamento semanal, solicitei aos alunos a dramatização da história “Na escuridão miserável” de autoria do escritor Fernando Sabino. Além de narrar o autor participa de um diálogo com a menina Tereza que trabalha em uma casa de família, já aos dez anos de idade. Enfim, o assunto chamou a atenção das crianças, pois temos na turma dois alunos que deram depoimentos de suas vidas em família. Segundo o menino, no turno inverso, é responsável pela limpeza de duas residências: casa da mãe e a casa do padrasto, pois o casal mora separado. A menina é responsável por dois irmãos mais novos e um subrino pequeno, além de aquecer a alimentação, leva o busca a criança na escolinha.
Dando prosseguimento a atividade, sorteei um dos grupos para a apresentação, no entanto após o encerramento, um aluno pediu para ler o texto em voz alta para a turma. Achamos por bem que lesse, mas demonstrou dificuldades na leitura, pontuação e pronúncias das palavras. Em vista disso, alguns colegas se manifestaram dizendo que deveria parar de ler, então solicitei que aguardassem até o final. Após o encerramento da leitura, questionei os alunos perguntando de que forma nós podemos aperfeiçoar a nossa leitura? E alguns responderam: lendo, e eu indaguei: - lendo o quê? E deram como resposta os textos dos livros. Essa situação me reportou a interdisciplina Linguagem e educação, o quanto é importante explorar diferentes portadores textuais, incentivando a leitura. Além disso, trazer para nossas aulas receitas, poemas, letras musicais, fábulas, lendas, histórias em quadrinhos. Segundo Iole M. Trindade, “ O letramento escolar, com a exploração das habilidades de leitura, escrita e oralidade, leva a produção de uma didática amparada em diferentes portadores e gêneros textuais”. Em virtude disso, naquele momento complementei: sim crianças, ler jornais, revistas, poesias, histórias, histórias em quadrinhos, textos na internet de boa qualidade, só assim podemos melhorar a leitura oral e escrita.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Questionamentos

Tentando complementar a postagem anterior de acordo os questionamentos da Tutora Patrícia. Na interdisciplina Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais, como mencionado anteriormente, tivemos acesso a textos esclarecedores sobre os direitos de pessoas em situação de desigualdade. Mas, além disso, se estabeleceram discussões nos fóruns, que contribuíram para reforçar que a inclusão está acontecendo em nossas escolas públicas. Talvez não da maneira ideal, pois só as leis não garantem a inclusão como reforça a professora Daniela C. Real “ (...) os relatos mostram que, muitas vezes, a existência destas leis não é suficiente para garantir os direitos desses alunos a uma educação de qualidade”. Os depoimentos dos participantes forum, também reforçam: a inclusão vem acontecendo com medidas nas próprias instituições, como exemplo, o citado na postagem anterior e no meu Estudo de Caso do semestre anterior.

domingo, 4 de abril de 2010

Observações - ambiente escolar

Em virtude do estágio etapa inicial de coletas de dados, estou realizando as observações no ambiente educacional na EEEF Clotilde Cachapuz de Medeiros localizada no bairro Espírito Santo, zona sul de Porto Alegre.
A escola possui um aluno de inclusão, cadeirante, 6 anos de idade, matriculado em uma turma do jardim - B. Para ter acesso ao prédio e a sala de aula foi improvisado uma rampa de madeira removível, a Diretora, também providenciou a instalação de um vaso sanitário com estruturas anatômicas adequados no banheiro dos professores e funcionários. No quinto semestre, nos conteúdos trabalhados na interdisciplina Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais, tivemos acesso a textos esclarecedores sobre os direitos de pessoas em situação de desigualdade. Apesar de garantia em lei, Constituição Federal de 1988, Art. 3o que assegura prestação de “apoio técnico e financeiro às seguintes ações voltadas à oferta do atendimento educacional especializado entre outras que atendam aos objetivos previstos neste Decreto”:
IV - adequação arquitetônica de prédios escolares para acessibilidade.
Entretanto, o que se observa na prática são iniciativas da própria instituição e dos profissionais que trabalham com turmas que tem alunos de inclusão, por exemplo, a professora da classe não pode se ausentar nem mesmo para fazer o lanche, precisa contar com a boa vontade de algum colega.

domingo, 28 de março de 2010

Arquiteturas

Na proposta da segunda atividade da interdisciplina Seminário Integrador, além de criarmos pgs. para a escola e a turma, também foi nos solicitado a abertura de uma página contemplando o esboço principal de uma ação ou arquitetura pedagógica planejada para o estágio. O planejamento de ações que nos conduzam a experiências inovadoras me reportou ao texto “Arquiteturas pedagógicas para educação a distância”. No texto fica claro que uma arquitetura não se confunde com posturas onde o professor é detentor da verdade, e o aluno uma “tabula rasa”, situação essa, vivenciada em muitas instituições educacionais, com propostas de atividades, que na maioria das vezes, ficam restritas a sala de aula e a utilização do livro didático. Ao contrário, propõe uma dinâmica de troca de saberes, onde um aprende com o outro. Os Projetos de Aprendizagem que desenvolvemos ao longo do PEAD favorecem esse ambiente, foi o presenciamos na prática, agora teremos o desafio de por em prática com nossos alunos.

domingo, 21 de março de 2010

2010 / 1 - Estágio

Para darmos início ao semestre de 2010, criamos um wiki para uso durante todo o estágio. Neste, postaremos nossas reflexões e análise das ações desenvolvidas nesse percurso.

Como consta na abertura do PbWiki do Pólo de Gravataí: “A proposta do estágio será construída dentro desta perspectiva, da inovação, da tecnologia, da criatividade, da cooperação ...”.
O referencial teórico abordado no sétimo semestre trabalhamos com as proposta de autores como Maturana, que afirma que é na convivência social que se aprende. Segundo Piaget “cada relação social constitui, por conseguinte, uma totalidade mesma, produtora de características novas e transformando o individual em sua estrutura mental” (PIAGET, 1973b, p. 35). Nessa caminhada teremos que contar com a colaboração de colegas, orientadores, supervisores; na escola, com os alunos, direção, setor pedagógico e supervisão. Enfim, a expectativa é grande!!!!