segunda-feira, 26 de abril de 2010

Respondendo a questionamentos

Tutora Patrícia,
Quanto a sua sugestão em adotar rodinhas de leitura, eu já havia conversado com a minha interlocutora para organizarmos a hora da leitura, somente na semana passada que a turma 41 recebeu a caixa de livros (esses, os alunos podem levar para casa) que a escola fornece para todas as turmas. Os alunos já escolheram as histórias de sua preferência.
Semanalmente a escola propicia a “ Hora do Conto” onde a professora da biblioteca vem lendo para a turma o clássico "Romeu e Julieta" de William Shakespeare. Participei dessas aulas e observei que alguns alunos não conseguem ficar quietos o tempo todo e a professora interrompe a história até que se estabeleça o silencio novamente, tem alunos que não sabem o nome do autor do clássico, ainda falta à última parte da história. Também sugeri uma parceria com essa professora para incentivarmos os próprios alunos a contar histórias, mas ela não se mostrou disposta. Acredito que esse fato esteja atrelado a “aquisição da linguagem e seus usos através de vários sistemas representacionais e reconhecemos alguns desses sistemas como "verdadeiros" ou "mais verdadeiros" em determinadas épocas e contextos culturais”( DALLA ZEN; TRINDADE, 2002). No entanto, não podemos nos acomodar e aceitar tudo como verdade absoluta, é preciso incentivar o gosto pela leitura e nada melhor que adotar as rodinhas, e se a professora da classe responder positivamente é o que faremos daqui pra frente.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

1ª aula


Estou entusiasmada com o início do estágio, são várias as novidades: conhecendo os 22 alunos da turma 41, quarta série, estudantes da EEEM Clotilde Cachapuz de Medeiros, elaborar planejamento semanal e fazendo novas amizades, com a professora da classe, que também é minha interlocutora, os professores de outras turmas e funcionários da escola.
Como parte de uma das atividades contempladas em meu primeiro planejamento semanal, solicitei aos alunos a dramatização da história “Na escuridão miserável” de autoria do escritor Fernando Sabino. Além de narrar o autor participa de um diálogo com a menina Tereza que trabalha em uma casa de família, já aos dez anos de idade. Enfim, o assunto chamou a atenção das crianças, pois temos na turma dois alunos que deram depoimentos de suas vidas em família. Segundo o menino, no turno inverso, é responsável pela limpeza de duas residências: casa da mãe e a casa do padrasto, pois o casal mora separado. A menina é responsável por dois irmãos mais novos e um subrino pequeno, além de aquecer a alimentação, leva o busca a criança na escolinha.
Dando prosseguimento a atividade, sorteei um dos grupos para a apresentação, no entanto após o encerramento, um aluno pediu para ler o texto em voz alta para a turma. Achamos por bem que lesse, mas demonstrou dificuldades na leitura, pontuação e pronúncias das palavras. Em vista disso, alguns colegas se manifestaram dizendo que deveria parar de ler, então solicitei que aguardassem até o final. Após o encerramento da leitura, questionei os alunos perguntando de que forma nós podemos aperfeiçoar a nossa leitura? E alguns responderam: lendo, e eu indaguei: - lendo o quê? E deram como resposta os textos dos livros. Essa situação me reportou a interdisciplina Linguagem e educação, o quanto é importante explorar diferentes portadores textuais, incentivando a leitura. Além disso, trazer para nossas aulas receitas, poemas, letras musicais, fábulas, lendas, histórias em quadrinhos. Segundo Iole M. Trindade, “ O letramento escolar, com a exploração das habilidades de leitura, escrita e oralidade, leva a produção de uma didática amparada em diferentes portadores e gêneros textuais”. Em virtude disso, naquele momento complementei: sim crianças, ler jornais, revistas, poesias, histórias, histórias em quadrinhos, textos na internet de boa qualidade, só assim podemos melhorar a leitura oral e escrita.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Questionamentos

Tentando complementar a postagem anterior de acordo os questionamentos da Tutora Patrícia. Na interdisciplina Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais, como mencionado anteriormente, tivemos acesso a textos esclarecedores sobre os direitos de pessoas em situação de desigualdade. Mas, além disso, se estabeleceram discussões nos fóruns, que contribuíram para reforçar que a inclusão está acontecendo em nossas escolas públicas. Talvez não da maneira ideal, pois só as leis não garantem a inclusão como reforça a professora Daniela C. Real “ (...) os relatos mostram que, muitas vezes, a existência destas leis não é suficiente para garantir os direitos desses alunos a uma educação de qualidade”. Os depoimentos dos participantes forum, também reforçam: a inclusão vem acontecendo com medidas nas próprias instituições, como exemplo, o citado na postagem anterior e no meu Estudo de Caso do semestre anterior.

domingo, 4 de abril de 2010

Observações - ambiente escolar

Em virtude do estágio etapa inicial de coletas de dados, estou realizando as observações no ambiente educacional na EEEF Clotilde Cachapuz de Medeiros localizada no bairro Espírito Santo, zona sul de Porto Alegre.
A escola possui um aluno de inclusão, cadeirante, 6 anos de idade, matriculado em uma turma do jardim - B. Para ter acesso ao prédio e a sala de aula foi improvisado uma rampa de madeira removível, a Diretora, também providenciou a instalação de um vaso sanitário com estruturas anatômicas adequados no banheiro dos professores e funcionários. No quinto semestre, nos conteúdos trabalhados na interdisciplina Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais, tivemos acesso a textos esclarecedores sobre os direitos de pessoas em situação de desigualdade. Apesar de garantia em lei, Constituição Federal de 1988, Art. 3o que assegura prestação de “apoio técnico e financeiro às seguintes ações voltadas à oferta do atendimento educacional especializado entre outras que atendam aos objetivos previstos neste Decreto”:
IV - adequação arquitetônica de prédios escolares para acessibilidade.
Entretanto, o que se observa na prática são iniciativas da própria instituição e dos profissionais que trabalham com turmas que tem alunos de inclusão, por exemplo, a professora da classe não pode se ausentar nem mesmo para fazer o lanche, precisa contar com a boa vontade de algum colega.